Mutirão de emprego oferece 780 vagas para deficientes em São Paulo

Publicados


A 10ª edição do Contrata SP-Pessoa com Deficiência começou hoje (23), em São Paulo. Trata-se de um mutirão de emprego para pessoas com deficiência que oferece mais de 780 vagas em áreas como serviço, comércio e saúde, com salários entre R$ 950 e R$ 6 mil. 

As oportunidades são para profissionais com escolaridade do fundamental ao superior, com chances para candidatos sem experiência. Além dos profissionais com deficiência, a iniciativa também conta com candidatos reabilitados do Instituto Nacional do Seguro Social – INSS.

A 10ª edição do Contrata SP-Pessoa com Deficiência recebeu cerca de 1.200 inscritos, sendo 75% pré-aprovados para comparecer às unidades do Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cate) Central e Interlagos. Até o dia 26 de julho duas unidades do Cate, Central e em Interlagos receberão os pré-selecionados com agendamento prévio. No atendimento presencial os candidatos poderão ter contato com equipes de recrutadores de empresas que estarão nessas unidades do Cate.

Para facilitar o atendimento, as equipes do Cate cruzaram informações do currículo dos candidatos com o perfil das vagas das empresas que estarão com selecionadores no Contrata SP. 

Nos postos, as empresas foram divididas entre os setores de serviços, saúde e operacional e, assim que chegarem ao posto, os trabalhadores receberão uma pulseira e serão direcionados ao balcão do empregador que tem mais possibilidades de contratá-los. Também é possível deixar currículos para outras vagas.

Leia Também:  Assembleia da Petrobras aprova destituição de Castello Branco

Segundo a secretária da Pessoa com Deficiência, Silvia Grecco, uma das prioridades é promover a inclusão profissional das pessoas com deficiência, superando o discurso de que as empresas não encontram deficientes e que, por isso, não as empregam. Assim, o objetivo do mutirão é mostrar para as empresas que há pessoas qualificadas com deficiência que estão procurando por oportunidades.

 “A inclusão das pessoas com deficiência no mercado de trabalho é uma questão de respeito e dignidade. É preciso preparo e adaptação das empresas. É preciso igualdade salarial. É preciso deixar de ser uma obrigação para ser uma oportunidade igual para todos”, disse Silvia.

Vagas disponíveis 

Entre as vagas disponíveis destacam-se 195 para operador de telemarketing, com salários entre R$ 950 e R$ 1.286, com ou sem experiência. Para a área de vendas em cargos como assistente, vendedor ou operador, os salários chegam a R$ 1.753 com a possibilidade de ganhos adicionais por comissões. 

Há ainda 147 oportunidades para profissionais do setor administrativo como assistente, analista de recursos humanos, auxiliar financeiro e recepcionistas, entre outras, com salário entre R$ 1.200 e R$ 3 mil, com exigência mínima de seis meses de experiência e escolaridade entre o ensino médio e superior completos.  

Nas áreas de tecnologia há 36 vagas – salários entre R$ 1.800, para analistas de suporte, a R$ 6 mil para programador de sistemas de informação. Na área da saúde, há vagas para os segmentos de farmácia e enfermagem, com escolaridade do ensino médio, técnico ou superior, além de comprovação de experiência e regularização em entidades ligadas à profissão.  

Leia Também:  Fundo criado por Goiás é criticado por mineradoras

Retomada

A secretária de Desenvolvimento Econômico, Trabalho e Turismo, Aline Cardoso, destacou que, com o avanço da vacinação e a reabertura de serviços, aos poucos as ações de empregabilidade da população estão sendo retomadas. “O Contrata SP-Pessoa com Deficiência ficou parado em razão da crise sanitária, mas conseguimos fazer uma mobilização junto às empresas para que os recrutadores também possam repor seus quadros profissionais e ampliar a diversidade”, afirmou.

O prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, esteve na unidade do Centro de Apoio ao Trabalho e Empreendedorismo (Cate) Central, e destacou a importância da iniciativa. “Hoje, temos no Cate Central 35 empresas com essa responsabilidade social para a oferta de vagas. Tanto aqui como em Interlagos, as pessoas estão sendo bem recebidas num trabalho conjunto, inclusive em parceria com o Ministério Público, para fazer o encaminhamento e a documentação necessária, neste momento de retomada da economia”, disse o prefeito. O evento também celebra o 30ºaniversário da Lei de Cotas, a ser comemorado amanhã (24).

