Massa de ar polar deve afetar colheita do milho e levar risco à pecuária

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O tempo volta a ficar instável a partir de quarta-feira (07.08) nos Estados do Centro-Sul do Brasil, com implicações importantes para a agricultura. Segundo o Climatempo, o ar frio que vem do polo sul vai avançar até Estados do Norte do país.

A massa de ar frio chegará a São Paulo e Mato Grosso do Sul entre quinta-feira e sexta-feira (09.08), afetando fortemente a colheita do milho safrinha que se encontra na fase final. Segundo levantamentos, a colheita está em 88,3% no Rio Grande do Sul; 73,6% na região do Matopiba, 89,5% da área no Tocantins, 90,7% na Bahia, 58,6% no Maranhão, 70,1% no Piauí, 83,5% no Paraná, 72,4% em São Paulo, 87,6% em Mato Grosso do Sul, 80,2% em Goiás, 98,5% em Mato Grosso e 49% em Minas Gerais.

No Sul, a massa de ar polar deve atingir mais fortemente, causando chuva intensa no Rio Grande do Sul, com algumas áreas podendo ter chuva gelada; tempestades seguidas de frio em Santa Catarina e Paraná. Agricultores dessas regiões, especialmente os que cultivam trigo e outras culturas de inverno, devem monitorar de perto as condições climáticas para mitigar possíveis danos às plantações.

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No Centro-Oeste, a umidade relativa do ar permanece baixa, chegando a níveis críticos abaixo de 20%, mas com queda acentuada de temperatura. Produtores de grãos e pecuaristas devem redobrar os cuidados com a irrigação e o manejo do solo para minimizar os impactos da seca e do frio. Recentemente, o Mato Grosso do Sul registrou a morte de cerca mil cabeças gado por conta do frio.

O Nordeste terá alta umidade e nuvens carregadas em Salvador, Natal e São Luís, enquanto o interior da região continua quente e seco. A frente fria avança pela costa leste e litoral, chegando ao Maranhão e à Paraíba. Produtores dessas áreas devem se preparar para a alta umidade que pode favorecer doenças nas lavouras e planejar estratégias de manejo para manter a produtividade agrícola.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Carne bovina tem a maior alta dos últimos 4 anos, diz IBGE

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O preço da carne no Brasil sofreu um aumento de 2,97% em setembro, conforme o relatório do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), publicado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Este percentual representa a maior alta observada nos últimos quatro anos, marcando a segunda elevação consecutiva após um período de seis meses de deflação, que ocorreu entre fevereiro e junho deste ano.

Além do aumento nos cortes de carne, o preço da arroba do boi gordo alcançou um patamar elevado, cotada a R$ 294,20 (aproximadamente US$ 53,18). Esse valor é significativamente superior ao registrado no primeiro trimestre de 2024, quando a arroba era comercializada a R$ 215. A alta nos preços das carnes impactou diretamente o cálculo do IPCA, que, no geral, fechou em 0,44% para setembro, um aumento de 0,46 ponto percentual em comparação ao mês anterior, que apresentou uma leve deflação de -0,02%.

Os dados do IPCA revelam que o contrafilé foi o corte que mais sofreu reajuste, com uma alta de 3,79%. Outros cortes populares, como a costela (3,1%), o patinho (3,15%) e a alcatra (3,02%), também registraram aumentos significativos. O acumulado dos últimos 12 meses para o subgrupo carne, que estava em queda, agora apresenta uma alta de 2,92%.

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O IBGE aponta que fatores climáticos influenciaram a elevação dos preços, mas ressalta que é preciso considerar uma gama de outros fatores que também impactam o mercado. A recuperação dos preços da carne pode refletir a dinâmica do setor, que está em constante transformação diante de desafios econômicos e ambientais.

Os produtores de carne, por sua vez, estão atentos a essa alta nos preços, que pode representar uma oportunidade para recuperar as margens de lucro após meses de dificuldades. Contudo, a variabilidade nos custos de produção, influenciada por fatores como clima, preços de insumos e a demanda do mercado interno e externo, continua a ser um desafio para a pecuária brasileira.

Para que o setor se mantenha competitivo e sustentável, é essencial que os pecuaristas busquem práticas de manejo eficientes e investimentos em tecnologia, visando não apenas a rentabilidade, mas também a qualidade do produto ofertado.

Fonte: Pensar Agro

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