Novo Caged: Brasil cria 372 mil postos de trabalho formal em agosto

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O Brasil registrou um saldo de 372.265 novos trabalhadores contratados com carteira assinada em agosto de 2021. O saldo é o resultado de um total de 1.810.434 admissões e 1.438.169 desligamentos. De acordo com o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged) divulgado hoje (29) pelo Ministério do Trabalho, o salário médio de admissão caiu 1,42% na comparação com o mês anterior, ficando em R$ 1.792,07.

No acumulado no ano, o saldo passou a somar 2.203.987 postos ocupados, decorrente de 13.082.860 de admissões e de 10.878.873 demissões. O estoque nacional, que é a quantidade total de vínculos celetistas ativos, em agosto de 2021, contabilizou 41.566.955, o que representa uma variação de 0,9% em relação ao estoque do mês anterior.

De acordo com o Novo Caged, em agosto, os dados registraram saldo positivo no nível de emprego nos cinco grandes grupamentos de atividades econômicas: serviços (+180.660 postos), distribuído principalmente nas atividades de informação, comunicação e atividades financeiras, imobiliárias, profissionais e administrativas (+79.832 postos); comércio (+77.769 postos); indústria geral (+72.694 postos), concentrado na indústria de transformação (+69.266 postos); construção (+32.005 postos); e agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura (+9.232 postos).

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Regiões e estados

A Região Sudeste foi a que gerou mais postos de trabalho. O saldo positivo ficou em 185.930 vagas, o que corresponde a um aumento de 0,88% ante julho. No Nordeste foram criados 82.878 postos (+1,25%); na Região Sul o saldo também ficou positivo (54.079 postos, +0,69%), a exemplo do Centro-Oeste (+29.690 postos, +0,84%) e do Norte (+19.778 postos, +1,03%).

São Paulo foi o estado que registrou o maior saldo positivo, com 113.836 novos postos de trabalho (alta de 0,89% na comparação com julho); seguido de Minas Gerais, com 43.310 novas vagas (alta de 0,99% na comparação com o mês anterior) e do Rio de Janeiro, com 22.960 novos postos (alta de 0,71%, na comparação com julho).

Já as unidades federativas com o menor saldo foram o Acre (346 novos postos; crescimento de 0,38% ante ao mês anterior); Roraima: (saldo de 592 postos; crescimento de 0,98%); e Amapá (saldo de 882 postos; +1,28%).

Salário médio de admissão

O salário médio de admissão em agosto de 2021 ( R$ 1.792,07) apresenta uma queda real de R$ 25,78 na comparação com julho de 2021. A variação corresponde a um percentual de -1,42%.

A maior queda foi na indústria, onde a redução do valor médio de admissão (-2,83%) resultou em um salário inicial de R$ 1.755,22. Na sequência ficou o setor de agricultura, pecuária, produção florestal, pesca e aquicultura, cuja queda média no salário de admissão reduziu 2,56%, resultando em um salário R$ 1.493,27.

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O setor de serviços vem em seguida, com queda média de 1,77%, resultando em um salário de admissão de R$ 1.947,92. Já a queda do salário médio de admissão do setor de comércio; reparação de veículos automotores e motocicletas ficou em 0,59%. Com isso, o salário médio inicial do setor está em R$ 1.544,73.

Trabalho Intermitente

Em agosto de 2021, houve 26.554 admissões e 14.766 desligamentos na modalidade de trabalho intermitente, gerando saldo de 11.788 empregos, envolvendo 5.662 estabelecimentos contratantes. Um total de 259 empregados celebrou mais de um contrato na condição de trabalhador intermitente.

“Do ponto de vista das atividades econômicas, o saldo de emprego na modalidade de trabalho intermitente distribuiu-se por serviços (+7.095 postos), comércio (+1.986 postos), construção (+1.607 postos), indústria geral (+1.126 postos), e agropecuária (-26 postos)”, informou o Ministério do Trabalho.

Edição: Lílian Beraldo

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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