Edição: Kleber Sampaio

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

ECONOMIA

Regulamentação da reforma tributária prevê alíquota média de 26,5%

Publicados

em

Quatro meses após a promulgação da reforma tributária, o governo enviou o primeiro projeto de lei complementar com a regulamentação dos tributos sobre o consumo. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, entregou a proposta ao presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), no início da noite desta quarta-feira (24).

A proposta prevê alíquota média do Imposto sobre Valor Adicionado (IVA) de 26,5%, podendo variar entre 25,7% e 27,3%, informou o secretário extraordinário da Reforma Tributária, Bernard Appy. Atualmente, os bens e os serviços brasileiros pagam, em média, 34% de tributos federais, estaduais e municipais.

Com 306 páginas e cerca de 500 artigos, o projeto de lei complementar precisa de maioria absoluta, 257 votos, para ser aprovado. Em pronunciamento no Salão Verde da Câmara dos Deputados, Haddad disse ter recebido o compromisso de Lira de votar a proposta no plenário da Casa até o recesso legislativo do meio do ano, previsto para a metade de julho.

“As pessoas podem se assustar um pouco. São cerca de 300 páginas e 500 artigos, mas isso substitui uma infinidade de leis que estão sendo revogadas e substituídas por um dos sistemas tributários que será um dos mais modernos do mundo”, declarou o ministro.

Leia Também:  Assembleia da Petrobras aprova destituição de Castello Branco

Segundo Haddad, a alíquota média pode ficar menor que os 26,5% estimados porque o sistema tributário brasileiro será completamente digitalizado, o que coíbe fraudes e aumenta a base de arrecadação.

“Haverá a combinação virtuosa entre dois elementos dessa reforma. O primeiro é a adoção de um imposto de valor agregado, que substitui vários impostos. O segundo elemento é que teremos um sistema tributário totalmente digital. Com a ampliação da base de contribuintes, poderemos ter uma alíquota mais razoável”, comentou o ministro.

Outros benefícios apontados por Haddad são o fim da cumulatividade (cobrança em cascata) dos tributos e a não exportação de impostos.

“Mesmo com as exceções que a emenda constitucional trouxe, a alíquota pode ser reduzida [em relação a hoje]. Os investimentos no Brasil serão desonerados, as exportações serão desoneradas, os produtos mais populares, sejam alimentos, sejam produtos industrializados consumidos pelos mais pobres, terão um preço melhor”, completou Haddad.

Senado

Após a entrega do projeto na Câmara, Haddad foi entregar um exemplar impresso na residência oficial do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG). Nesta quinta-feira (25), às 10h, o secretário Appy e técnicos da pasta darão entrevista coletiva para explicar os detalhes da regulamentação da reforma tributária.

Leia Também:  Preço de combustíveis tem queda nos postos de gasolina, diz ANP

O projeto entregue nesta quarta-feira inclui a regulamentação do IBS; da Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS), tributo federal sobre o consumo; o Imposto Seletivo, que incidirá sobre produtos com risco à saúde e ao meio ambiente; e o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que incidirá sobre mercadorias concorrentes das produzidas na Zona Franca de Manaus.

Os temas mais polêmicos são a desoneração da cesta básica e a lista de produtos que terão a cobrança do Imposto Seletivo, cujos detalhes serão revelados nesta quinta. A reforma aprovada no ano passado deixou para o projeto de lei complementar decidir se, por exemplo, alimentos processados e ricos em açúcar sofrerão a cobrança do imposto.

Ao sair da reunião, Haddad se disse confiante na aprovação do projeto ainda este ano, apesar de reconhecer que o Senado terá dificuldade de votar a proposta por causa das eleições municipais de outubro. “Como aconteceu no ano passado, ninguém dizia que uma emenda esperada há 40 anos pudesse ser promulgada. E o presidente Pacheco presidiu a solenidade de promulgação para a felicidade do país, que esperava muitas décadas por isso”, afirmou.

Fonte: EBC Economia

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA