Marfrig Alcança Pontuação Máxima em Transparência Ambiental e Integra Seleção Global de Sustentabilidade

A Marfrig, uma das maiores empresas de alimentos do mundo, obteve a pontuação máxima (nota A) nas três categorias da lista global de transparência ambiental do CDP: Mudanças Climáticas, Segurança Hídrica e Florestas. Esse feito coloca a companhia em um seleto grupo de empresas globalmente reconhecidas por sua excelência em gestão e transparência ambiental. A classificação Triplo A, obtida pela Marfrig, reflete seu desempenho excepcional e seu compromisso com a sustentabilidade, além de garantir sua inclusão na ‘A-List’, uma lista exclusiva do CDP que reúne empresas líderes na redução de impactos ambientais.
O CDP é uma organização global sem fins lucrativos, reconhecida como o padrão ouro em transparência ambiental corporativa. Sua pontuação, que segue rigorosos critérios relacionados a governança, estratégias ambientais, gestão de riscos e definição de metas, orienta decisões de investimento e compras voltadas para uma economia sustentável e de baixo carbono. Com a classificação A, a Marfrig demonstra uma total transparência em suas ações para mitigar impactos ambientais, contribuindo para a evolução da cadeia produtiva global de alimentos.
De acordo com Paulo Pianez, diretor de sustentabilidade da Marfrig, essa conquista é um reflexo das iniciativas da empresa para garantir uma produção de proteínas sustentável e alinhada aos princípios ESG (ambiental, social e de governança). “Como uma empresa brasileira com presença global, ser Triplo A no CDP reforça nosso compromisso com uma pecuária de baixa emissão, com 100% da cadeia de produção monitorada e livre de desmatamento, possibilitando levar alimentos de qualidade para mais de 100 países”, afirmou.
Avanços Sustentáveis e Metas Ambientais
No campo das mudanças climáticas, a Marfrig se destaca como a primeira empresa de proteína animal nas Américas a ter suas metas de redução de emissões de Gases de Efeito Estufa (GEE) aprovadas pela Science Based Targets initiative (SBTi). Com metas ambiciosas, a empresa visa uma redução de 68% nas emissões diretas (Escopos 1 e 2) e uma diminuição de 33% na intensidade das emissões indiretas (Escopo 3) até 2035, englobando toda a cadeia de valor. A Marfrig também estabeleceu o compromisso de alcançar 100% de energia elétrica proveniente de fontes renováveis até 2030.
Além disso, a empresa ampliou seu Inventário de GEE, incluindo dados mais abrangentes sobre sua cadeia de fornecedores. A revisão de suas metas climáticas, adotando a nova metodologia FLAG (Florestal, Agricultura e Uso da Terra) da SBTi, reflete a evolução do compromisso da Marfrig com a sustentabilidade. A companhia também monitora 100% de seus fornecedores diretos e atingiu taxas recordes de monitoramento de fornecedores indiretos na Amazônia e no Cerrado, com planos para atingir 100% até 2025.
Iniciativas em Agropecuária Regenerativa e Inovação Tecnológica
A Marfrig tem investido em práticas regenerativas na agropecuária, como o manejo adequado de pastagens, aumentando a produtividade sem a necessidade de desmatamento. A companhia também apoia pequenos produtores por meio do Programa de Produção Sustentável de Bezerros, da Iniciativa para o Comércio Sustentável (IDH), incentivando a melhoria das práticas produtivas e a adoção de boas práticas ambientais e trabalhistas.
Na frente tecnológica, a Marfrig firmou uma parceria com a fintech Agrorobótica, que utiliza inteligência artificial para analisar a qualidade do solo e medir o carbono estocado, contribuindo para a geração futura de créditos de carbono. A empresa também promove sistemas integrados de pecuária, lavoura e floresta, com certificações que garantem a produção de carne de baixo carbono e carne carbono neutro, em colaboração com a Embrapa.
Essas iniciativas refletem o compromisso da Marfrig com uma produção de alimentos sustentável e a redução dos impactos ambientais, consolidando seu papel como líder global em sustentabilidade no setor agropecuário.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Inovação no Cerrado: Startup Desenvolve Índice de Maturidade Microbiológica para Latossolos

A startup Biotech B4A, que integra o projeto Agro Bioma Brasil, concluiu um estudo inovador sobre a avaliação microbiológica dos latossolos do cerrado brasileiro. A pesquisa resultou na criação de um banco de dados abrangente e no desenvolvimento do primeiro índice de qualidade microbiológica do solo, fundamentado em metagenômica, no Brasil. Esta conquista traz avanços significativos para o biomonitoramento da microbiota do solo nos sistemas de soja presentes nesse bioma.
O estudo, realizado ao longo de um ano em colaboração com produtores rurais e consultorias, envolveu a coleta de amostras de solo de diversas regiões do cerrado, incluindo áreas com solos saudáveis e degradados. As coletas foram feitas com base na indicação dos próprios produtores, que apontaram talhões mais produtivos, aqueles que já adotam práticas de manejo regenerativo, bem como as áreas em processo de degradação, que passaram por uso intenso de defensivos, fertilizantes químicos e pastagem. Além disso, a pesquisa incluiu a obtenção de dados físico-químicos e imagens de satélite.
De acordo com Robert Cardoso de Freitas, Chief Technology Officer (CTO) da B4A e Mestre em Ciência e Tecnologia Ambiental, uma análise multivariada foi realizada para entender as variações possíveis nos microbiomas do cerrado. “Essa análise nos revelou diferentes composições que se assemelham em aspectos ecológicos. Utilizando os dados fornecidos pelos produtores, associamos essas composições ao histórico de uso das áreas, a fim de entender se são reflexo de práticas regenerativas ou tradicionais”, explicou Cardoso.
O estudo avançou ainda mais ao classificar os microbiomas em uma escala que indica o grau de maturidade microbiológica do solo, variando de C- a A+. A comparação entre talhões classificados como C e A revelou diferenças de produtividade de até 30%, além de uma relação linear com o acúmulo de matéria orgânica e fósforo disponível para as plantas.
Essa classificação permitirá que os produtores realizem manejos mais assertivos do solo. “Solos classificados no nível C apresentam fortes evidências de impactos físicos e químicos inadequados que prejudicam diversos microrganismos benéficos. Tais solos são caracterizados por problemas como acidificação, salinização e compactação. Já microbiomas no nível B não apresentam sinais de degradação severa, mas têm desbalanceamentos no uso de nutrientes e carbono, prejudicando a maturação completa. Por fim, no nível A, as comunidades microbiológicas são altamente resilientes e capazes de se autorregular, inibindo patógenos”, detalhou Cardoso. O especialista enfatizou que características edafoclimáticas sempre devem ser consideradas ao classificar a maturidade microbiológica, o que torna a estratificação de dados tão relevante para a precisão dos diagnósticos e manejos.
A análise do microbioma do solo já é uma prática consolidada entre os produtores rurais, sendo um parâmetro fundamental para a adoção de práticas regenerativas e o uso de bioinsumos. “O diagnóstico é simples: enviamos um kit para o produtor, que coleta as amostras e as envia de volta. Realizamos a extração de DNA e sequenciamento de fungos e bactérias. Esse processo evolui o trabalho laboratorial com a inteligência de análise de dados, tornando os resultados mais aplicáveis na prática”, explicou Cardoso.
A coleta pode ser feita em qualquer período da operação agrícola, mas, por questões práticas, os momentos de entressafra são os mais indicados. Os resultados laboratoriais ficam disponíveis para os produtores entre 30 e 45 dias após o envio das amostras.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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