Número de acidentes em rodovias federais cai, mas letalidade aumenta
O número de acidentes de trânsito registrados em rodovias federais ao longo de 2020 foi menor que o de 2019, mas o de mortes em consequência dessas ocorrências manteve-se estável. A constatação é da Confederação Nacional do Transporte (CNT) e consta do balanço anual divulgado hoje (1º) pela entidade.
Segundo o Painel CNT de Consultas Dinâmicas de Acidentes Rodoviários, no ano passado, foram registrados 63.447 acidentes em estradas federais, número 5,9% inferior às 67.427 ocorrências registradas em 2019 e que mantém a tendência de queda iniciada em 2014 (169.194).
De acordo com a CNT, o grau de letalidade desses acidentes foi maior, já que o total de mortes ficou praticamente inalterado, baixando de 5.332 óbitos em 2019 para 5.287 em 2020. A redução foi de apenas 0,8%, com média de 14 pessoas mortas por dia nas rodovias federais. Só entre 2007 e 2020, 99.365 brasileiros perderam a vida em acidentes nas estradas federais.
A rodovia que teve o maior número de acidentes no ano passado foi a BR-101, que liga o Rio Grande do Norte ao Rio Grande do Sul. Só nesta estrada foram registrados 8.715 acidentes de trânsito. Já a BR-116, que liga o Ceará ao Rio Grande do Sul, foi a mais letal dentre as rodovias federais, com 690 mortes decorrentes de acidentes de trânsito. A BR-116 foi a segunda em número de acidentes (7.397).
A CNT estima que, somadas, as ocorrências envolvem prejuízo de R$ 10,22 bilhões, sendo R$ 5,84 bilhões relativos às ocorrências com vítimas que sobreviveram; R$ 4 bilhões aos sinistros com mortes e pouco mais de R$ 365 milhões com aqueles sem vítimas.
O tipo de acidente mais comum nas vias federais é a colisão, que responde por 59,4% do total de ocorrências. Em seguida, vêm saídas da pista (15,7%); capotamento e tombamentos (12,2%); atropelamentos (7%) e quedas de ocupante (5,3%). As colisões também respondem por 61,8% das situações com óbitos, enquanto os atropelamentos provocam 17,4% dos casos, seguidos pelas saídas de pista (12,8%).
Edição: Nádia Franco
GERAL
Rio pede prorrogação da presença da Força Nacional de Segurança
O governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, solicitou formalmente ao governo federal a prorrogação da permanência da Força Nacional de Segurança Pública (FNSP) no estado para patrulhamento de rodovias federais.
O Ministério da Justiça e Segurança Pública confirmou à Agência Brasil que recebeu o requerimento nesta quinta-feira (28), último dia útil antes do fim do período previsto de reforço na segurança. O pedido está sob análise. Segundo o ministério, o governo fluminense não estipulou prazo para a ação.
“O apoio da Garantia da Lei e da Ordem (GLO) às polícias do estado, que terminaria no próximo dia 31 de março, é fundamental para fortalecer o patrulhamento nas rodovias federais”, diz, em nota, o governador.
Cerca de 300 agentes da Força Nacional reforçam a segurança no Rio de Janeiro desde outubro de 2023, por ordem do então ministro da Justiça, Flávio Dino. Além dos agentes e de 50 viaturas, o ministério autorizou o deslocamento de 270 policiais rodoviários federais, que atuam no patrulhamento de rodovias, para auxiliar as forças de segurança locais.
O período inicial de permanência do reforço iria até janeiro de 2024. No entanto, no fim de janeiro, a pedido de Castro, Dino alongou a presença dos agentes por mais 60 dias.
O efetivo da Força Nacional é composto por bombeiros, policiais civis, militares e peritos. O objetivo da força é contribuir para a preservação da ordem pública, a segurança de pessoas e do patrimônio e atuar em emergências e calamidades públicas.
A prioridade da ação no Rio de Janeiro é o patrulhamento das principais rodovias do estado, agindo principalmente no bloqueio de rotas usadas para transportar cargas, veículos roubados, drogas e armas.
Crimes contra a vida
Na quarta-feira (27), o estado do Rio informou que os crimes contra a vida tiveram o menor número de mortes desde o início da série histórica do Instituto de Segurança Pública (ISP), em 1991.
O indicador – que engloba homicídio doloso, lesão corporal seguida de morte, roubo seguido de morte e morte por intervenção por agente do Estado – caiu 21% nos primeiros dois meses do ano, em comparação com o mesmo período de 2023.
Fonte: EBC GERAL
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