Mercados asiáticos encerram semana em queda com novas tarifas dos EUA sobre a China

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Os mercados acionários da China e de Hong Kong fecharam a semana em queda, interrompendo uma sequência de ganhos, após o ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciar novas tarifas sobre importações chinesas. O movimento levou investidores a realizarem lucros em ações do setor de tecnologia e a redirecionarem a atenção para a reunião parlamentar anual da China, prevista para a próxima semana.

O índice de referência da Bolsa de Xangai registrou uma desvalorização de 1,98%, enquanto o CSI300, que reúne as principais empresas listadas em Xangai e Shenzhen, recuou 1,97%. Já o índice Hang Seng, de Hong Kong, sofreu uma queda expressiva de 3,28%, marcando o pior desempenho diário desde outubro de 2024.

O aumento das tensões geopolíticas ocorreu após Trump anunciar, na quinta-feira, uma tarifa adicional de 10% sobre os produtos chineses, elevando o total para 20% quando somada à tarifa já implementada em fevereiro.

Escalada das tensões comerciais

Analistas do mercado destacam que o governo de Trump, especialmente seus assessores nas áreas de política externa e comércio, tem adotado uma postura cada vez mais rígida em relação à China.

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“O gabinete de Trump tem demonstrado uma posição fortemente ‘hawkish’ (agressiva) em relação à China”, afirmou Ting Lu, economista-chefe para a China do Nomura. Ele acrescentou que a rivalidade entre as duas potências deve se intensificar, especialmente diante do avanço chinês em setores estratégicos como inteligência artificial e robótica.

Com a recente volatilidade, o índice Hang Seng acumulou uma queda de 2,3% na semana, interrompendo um ciclo de seis semanas consecutivas de ganhos. O CSI300 também recuou 2,2%, refletindo a realização de lucros por investidores que haviam apostado na valorização do setor de tecnologia.

Expectativas para o Congresso Nacional do Povo

O foco do mercado agora se volta para o cenário macroeconômico chinês, com destaque para a reunião do Congresso Nacional do Povo, marcada para 5 de março. De acordo com analistas do Morgan Stanley, espera-se que o primeiro-ministro, Li Qiang, estabeleça uma meta de crescimento para 2025 em torno de 5%, sem previsão de medidas de grande impacto no curto prazo.

Desempenho dos mercados na Ásia-Pacífico

  • Tóquio – O índice Nikkei caiu 2,88%, fechando em 37.155 pontos.
  • Hong Kong – O Hang Seng recuou 3,28%, encerrando o pregão em 22.941 pontos.
  • Xangai – O SSEC perdeu 1,98%, atingindo 3.320 pontos.
  • Shenzhen – O CSI300 caiu 1,97%, fechando em 3.890 pontos.
  • Seul – O KOSPI teve desvalorização de 3,39%, a 2.532 pontos.
  • Taiwan – O índice TAIEX permaneceu fechado.
  • Cingapura – O Straits Times registrou queda de 0,65%, a 3.895 pontos.
  • Sydney – O S&P/ASX 200 recuou 1,16%, fechando em 8.172 pontos.
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O cenário de incertezas comerciais deve continuar pesando sobre os mercados asiáticos nas próximas semanas, enquanto investidores acompanham os desdobramentos das políticas tarifárias dos Estados Unidos e seus impactos sobre o crescimento da China.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Sistema Faemg Senar alerta para desafios da cafeicultura na safra 25

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A cafeicultura mineira enfrenta um cenário desafiador para a safra 2025, com impacto do clima adverso na produção e forte volatilidade no mercado. Segundo um informativo do Sistema Faemg Senar, a falta de chuvas e as altas temperaturas prejudicaram o desenvolvimento das lavouras, enquanto os preços futuros do café oscilaram diante da incerteza sobre a oferta brasileira. O relatório também aponta que as exportações no Sudeste Asiático seguem aquecidas, o que pode influenciar a competitividade do produto nacional.

De acordo com o levantamento, o desempenho das exportações de café no Vietnã e na Indonésia tem apresentado resultados contrastantes. No Vietnã, entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, os embarques totalizaram 11,44 milhões de sacas, embora ainda abaixo dos 13,24 milhões de sacas registrados na safra anterior. A principal razão dessa queda está relacionada à menor produção e estoques reduzidos. Já na Indonésia, o cenário é mais positivo. As exportações da temporada 2024/2025, entre abril de 2024 e janeiro de 2025, somaram 6,49 milhões de sacas, superando as expectativas e refletindo um aumento de 20% em relação ao ano anterior. A recuperação da safra e os preços atrativos ajudaram a impulsionar os embarques, e a estimativa é que as exportações alcancem 7,9 milhões de sacas.

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No Brasil, as incertezas sobre a produção continuam a afetar o mercado. O contrato de café para maio de 2025, que atingiu 410 c/lb, reflete o impacto de um clima adverso e a redução da oferta. Embora as previsões de chuvas possam suavizar a pressão sobre os preços, a alta volatilidade no mercado continua a ser um fator de preocupação para os produtores. No mercado físico de Minas Gerais, em fevereiro de 2025, o preço do café arábica tipo 6 registrou um aumento de 2,7%, com as regiões produtoras apresentando variações significativas: a Chapada de Minas teve uma alta de 13,8%, atingindo R$ 2.730/sc, enquanto o Cerrado Mineiro registrou R$ 2.701/sc, com um aumento de 5,7%.

Os desafios climáticos, como as altas temperaturas e a falta de chuvas, também afetaram a fase crítica da granação dos frutos, que define a qualidade e a produtividade da safra. A previsão para março é de retorno das chuvas em volumes acima da média histórica, especialmente nas regiões Sul de Minas, Campos das Vertentes e Montanhas de Minas. Com isso, a recomendação para os cafeicultores é seguir as previsões meteorológicas e intensificar o manejo fitossanitário das lavouras, controlando pragas e investindo em práticas nutricionais para garantir um bom desenvolvimento das plantas.

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A expectativa é que os preços do café fiquem entre R$ 2.500 e R$ 3.000 por saca até a entrada da safra, mas com uma possibilidade de queda devido à colheita. A orientação é que os produtores se atentem ao gerenciamento da produção, para mitigar perdas e otimizar os resultados durante este período de incerteza.

Fonte: Pensar Agro

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