Mapa de negócios sustentáveis na Baía de Guanabara inscreve até dia 16

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Projetos que tenham impacto positivo na conservação do meio ambiente e no desenvolvimento socioeconômico dos municípios integrantes da bacia hidrográfica da Baía de Guanabara serão incluídos em um mapa de negócios sustentáveis que está sendo lançado pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) e pela Fundação Grupo Boticário de Proteção à Natureza. As inscrições de projetos no 1º Mapa de Negócios Sustentáveis na Baía de Guanabara são gratuitas e podem ser feitas até sexta-feira (16).

O gerente de Sustentabilidade da Firjan, Jorge Peron, disse hoje (12) à Agência Brasil que não só projetos municipais poderão fazer parte do mapa. “Esse edital foi lançado com a expectativa de que instituições do terceiro setor, organizações não governamentais [ONGs] e associações comunitárias também participem, de que empresas possam apresentar projetos. É um momento de captação de ideias e propostas.” O edital tem como objetivo construir um mapa de oportunidades para a região.

Segundo Jorge Peron, pela primeira vez, haverá um documento único, uma única estrutura, onde poderão ser reconhecidos os negócios e as ideias sustentáveis da região hidrográfica da Baía de Guanabara. Isso permitirá que todas as instituições participantes desse movimento tenham visibilidade mais ajustada, mais fiel, que poderá fortalecer tais negócios e projetos. Ele disse acreditar “piamente” que a iniciativa terá impacto positivo na região, tanto do ponto de vista ambiental quanto do social e econômico, já que conseguirá mapear o ecossistema de negócios sustentáveis na Baía de Guanabara.

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Alinhamento

Peron negou que haja limite na participação de projetos. “O limite são as ideias”, disse. Após a captação de projetos, que se estenderá até o dia 16 deste mês, haverá uma etapa de avaliação das propostas para ver seu alinhamento e saber se os negócios, ideias e projetos apresentados têm sinergia com a demanda central do ecossistema da Baía de Guanabara.

O mapa será construído por municípios. Realizado em parceria também com o Instituto Estadual do Ambiente (Inea), Instituto Humanize e o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas do estado do Rio de Janeiro (Sebrae-RJ), o mapeamento terá o resultado apresentado em maio. A iniciativa abrange setores como agricultura, pecuária, manejo florestal, aquicultura, pesca, maricultura, turismo, saneamento e produtos e serviços sustentáveis. “O leque de oportunidades é bem amplo”, afirmou Peron.

Os 17 municípios da bacia hidrográfica da Baía de Guanabara objeto do mapa são Belford Roxo, Duque de Caxias, Guapimirim, ltaboraí, Magé, Mesquita, Nilópolis, Niterói, São Gonçalo, São João de Meriti, Tanguá, parte de Cachoeiras de Macacu, Maricá, Nova Iguaçu, Petrópolis, Rio Bonito e Rio de Janeiro.

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Desdobramentos

O mapa vai destacar, prioritariamente, projetos que já apresentam resultados, embora haja espaço para propostas e ideias novas. De acordo com Peron, o edital vai “conversar” com o ambiente de inovação Oásis Lab Baía de Guanabara, criado pela entidade em conjunto com a Fundação Grupo Boticário em 2019, que definiu alguns eixos para desenvolvimento de projetos. “Ideias novas e oportunidades de negócios também são bem-vindas”, afirmou.

O mapa é instrumento de um movimento que terá outros desdobramentos, disse Jorge Peron. Uma das ações é exatamente avaliar ideias e projetos que ainda não tenham aporte financeiro e, eventualmente, conectá-los a outra vertente desse movimento, que é a busca de fundos e recursos para materializar essas iniciativas.

Ele acrescentou que as entidades que elaboram o mapa contam com apoio do Ministério Público, do Instituto Humanize e de outros atores que podem viabilizar recursos financeiros para a iniciativa. A meta é transformar o mapa em uma grande bolsa de projetos para atrair potenciais investidores e financiadores para essas ideias.

Edição: Nádia Franco

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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