Agronegócio

Orçamento de 25 prevê R$ 1,06 bilhão para seguro rural e corte de verbas para Embrapa

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O governo federal encaminhou ao Congresso o Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA) de 2025, que traz importantes previsões de recursos para o setor agropecuário. Uma das principais destinações é para o Programa de Subvenção do Prêmio do Seguro Rural (PSR), que poderá contar com R$ 1,06 bilhão no próximo ano, valor destinado a apoiar cerca de 86 mil produtores. Apesar de ser um aumento em relação aos anos anteriores, o valor ainda é inferior ao solicitado pelo setor produtivo, que enfrenta crescentes desafios climáticos.

Outro ponto de destaque é o orçamento para a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), que poderá sofrer uma redução significativa em suas verbas. O montante destinado às pesquisas, desenvolvimento e transferência de tecnologia deve cair para R$ 137,4 milhões, comparado aos R$ 203,1 milhões aprovados para 2024. Essa redução preocupa, já que a Embrapa precisa de aproximadamente R$ 500 milhões anuais para manter suas atividades de pesquisa, que incluem mais de mil projetos em andamento.

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O orçamento para a formação de estoques públicos de alimentos também pode ser reduzido. Em 2025, estão previstos R$ 189,9 milhões para essa finalidade, o que representa uma diminuição em relação aos R$ 292,6 milhões destinados em 2024. No entanto, a expectativa é que essa verba ainda seja suficiente para a compra planejada de até 229,7 mil toneladas de produtos. Por outro lado, o PLOA sugere um aumento significativo na verba para a aquisição e distribuição de alimentos, que poderá subir para R$ 783,6 milhões em 2025, em comparação aos R$ 473,2 milhões de 2024.

Outro setor que pode ver um aumento no orçamento é o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), com uma proposta de ampliação dos recursos para reforma agrária e governança fundiária, passando de R$ 221 milhões para R$ 406,7 milhões.

O orçamento ainda passará por tramitação no Congresso, onde poderá ser ajustado por emendas dos parlamentares, especialmente da bancada ruralista, que desempenha um papel crucial na definição das verbas destinadas ao setor agropecuário.

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Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Chapada dos Guimarães reúne ministros da agricultura das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana

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Chapada dos Guimarães, em Mato Grosso, reúne ministros da agricultura de países do G20, grupo das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia e a União Africana. O evento reúne 23 delegações e autoridades mundiais do setor agropecuário para discutir temas cruciais como segurança alimentar, agricultura familiar e sustentabilidade na produção agrícola.

Os principais tópicos da reunião são: sustentabilidade nos sistemas agroalimentares; ampliação do comércio internacional para a segurança alimentar e nutricional; reconhecimento da agricultura familiar e o papel de camponeses e povos originários para sistemas alimentares; e promoção da integração da pesca e aquicultura nas cadeias globais.

Nos dias anteriores ao evento principal, equipes técnicas realizaram discussões aprofundadas. Agora, os ministros e organismos internacionais convidados estão afinando um documento que resultará em uma declaração ministerial. Este documento, com força de acordo internacional, requer a aprovação de todos os países membros do G20.

O ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, anfitrião do evento, destacou a importância do Brasil sediar o G20 Agro como uma oportunidade de retomar seu protagonismo nas relações internacionais. Ele enfatizou que combater a fome e promover a sustentabilidade são essenciais para um mundo melhor.

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Além de Fávaro, participaram da abertura das reuniões ministeriais o ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, o governador de Mato Grosso, Mauro Mendes, e o secretário-executivo do Ministério da Pesca e Aquicultura, Rivetla Edipo Araujo Cruz. O Diretor-Geral da FAO, Qu Dongyu, também esteve presente.

Durante a abertura, Fávaro ressaltou que a realização do G20 Agro em Mato Grosso, um dos centros da produção agrícola brasileira, é uma oportunidade para apresentar ao mundo um documento estruturado com os próximos passos para uma agropecuária inclusiva e sustentável.

Rivetla Edipo Araujo Cruz destacou os desafios emergentes, como a poluição por plásticos e as mudanças climáticas, que impactam diretamente a pesca e a aquicultura. Ele enfatizou a necessidade de enfrentar essas ameaças crescentes.

O governador Mauro Mendes comentou sobre as queimadas que afetam Mato Grosso e outras regiões do Brasil, afirmando que essa realidade não deve prejudicar os debates do G20 Agro. Ele destacou a importância de encontrar alternativas sustentáveis para garantir a produção de alimentos e a tranquilidade mundial.

Ao final da programação da manhã, os países membros do G20 realizaram um plantio simbólico de árvores frutíferas brasileiras no resort onde o evento está sendo realizado, simbolizando o compromisso com a sustentabilidade e a preservação ambiental.

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QUE É – O G20 é um fórum internacional que reúne as principais economias do mundo, incluindo 19 países, a União Europeia e a União Africana. Oficialmente, o objetivo do grupo é promover a cooperação econômica global, comércio internacional e estabilidade financeira.

O grupo foi criado em 1999 e, mais recentemente, passou a abordar, também, temas relacionados às mudanças climáticas e segurança alimentar, duas das principais plataformas do discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Em 2023, o Brasil assumiu a presidência do G20 pela primeira vez e vem realizando uma série de reuniões preparatórias para a grande cúpula de chefes-de-Estado do grupo que será realizada entre os dias 18 e 19 de novembro, no Rio de Janeiro.

O Grupo de Trabalho do G20 sobre Agricultura é uma subdivisão do G20 e a reunião realizada em Chapada dos Guimarães é uma das que antecedem a cúpula principal de novembro.

Fonte: Pensar Agro

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