Missão do Mapa no Vietnã reforça cooperação e busca novas oportunidades de mercado

O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) concluiu com sucesso uma missão oficial ao Vietnã, entre os dias 13 e 15 de março, reforçando laços comerciais e ampliando oportunidades para o agronegócio brasileiro. A delegação, liderada pelo secretário-adjunto de Comércio e Relações Internacionais do Mapa, Marcel Moreira Pinto, contou com representantes da Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e de exportadores brasileiros.
Durante a estadia em Hanói, capital do Vietnã, foram realizadas reuniões de trabalho com autoridades locais, incluindo o primeiro-ministro, Pham Minh Chính, a vice-ministra do Planejamento e Investimentos, Nguyen Thi Bich Ngoc, e o vice-ministro da Agricultura e Desenvolvimento Rural (MARD), Phung Duc Tien. Entre os principais temas discutidos estavam os investimentos no setor agropecuário e os avanços na abertura do mercado vietnamita para carnes bovina, suína e de frango do Brasil.
Além das reuniões institucionais, a delegação também se reuniu com representantes do setor privado, como a Associação Vietnamita de Varejistas (AVR), importadores e distribuidores. O encontro possibilitou a identificação de novas oportunidades de negócios, reforçando o compromisso do Brasil em expandir sua presença no mercado internacional e fortalecer parcerias estratégicas.
As relações comerciais entre Brasil e Vietnã têm crescido de forma contínua nos últimos anos. Em 2023, o fluxo comercial entre os dois países atingiu US$ 6,8 bilhões, com a expectativa de alcançar US$ 10 bilhões até 2030. O Vietnã se consolidou como um dos principais destinos das exportações brasileiras do agronegócio, ocupando a 5ª posição no ranking de parceiros comerciais do setor.
Além dos produtos já tradicionais, como milho, algodão e carnes, o Brasil tem diversificado sua pauta exportadora para o Vietnã. Recentemente, o governo vietnamita autorizou a importação de alimentos para cães e gatos contendo ingredientes de origem animal provenientes do Brasil, abrindo novas oportunidades para o setor de pet food brasileiro. Esse avanço demonstra a ampliação das possibilidades de comércio entre os dois países e reforça a competitividade dos produtos brasileiros no mercado asiático.
A missão ao Vietnã reforça o compromisso do Mapa em abrir novos mercados e consolidar a competitividade do agronegócio brasileiro, promovendo oportunidades que beneficiam produtores e exportadores do país.
Informações à imprensa
imprensa@agro.gov.br


Agronegócio
Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.
A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.
Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.
Exportações em Perspectiva
Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.
No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.
Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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