Mercado de Algodão Enfrenta Baixa Liquidez com Vendedores Retraídos e Compradores Esporádicos

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O mercado doméstico de algodão registrou uma semana de baixa liquidez, com vendedores retraídos e compradores surgindo apenas esporadicamente, conforme a necessidade. De acordo com a Safras Consultoria, o cenário reflete uma postura cautelosa por parte dos produtores e a busca pontual de aquisição por parte das indústrias.

No mercado de São Paulo, o preço do algodão entregue à indústria, em 13 de março, foi cotado em torno de R$ 4,19 por libra-peso, sem o ICMS, mantendo-se estável em relação à semana anterior. Já em Rondonópolis, no Mato Grosso, o valor da pluma variou em torno de R$ 4,02 por libra-peso, o que equivale a R$ 133,10 por arroba. Essa variação representa uma leve desvalorização em relação ao preço registrado em 6 de março, quando a pluma foi negociada por R$ 4,03 por libra-peso (R$ 133,15 por arroba).

Projeções da Safra 2024/25 de Algodão

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou, no sexto levantamento para a safra 2024/25, uma estimativa de produção de 3,822 milhões de toneladas de algodão em pluma, um aumento de 3,3% em relação à safra anterior, que registrou 3,701 milhões de toneladas. A produtividade das lavouras está estimada em 1.870 quilos por hectare, uma leve queda em relação à temporada 2023/24, quando a produtividade foi de 1.904 quilos por hectare. A área plantada com algodão também deverá crescer, estimando-se 2,043 milhões de hectares, o que representa um aumento de 5,1% em comparação aos 1,944 milhões de hectares da safra passada.

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Dentre os principais estados produtores, o Mato Grosso lidera a produção, com expectativa de colher 2,665 milhões de toneladas de algodão, um crescimento de 0,5% em relação ao ano anterior. Já a Bahia, segundo maior produtor, deve alcançar 783 mil toneladas, o que representa um aumento de 10,5% sobre a safra 2023/24. Por outro lado, Goiás prevê uma redução na produção, com uma safra estimada em 55,3 mil toneladas, queda de 8,4% em comparação ao ciclo anterior, que registrou 60,4 mil toneladas.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

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O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.

A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.

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Exportações em Perspectiva

Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.

No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.

Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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