Mercado recua após Fed manter juros e prever cortes em 2025

Os contratos futuros dos principais índices de Wall Street registravam queda nesta quinta-feira (…), um dia após o Federal Reserve (Fed) manter a taxa de juros inalterada e reafirmar a projeção de dois cortes ao longo de 2025. A cautela do mercado reflete, além da decisão do banco central, as incertezas relacionadas às políticas comerciais dos Estados Unidos.
Na quarta-feira, o Fed confirmou a manutenção dos juros, em linha com as expectativas dos investidores. No entanto, a autoridade monetária revisou suas projeções econômicas, indicando um crescimento ligeiramente menor, inflação mais alta e um aumento modesto da taxa de desemprego até o próximo ano.
“É muito difícil prever como isso vai se desenrolar”, afirmou o presidente do Fed, Jerome Powell, em coletiva de imprensa após a reunião de dois dias do comitê de política monetária.
Atualmente, o mercado precifica um total de 63 pontos-base de flexibilização monetária para este ano, atribuindo uma probabilidade de 60% a um corte de 25 pontos-base já em junho, conforme a ferramenta FedWatch da CME.
Desempenho dos índices
Na sessão anterior, os principais índices de Wall Street registraram alta: o S&P 500 avançou 1%, o Nasdaq subiu 1,4% e o Dow Jones teve alta próxima a 1%. No entanto, nesta quinta-feira, os futuros do S&P 500 recuavam 0,62%, enquanto os contratos futuros do Nasdaq 100 caíam 0,75% e os do Dow Jones, 0,54%.
Apesar dos ganhos em três das últimas quatro sessões, o S&P 500 acumula uma queda de 3,5% no ano, enquanto o Nasdaq registra um recuo de 8% no mesmo período. A desvalorização dos índices eliminou todos os ganhos obtidos desde a eleição do ex-presidente Donald Trump em novembro, refletindo as preocupações do mercado com o ritmo da atividade econômica e as tensões comerciais decorrentes das políticas protecionistas adotadas pelo governo norte-americano.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Paraná atinge recorde histórico na produção nacional de suínos

O Paraná registrou, em 2024, a maior participação de sua história na produção nacional de suínos, conforme dados recentes da Pesquisa Trimestral de Abate de Animais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). No período, foram abatidos 12,4 milhões de suínos no estado, volume que corresponde a 21,5% do total nacional.
Nos últimos dez anos, a suinocultura paranaense manteve um ritmo acelerado de expansão, com um crescimento de 79% na produção absoluta, passando de 6,9 milhões de animais abatidos em 2014 para os atuais 12,4 milhões. Esse desempenho superou a média nacional, que registrou um avanço de 55% no mesmo período.
Em termos proporcionais, o estado vem ampliando sua presença no setor há cinco anos consecutivos. A participação nacional do Paraná, que era de 19,9% em 2019, alcançou 21,5% em 2024. Com esses números, o Paraná segue como o segundo maior produtor de suínos do Brasil, ficando atrás apenas de Santa Catarina, que responde por 29,1% dos abates. A diferença entre os dois estados, no entanto, diminuiu em 0,7 ponto percentual entre 2023 e 2024, período em que o Paraná liderou o crescimento absoluto na produção de suínos e frangos.
O crescimento do setor também tem impacto direto na geração de empregos. Apenas em 2023, foram criadas 4.060 novas vagas formais nos frigoríficos paranaenses dedicados ao abate de suínos, segundo o Ministério do Trabalho. O Paraná respondeu por 67% das contratações formais realizadas no segmento no período.
Incentivos estaduais impulsionam setor
O avanço da suinocultura no Paraná está atrelado a uma série de políticas públicas de incentivo ao setor agropecuário. Um marco importante foi alcançado em maio de 2021, quando a Organização Mundial da Saúde Animal (OIE) concedeu ao estado o status de área livre de febre aftosa sem vacinação. Essa certificação internacional reforçou a segurança sanitária da produção e abriu novas oportunidades para a exportação da carne suína paranaense.
Desde então, o sistema de controle sanitário no estado foi aprimorado, substituindo as campanhas de vacinação obrigatória por um modelo de atualização de rebanhos, garantindo a rastreabilidade e a sanidade dos animais.
Durante a última edição do Show Rural Coopavel, em Cascavel, realizada em fevereiro deste ano, o presidente da Agência de Defesa Agropecuária do Paraná (Adapar), Otamir Cesar Martins, destacou a importância da biosseguridade na suinocultura e na avicultura. “O mundo não compra produtos, compra sanidade. Ao manter elevados padrões sanitários e aprimorar as técnicas de produção, podemos expandir nossas exportações e conquistar novos mercados”, afirmou.
Um novo avanço foi anunciado nesta terça-feira (18), em Curitiba, com a assinatura de um acordo de cooperação técnica entre o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e a empresa argentina Biogenesis Bagó. O objetivo da parceria é transferir e internalizar tecnologia para a criação de um banco nacional de antígenos e vacinas contra febre aftosa.
“Mais uma vez, o Tecpar contribui para fortalecer a pecuária do Paraná e toda a cadeia produtiva de frangos, suínos e bovinos. Precisamos nos antecipar no combate a doenças como a febre aftosa e a brucelose, garantindo um ambiente sanitário favorável para o crescimento da nossa agropecuária”, destacou o vice-governador Darci Piana, presente no evento.
Expansão na produção de proteína animal
Além do avanço na suinocultura, o Paraná se consolidou como líder no crescimento da produção de frangos e suínos no Brasil em 2024, segundo as Estatísticas da Produção Pecuária. No comparativo com 2023, o estado ampliou sua produção em 53,3 milhões de frangos e 281,4 mil cabeças de suínos. Houve ainda crescimento nos setores de bovinocultura, produção de ovos e leite.
Na avicultura, o Paraná segue como o maior produtor nacional, com uma participação de 34,2% no mercado de frangos. Em 2024, o abate de aves cresceu 2,47% em relação ao ano anterior, totalizando 2,2 bilhões de unidades e superando o recorde de 2023, quando foram abatidos 2,15 bilhões de frangos no estado.
Com esse desempenho, o Paraná reforça sua posição como um dos principais polos da produção pecuária no Brasil, impulsionado por políticas de incentivo, avanços tecnológicos e compromisso com a sanidade animal.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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