Ministro quer aprovado projeto que facilita incorporação de remédios

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O ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, pediu hoje (26) o apoio de senadores para aprovação do projeto de lei 415/15, que trata de aspectos econômicos das incorporações de tecnologias no sistema de saúde, segundo ele, inovações muito importantes no atual momento. A proposta, sob a relatoria do senador Fernando Bezerra Coelho (MDB-PE), deve entrar na pauta do plenário do Senado amanhã (27).

Em audiência pública na Comissão Temporária da Covid-19, do Senado, o ministro citou o chamado coquetel de anticorpos monoclonais, um deles o Regn-CoV2, que obteve autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) para uso emergencial. 

“Os dados preliminares são alvissareiros porque eles apontam para uma redução de 70% do desfecho combinado óbito mais internação quando os pacientes que têm comorbidades recebem esse tratamento de maneira precoce”, afirmou.

Queiroga disse que, em função desse registro na Anvisa, pediu à Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) uma análise sobre todos os aspectos relacionados com esse fármaco no que diz respeito à segurança, eficácia e custo/efetividade, para que seja considerado ou não para inclusão no protocolo.

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“É muito útil que ele seja aprovado porque vai nos ajudar com relação aos protocolos, porque nós não podemos fazer protocolos somente com medicações cuja indicação no tratamento da covid-19 não está prevista, e isso pode se tornar um ponto vulnerável do ponto de vista legal nesses protocolos clínicos”, explicou. 

Melhor assistência

A seguir, o ministro lembrou que essas indicações não foram aprovadas pela Anvisa, que tem competência para aprovar o uso de fármacos. Na prática, o Projeto de Lei 415 visa autorizar a Conitec a inserir fármacos usados no enfrentamento da covid-19 nos protocolos clínicos do Sistema Único de Saúde (SUS). A expectativa é de que, com esses protocolos, as equipes médicas possam melhorar a assistência e ter melhores resultados nas Unidades de Tratamento Intensivo (UTIs) com redução de mortalidade.

Marcelo Queiroga lembrou aos parlamentares que a grande maioria dos fármacos utilizados para a covid-19 não foi desenvolvida para o tratamento da doença. Ele citou medicações  usadas para complicações da covid-19 como a dexametasona, que é um corticóide, e uma outra para o tratamento da artrite, chamada tocilizumabe.

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Nesse último caso, o ministro da Saúde disse que já há alguns estudos publicados no Brasil apontando que o uso de tocilizumabe em pacientes mais graves não teve resultado tão satisfatório, mas outras pesquisas mostram que esse fármaco, quando aplicado numa fase inicial, pode ser benéfico ao paciente.

Edição: Kleber Sampaio

Fonte: EBC Saúde

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SAÚDE

Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

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O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis

Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina. 

As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina. 

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O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes. 

Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente. 

Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local. 

Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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