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Mulheres quilombolas debatem pautas rurais e antirracistas em Brasília

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Mulheres quilombolas se reúnem em Brasília a partir da próxima quarta-feira (14) para debater políticas públicas e questões relevantes à qualidade de vida e ao enfrentamento às desigualdades raciais, sociais e de gênero. O 2° Encontro Nacional de Mulheres Quilombolas será realizado até 18 de junho na capital federal, quando um documento será divulgado a partir das propostas apresentadas nas discussões.

O evento é organizado pelo Coletivo de Mulheres Quilombolas, da Coordenação Nacional de Articulação de Comunidades Negras Rurais Quilombolas (Conaq), e são esperadas cerca de 300 lideranças de comunidades quilombolas de todo o país e da América Latina. Sob o tema Resistir para Existir, a programação inclui debates sobre renda, bioeconomia, racismo ambiental, alimentação, acesso à educação, comunicação e direitos humanos, além de oficinas, atividades culturais e mostra de artesanatos de mulheres quilombolas.

“Das mulheres assassinadas no Brasil em 2019, 66% eram negras. O risco relativo de uma mulher negra ser vítima de homicídio é 1,7 vez maior do que o de uma mulher não negra. Em outras palavras, para cada mulher não negra morta, morrem quase duas mulheres negras”, informou a Conaq, citando dados do Atlas da Violência.

Por isso, a entidade justifica o protagonismo das mulheres negras na produção e promoção de projetos que carregam as pautas feministas camponesas e antirracistas.

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“Não há como pensar território quilombola sem pensar nas mulheres”, observa Givânia Maria, educadora e membro do Coletivo Nacional de Educação da Conaq. O primeiro encontro foi realizado em 2014. O segundo aconteceria em 2020, mas foi cancelado em razão da pandemia de covid-19.

“Não era a previsão demorarmos tanto para fazer uma avaliação, uma leitura política sobre a ótica das mulheres quilombolas do cenário que vivemos. Foram seis anos de trevas, somando dois anos do golpe mais o governo [Jair] Bolsonaro que retrocedeu em todas as políticas sociais, principalmente as de gênero e raça”, disse a Givânia à Agência Brasil.

“O encontro coincide com o início de um novo governo em que a gente tem perspectiva de que as coisas não serão os fáceis, mas pelo menos não teremos a instituição governo trabalhando para aumentar ainda mais a violação do direito das mulheres quilombolas”, acrescentou a educadora, citando que, na abertura do evento, são esperados ministros de Estado, parlamentares e outras autoridades.

O 2° Encontro Nacional de Mulheres Quilombolas será realizado na sede da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), em Brasília.

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Fonte: EBC GERAL

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BRASIL

Em Goiás, mais de 100 crianças e adolescentes estão à espera de adoção

Conforme o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SN), são apontados 1.058 pretendentes ativos para a adoção em Goiás.

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De acordo com os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 460 crianças foram adotadas em Goiás desde 2019. Atualmente, em Goiás tem 748 crianças e/ou adolescentes acolhidos e 126 à espera de adoção, além de 83 já em processo de integração à família.

Não bastando os dados, o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SN) aponta que no Estado existem 1.058 pretendentes ativos para a adoção, sendo eles 72,8% casados, 2,8% divorciados, 9,5% solteiros e 14,2% em união estável.

Os dados apontam que a maioria dos pretendentes na fila para adotar uma criança não possuem preferência de gênero. Já 28,5% preferem adotar meninas e 7,3% apenas o sexo masculino.

Dados no Brasil

Segundo as informações do CNJ, no Brasil já são 33.683 crianças e adolescentes acolhidos e 4.995 na fila de espera. Além disso, atualmente 6.029 estão em processo de adoção à família.

Ao todo, mais de 26 mil crianças e adolescentes já foram adotados a partir de 2019. Ainda assim, há um total de aproximadamente 35 mil pretendentes ativos à espera de um filho adotivo no País.

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