MCTI e Cemaden lançam o Sistema GeoRisk para monitoramento e previsão de deslizamentos de terra

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O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) lançou, hoje (17/02), em São José dos Campos (SP), o GeoRisk, um novo sistema desenvolvido pelo Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), unidade de pesquisa do MCTI. O sistema tem como objetivo aprimorar a capacidade de previsão e monitoramento de deslizamentos de terra, oferecendo alertas com até 72 horas de antecedência, o que representa um avanço significativo em relação às previsões anteriores, que eram feitas com 24 horas de antecedência.

“Lançar este novo sistema, que aprimora a qualidade das previsões de risco de deslizamentos, nos coloca na vanguarda da antecipação de riscos. Trata-se de uma ferramenta inovadora, com o potencial de salvar vidas e evitar perdas materiais”, afirmou a ministra do MCTI, Luciana Santos.

O GeoRisk é capaz de gerar previsões mais precisas e antecipadas sobre riscos de deslizamentos de terra, utilizando modelos numéricos de previsão meteorológica, dados históricos de chuva e limiares críticos de precipitação previamente definidos. Isso garante análises robustas e confiáveis, oferecendo suporte mais eficiente às autoridades na elaboração de alertas para a população.

Entre os resultados do novo sistema, destaca-se um aumento de 13% na taxa de detecção de ocorrências de deslizamentos e de 15% na taxa de acerto das análises de risco, quando comparado com os métodos tradicionais. Esses índices melhorados refletem a maior precisão e efetividade do GeoRisk na identificação de riscos e na elaboração de alertas mais confiáveis.

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Osvaldo Moraes, secretário substituto de Políticas e Programas Estratégicos do MCTI, enfatizou a importância do Centro de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais: “O Cemaden tem a missão de entregar produtos diariamente à sociedade brasileira tornando a ciência algo concreto e acessível com resultados perceptíveis no dia a dia. É uma instituição dedicada a salvar vidas, especialmente das populações mais vulneráveis do país”. Para ele, “o Centro possui um dos bens mais preciosos que a ciência pode oferecer, os recursos humanos. É por meio do conhecimento e da dedicação dessas pessoas que se desenvolvem soluções para salvar vidas”, disse.

Metodologia inovadora

O GeoRisk utiliza uma metodologia avançada que combina dados de diferentes modelos meteorológicos, informações ambientais e históricos de desastres. Ele classifica os riscos em cinco níveis (muito baixo, baixo, moderado, alto e muito alto) e apresenta os resultados de forma clara e objetiva, facilitando a tomada de decisões pelas autoridades competentes.

O sistema emprega uma abordagem pouco aplicada globalmente, utilizando ‘limiares críticos de precipitação’ para determinar a probabilidade de deslizamentos de terra. A metodologia atribui um maior peso aos modelos meteorológicos que historicamente apresentam os melhores resultados, garantindo maior precisão nas previsões.

Desempenho e expectativas

Desde o início dos testes com o GeoRisk, o sistema foi capaz de detectar 90% dos principais desastres associados a deslizamentos de terra. O sistema foi aprimorado ao longo de três verões consecutivos, por meio de testes estatísticos e calibração com aprendizado de máquina (machine learning), aumentando a sua precisão.

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O GeoRisk é calibrado para oferecer resultados tanto a nível regional quanto municipal. Atualmente, o Cemaden monitora 1.133 municípios, dos quais 1.083 já possuem limiares de risco específicos identificados. Para os demais municípios, o Centro adota um limiar padrão de 250 mm de precipitação.

Expectativas para o futuro

A implementação do GeoRisk visa fortalecer ainda mais a capacidade do Cemaden em gerar alertas rápidos e eficazes, com um impacto direto na prevenção de desastres naturais. A integração do sistema com a Sala de Situação do Cemaden permitirá oferecer previsões mais precisas e detalhadas, ajudando os gestores públicos a tomarem decisões informadas e a protegerem as populações em áreas de risco.

Com sua abrangência nacional, o GeoRisk será fundamental para melhorar a segurança das comunidades em todo o Brasil, oferecendo uma previsão de risco de deslizamentos para todas as regiões do país.

Por fim, para a ministra, “o lançamento do GeoRisk comprova que o Cemaden é muito mais do que uma instituição de caráter operacional. O Cemaden é uma instituição de pesquisa que combina avanços no nosso desenvolvimento científico com o lado operacional. E isso é fruto do trabalho de uma equipe multidisciplinar e altamente qualificada”.

Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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TECNOLOGIA

Tocantins pode ganhar parque tecnológico para impulsionar agro e inovação

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A ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos, recebeu nesta terça-feira (11), em Brasília, o deputado federal Ricardo Aires (Republicanos/TO) e o reitor da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins), Augusto Rezende. O tema da audiência foi o projeto da instituição de ensino superior para o parque tecnológico do estado. O objetivo é unir iniciativas do agro com as Tecnologias da Informação de forma a desenvolver o potencial econômico do Tocantins.

“Nós estamos percebendo o crescimento da inteligência artificial, que vai resvalar na economia e no crescimento do país. Inclusive um dos componentes da proposta é um datacenter para a gente ter uma estrutura de processamento de dados que se desenvolva para o bem do estado”, disse o parlamentar.

O projeto concorre no edital de Parques Tecnológicos da Finep que contempla os estados que ainda não possuem essa infraestrutura. Lançado em outubro de 2024, a chamada tem investimento de R$ 100 milhões do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT).

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A ministra afirmou que o edital foi pensado em resolver o desafio da assimetria na infraestrutura de pesquisa distribuída pelo país. Outra chamada nessa linha foi o ProInfra Desenvolvimento Regional.

“Enfrentar desigualdades regionais é um dos pilares do governo. Por isso lançamos os editais do ProInfra e de Parques Tecnológicos. Isso só foi possível porque o presidente Lula, com ajuda do Congresso Nacional, recuperou o FNDCT, que estava contingenciado. Desde então, no primeiro ano foram R$ 10 bilhões de Investimentos. No ano seguinte, foram mais de R$ 12 bilhões”, afirmou.

Acompanharam a ministra, a diretora de Apoio aos Ecossistemas de Inovação do MCTI, Sheila Pires, e Wadson Ribeiro, gerente regional da Finep, que informaram os próximos passos do edital até a divulgação do resultado final. Na etapa de habilitação, o Tocantins conta com duas propostas:  da Universidade Estadual do Tocantins (Unitins) e da Universidade Federal do Tocantins.

“São projetos complementares entre si. Com certeza a gente vai ter nosso parque bem estruturado e na capital, muito bem localizado para fomentar o crescimento”, complementou o deputado.

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Fonte: Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação

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