Museu da Língua Portuguesa será reinaugurado no dia 17 de julho 

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Fechado desde 2015, após um incêndio, o Museu da Língua Portuguesa será reinaugurado no dia 17 de julho de 2021.  Praticamente reconstruído, o museu agora terá conexão direta com a Estação da Luz. 

Na parte expositiva, 80% do conteúdo foi reformulado. Além da exposição permanente, o Museu da Língua Portuguesa vai trazer em sua reabertura a mostra temporária Língua Solta, composta por uma série de objetos artísticos dos campos da arte popular e contemporânea, que ancoram seus significados no uso das palavras e relacionam a língua portuguesa a obras de arte.

“São novas vivências, novas experiências, novos conteúdos. Temos uma interação da área do museu com a estação da Luz, ou seja, as pessoas não precisarão mais da estação para entrar no museu. Há um espaço novo muito interessante que é um mirante aos pés da torre do relógio com uma vista belíssima tanto do centro velho de São Paulo quanto do Parque da Luz, onde teremos atividades culturais e um café. Será uma experiência totalmente nova”, explicou o secretário de Cultura e Economia Criativa, Sérgio Sá Leitão.

A Estação da Luz é uma das mais importantes estações ferroviárias da cidade de São Paulo, projeto foi feito por Charles Henry Driver, um arquiteto britânico conhecido por projetos em estações ferroviárias.A Estação da Luz é uma das mais importantes estações ferroviárias da cidade de São Paulo, projeto foi feito por Charles Henry Driver, um arquiteto britânico conhecido por projetos em estações ferroviárias.

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A Estação da Luz é uma das mais importantes estações ferroviárias da cidade de São Paulo. – Governo do Estado de São Paulo

Sem entrar em detalhes, o secretário disse que duas das experiências que existiam antes e que eram muito populares, continuarão no museu, e as outras virão com conteúdos bem diferenciados, mas com atualizações tecnológicas. “Não vou contar porque é surpresa, queremos que o público se surpreenda, seja reencontrando aquilo de que gostava seja vendo conteúdos inteiramente novos, mas com o perfil interativo, estimulante, instigante e tecnológico do museu, mantido”, falou. 

Na exposição temporária Língua Solta os visitantes encontrarão desde obras de arte de nomes da cultura brasileira até objetos que podem ser definidos como de arte vernacular, espontânea feita pelo povo sem pretensão de ser arte. “São quadros, esculturas, instalações e objetos todos referentes de alguma maneira à língua portuguesa. A ideia é ver como a língua foi retratada na produção artística, seja a deliberada ou a espontânea”.

Ao todo foram investidos R$ 84 milhões do governo estadual, iniciativa privada e seguradora. Toda a obra foi finalizada, resta apenas o término da iluminação externa do edifício. 

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A inauguração do prédio foi adiada por conta da pandemia do novo coronavírus, mas já é possível acompanhar a programação online e fazer visitas especiais para alunos de escolas públicas. Segundo Leitão, a reabertura será feita com todos os protocolos de segurança para prevenção da covid-19, tal qual já está sendo executado nos outros museus. 

“A visitação obedecerá aos protocolos que estiverem vigentes na época. Tomaremos todas as precauções para que a visitação seja uma atividade segura tanto para o público quanto para os frequentadores. Nós já temos experiências vitoriosas em todos os nossos demais museus como a Pinacoteca, o Museu de Arte Sacra, o MIS e vários outros. Nós reabrimos todos em outubro do ano passado, temos seguido à risca os protocolos e não tivemos nenhum problema até agora”, finalizou.  

Leitão informou que toda a obra foi realizada com atenção para a segurança para evitar que ocorram novos incidentes. Houve ainda melhorias na acessibilidade.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Exposição debate espaço para pessoas negras na arte contemporânea

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A presença de pessoas negras nos espaços elitizados da arte contemporânea é o tema da série Novo Poder: Passabilidade, do artista carioca Maxwell Alexandre. Crescido na favela da Rocinha, o artista tem explorado o assunto em pinturas desde 2021.

“Para isso, dou ênfase a três signos básicos: as cores preta, branca e parda. Em Novo Poder, a cor preta atua como o corpo preto manifestado pela figuração de personagens; a cor branca aponta para o cubo branco espelhando o espaço expositivo; e a cor parda representa a obra de arte e também faz autorreferência ao próprio papel que é o suporte principal da série”, explica.

Com 56 trabalhos, a série pode ser vista a partir deste sexta-feira (19) no Sesc Avenida Paulista, na região central da capital.

Os contrastes que envolvem as pessoas negras transitando pelo “cubo branco”, jargão que determina espaços expositivos tradicionais, são atenuados pelo fator da “passabilidade”, como explica o artista.

“‘Passar’ é o mesmo que ser reconhecido na vida cotidiana como alguém que está de acordo com as normas, sejam elas sociais, raciais ou de gênero’, disse Maxwell em entrevista à Agência Brasil.

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Por isso, a “‘passabilidade’ é a forma segura e tranquila de pessoas pretas caminharem pelo cubo branco” afirma. No entanto, na visão de Maxwell, as possibilidades se afunilam a depender do lugar social. “Acredito que existam limites sim, dependendo de onde você vem, qual fenótipo você tem, a cor da sua pele, você não vai conseguir alcançar certos lugares. Sobretudo dentro do mercado da arte contemporânea”, comenta.

Trajetória

O artista afirma enxergar na própria trajetória, com ampla circulação em instituições internacionais e nacionais, como um sinal de mudança nas estruturas atuais. “Acredito que eu mesmo seja uma profecia de ‘Novo Poder’ que está se cumprindo”, diz o artista de 34 anos.

Em 2021, Maxwell foi vencedor do prêmio Pipa, um dos mais importantes da artes visuais do país, e, em 2020, foi eleito artista do ano pelo Deutsche Bank. Em 2018, recebeu o Prêmio São Sebastião de Cultura da Associação Cultural da Arquidiocese do Rio de Janeiro.

Esteve no Museu de Arte Contemporânea de Lyon, na França, com a exposição Pardo é Papel, e no Palais de Tokyo, em Paris, com a Novo Poder. Em Marraquexe, no Marrocos, participou da mostra coletiva Have You Seen A Horizon Lately, no Museu de Arte Contemporânea Africana Al Maaden.

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Os trabalhos expostos no Sesc foram executados em um período de um mês em meio, em que o artista se baseou em fotografias, mas também em memórias próprias de cenas que presenciou.

Fonte: EBC GERAL

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