Ministério da Saúde promove vacinação contra poliomielite em Aparecida

Para estimular a imunização de crianças, adolescentes e a população em geral, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, participou hoje (12) de um ato de vacinação na cidade de Aparecida (SP), cidade que está lotada de fiéis e devotos que participam de festa dedicada a Nossa Senhora Aparecida, padroeira do Brasil.
Em uma unidade básica de saúde (UBS), no centro da cidade, o ministro aplicou a vacina contra a poliomielite em uma criança e reforçou a importância da vacinação. “Alguém já viu um caso de poliomielite? Felizmente poucos viram. Eu convivi, no meu colégio, quando criança, com colegas que tinham poliomielite. Não queremos a poliomielite de volta. E sabemos o que temos que fazer para não tê-la entre nós. Precisamos vacinar nossas crianças. É um dever nosso e um direito das nossas crianças”, disse, durante o evento.
Segundo o ministério, a vacinação contra a poliomielite ainda está abaixo do esperado no estado de São Paulo. A meta é vacinar 95% do público-alvo, mas, até este momento, apenas 59,2% das crianças menores de 4 anos já foram vacinadas. Em todo o Brasil, informou o ministério, 62,5% das crianças foram vacinadas. Atingir a meta é importante para evitar que a doença, também conhecida como paralisia infantil, que já estava erradicada, volte a circular no país.
“A cobertura vacinal tem caído, em parte, porque as pessoas pensam que se livraram desse inimigo. Mas temos que ter cuidado com esses inimigos, que as vezes estão escondidos ou presos e, quando menos esperamos, eles voltam. As pessoas achavam que estavam livres da poliomielite e deixaram de procurar as salas de vacinação”, disse o ministro. “A cobertura vacinal está baixa e precisamos fazer com que ela seja recobrada”, acrescentou, dizendo que a meta do ministério é vacinar 95% das crianças abaixo dos cinco anos, público estimado em 15 milhões de pessoas no país.
“Temos que entender que, bem antes da pandemia, antes de se falar em vacinação contra a covid-19 já vínhamos apresentando queda em nossas metas de vacinação. E precisamos fazer com que as pessoas tomem consciência de que vacinar é fazer com que as nossas crianças estejam protegidas de doenças que estavam erradicadas e que podem retornar”, reforçou o secretário estadual da Saúde de São Paulo, Jean Gorinchteyn.
Imunização
Durante a ação de imunização promovida pelo ministério, a população menor de 15 anos poderá atualizar sua carteira de vacinação, tendo acesso às vacinas de hepatite A e B; penta (DTP/Hib/Hep B); pneumocócica 10 valente; VIP (vacina inativada poliomielite); VRH (vacina rotavírus humano); meningocócica C (conjugada); VOP (vacina oral poliomielite); febre amarela; tríplice viral (sarampo, caxumba, rubéola); tetraviral (sarampo, caxumba, rubéola, varicela); DTP (tríplice bacteriana); varicela; HPV quadrivalente (papilomavírus humano); dupla adulto (difteria e tétano); e covid-19. O ministério alerta que todos esses imunizantes são seguros, integram o Programa Nacional de Imunizações (PNI) e tem aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Campanha
O ministério informa que o grupo-alvo para a vacinação contra a poliomielite são as crianças menores de cinco anos de idade, sendo que crianças menores de um ano deverão ser vacinadas conforme a situação vacinal encontrada para o esquema primário (vacina inativada contra poliomielite – VIP).
No Brasil, todos os bebês devem receber a vacina inativada contra a poliomielite (VIP) aos 2 meses, 4 meses e 6 meses de idade. A vacina é aplicada, de forma injetável, desde 2012, e seu uso trouxe mais segurança à imunização contra a pólio, porque o conteúdo da vacina é o vírus “morto”, inativado, o que afasta qualquer risco de replicação viral após a vacinação. Já imunizadas com essas três doses, as crianças devem receber as famosas gotinhas da vacina oral contra a poliomielite (VOP), aos 15 meses e aos 4 anos de idade, como um reforço na imunização.
Já a multivacinação é uma estratégia onde são oferecidas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação para a população-alvo. O objetivo é facilitar a ida dos pais ou responsáveis ao serviço de saúde para atualização das vacinas de crianças e adolescentes.
Atualizar a carteira de vacinação é importante porque protege as crianças e adolescentes contra doenças imunopreveníveis, evitando a ocorrência de surtos e hospitalizações, sequelas, mortes ou tratamentos para doenças que podem ser evitadas por meio de vacinas. “Não podemos ver tragédias que vimos no passado, como as sequelas de paralisia infantil ou de morte de crianças. Podemos proteger as crianças com duas gotinhas [de vacina]”, reforçou Gorinchteyn.
Edição: Maria Claudia
Fonte: EBC Saúde


SAÚDE
“Considero o Conselho a maior barreira para o negacionismo nesse país”, afirma Padilha durante reunião do CNS

Nesta quinta (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença na 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. A agenda recordou os cinco anos da pandemia de Covid-19, além de abordar a participação social na garantia da equidade dos direitos das mulheres e as ações do Programa Brasil Saudável. O atendimento da população em situação de rua na atenção primária também foi uma das pautas.
Esta foi a primeira participação de Padilha em uma reunião do Conselho, desde que reassumiu a pasta na última segunda (10). Durante a plenária, ele falou das suas expectativas para os próximos dois anos e agradeceu o trabalho do CNS na luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Alguns sentimentos me movem ao voltar para o Ministério da Saúde e um deles é consolidar a pasta com gestores municipais e estaduais. Como um espaço de controle social, o Conselho Nacional de Saúde é a maior barreira para o negacionismo nesse país e isso nos impulsiona para ser uma referência mundial”, declarou o ministro.
A presidente do CNS, Fernanda Magano, agradeceu a presença de Padilha na reunião. “É muito importante esse diálogo e os compromissos aqui estabelecidos na defesa do nosso Sistema Único de Saúde. Esperamos que essa reconstrução seja muito proveitosa para as entregas necessárias pela democracia e garantia da vida no nosso país”, declarou.
- 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (Foto: Taysa Barros/MS)
Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), José Ramix, é urgente a participação e valorização da diversidade na saúde: “Precisamos estimular estratégias que fortaleçam o controle social e a gestão participativa, além de reconhecer o protagonismo dos territórios e das diversas populações dos municípios brasileiros”, observou.
Durante sua fala, o ministro reforçou o pedido de Ramix e destacou, mais uma vez, a urgência da entrega e a obsessão pela redução no tempo de espera pelos atendimentos especializados. “Só vamos conseguir fazer isso acontecer com uma atenção primária fortalecida, valorizada e equilibrada, além de reorganizar as redes de média e alta complexidade”, pontuou.
Ana Freire
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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