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Nariz eletrônico revoluciona controle de pragas na agricultura

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Pesquisadores do Instituto Nacional de Ciência e Tecnologia em Nanotecnologia para Agricultura Sustentável (INCT Nano Agro) desenvolveram uma tecnologia inovadora para o controle de pragas agrícolas. Com o uso de nanosensores e um nariz eletrônico, o dispositivo detecta substâncias químicas utilizadas pelos insetos para comunicação, viabilizando um manejo mais sustentável e preciso das infestações nas lavouras.

Estudos recentes da Universidade de Stanford indicam que insetos são responsáveis por perdas de 5% a 20% nas principais culturas de grãos ao redor do mundo. O problema tende a se agravar com a mudança climática, uma vez que temperaturas mais elevadas aceleram o metabolismo desses organismos, intensificando seu apetite e sua taxa de reprodução. Segundo os pesquisadores, a cada aumento de 1ºC na temperatura média global, as perdas na produção podem crescer de 10% a 25%. Caso as previsões climáticas se confirmem, até 2030 a temperatura global poderá subir 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, agravando ainda mais esse impacto.

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Diante desse cenário, cientistas da Universidade Regional Integrada do Alto Uruguai e das Missões (URI), que fazem parte do INCT Nano Agro, desenvolveram um nariz eletrônico capaz de identificar feromônios de acasalamento de pragas, como percevejos e mariposas. O dispositivo é compacto e utiliza sensores de gás baseados em nanocompósitos de Óxidos de Grafeno (GO) e PANI (polianilina), permitindo a detecção precisa dos compostos químicos emitidos pelos insetos.

A professora Dra. Juliana Steffens, da URI, destaca que a tecnologia pode ser integrada a sistemas de inteligência artificial, possibilitando o monitoramento detalhado das infestações no campo. Com isso, os produtores poderão aplicar estratégias de controle de maneira mais eficaz, reduzindo desperdícios e custos. “Os avanços recentes na miniaturização de sensores e na análise de dados oferecem soluções promissoras para uma agricultura mais sustentável. Serão realizados estudos com feromônios padrão, insetos em condições reais e amostras complexas, com testes em unidade experimental e no campo”, explica a pesquisadora.

A inovação representa um grande avanço para o setor agrícola, contribuindo para um manejo mais eficiente das pragas e promovendo a sustentabilidade na produção de alimentos.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Crescimento nas Exportações de Carne Suína em Fevereiro Impulsiona Receita em 32,6%

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As exportações brasileiras de carne suína, incluindo tanto os produtos in natura quanto processados, atingiram 114,4 mil toneladas em fevereiro deste ano, o que representa um crescimento de 17% em comparação com o mesmo período de 2024, quando o total embarcado foi de 97,8 mil toneladas. Esse desempenho é o melhor já registrado para o mês de fevereiro.

Em termos de receita, as exportações de carne suína alcançaram US$ 272,9 milhões em fevereiro, refletindo um aumento de 32,6% em relação aos US$ 205,7 milhões registrados no ano passado. No acumulado do primeiro bimestre de 2025, o volume embarcado cresceu 11,6%, somando 220,4 mil toneladas, frente às 197,5 mil toneladas exportadas nos dois primeiros meses de 2024. A receita totalizou US$ 510,9 milhões, o que representa um crescimento de 26,2% em relação aos US$ 404,8 milhões do ano passado.

As Filipinas continuam sendo o principal destino das exportações brasileiras de carne suína, com um total de 23 mil toneladas em fevereiro, registrando um aumento de 72% em relação ao mesmo mês de 2024. Outros destinos relevantes incluem a China, com 19,4 mil toneladas (-26,2%), Hong Kong, com 13,4 mil toneladas (+49,8%), Japão, com 9 mil toneladas (+61,8%), e Chile, com 8,3 mil toneladas (-0,2%). Também houve aumento nas exportações para países como Argentina (+313,1%), Uruguai (+13,1%), Costa do Marfim (+58,4%) e Vietnã (+64,8%).

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O presidente da Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), Ricardo Santin, destacou a relevância do México como novo mercado, com mais de 2 mil toneladas exportadas em fevereiro, impulsionadas pela renovação do programa de segurança alimentar mexicano. Santin também apontou a demanda crescente das Filipinas, Japão e outros países da Ásia, África e Américas, o que projeta bons resultados para o setor no decorrer de 2025.

No âmbito estadual, Santa Catarina, principal exportador de carne suína do Brasil, embarcou 61,8 mil toneladas em fevereiro, um aumento de 14,2% em relação ao mesmo mês do ano anterior. O Rio Grande do Sul ficou em segundo lugar, com 23,9 mil toneladas (+13,8%), seguido pelo Paraná, com 17,9 mil toneladas (+48,1%), Minas Gerais, com 2,3 mil toneladas (+43,9%), e Mato Grosso, com 2,8 mil toneladas (+21%).

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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