Paraná Receberá Primeira Fábrica de Nanofertilizantes do Brasil em Parceria com a Índia

O estado do Paraná se prepara para sediar a primeira fábrica de nanofertilizantes do Brasil, um empreendimento fruto da parceria entre a Indian Farmers Fertiliser Cooperative (IFFCO), maior cooperativa agrícola da Índia, e a Nanoventions Brasil. A unidade será instalada em Campina Grande do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba, com um investimento inicial de US$ 12 milhões (cerca de R$ 66 milhões). A previsão é que a operação comece em outubro, oferecendo ao mercado nacional insumos mais eficientes e reduzindo a dependência de importações.
A fábrica contará também com um centro avançado de pesquisa e desenvolvimento, o que reforça a proposta de inovação no setor. A tecnologia de nanofertilizantes foi desenvolvida pela IFFCO ao longo de oito anos, com investimentos de US$ 200 milhões. Além de aumentar a eficiência dos fertilizantes, essa solução promete reduzir custos para os agricultores, minimizar o desperdício de insumos e diminuir impactos ambientais.
Cooperativismo e avanço tecnológico
Durante a cerimônia de lançamento da pedra fundamental, realizada na última sexta-feira (21), o governador Carlos Massa Ratinho Junior destacou as sinergias entre a IFFCO e o Paraná. “A IFFCO é uma das maiores cooperativas agrícolas do mundo, e o Paraná é o estado com mais cooperativas na América Latina. Trazer essa fábrica para o estado reforça nossa vocação para a inovação e a produção sustentável de alimentos”, afirmou.
O governador também ressaltou a importância estratégica da produção local de fertilizantes. Atualmente, o Brasil importa cerca de 85% dos insumos utilizados na agricultura. A produção de nanofertilizantes no Paraná contribuirá para a redução dessa dependência e para o fortalecimento do agronegócio nacional.
A instalação da unidade seguirá um cronograma acelerado, com os equipamentos sendo enviados prontos para montagem diretamente da sede da IFFCO na Índia. A capacidade inicial de produção será de 5 milhões de litros de nanofertilizantes por ano, com previsão de dobrar esse volume em até cinco anos.
Geração de empregos e impactos econômicos
Até 2029, o empreendimento deve gerar cerca de 150 empregos diretos e 450 indiretos, com uma receita bruta projetada em R$ 225 milhões anuais a partir do quinto ano de operação. O Secretário Estadual da Fazenda, Norberto Ortigara, enfatizou os benefícios que a chegada da IFFCO trará para os produtores rurais paranaenses. “O Paraná é um ator relevante no mercado mundial de alimentos, e os nanofertilizantes vão reduzir os custos de produção e elevar a produtividade. Por isso, tratamos essa negociação com prioridade, oferecendo condições favoráveis para a instalação da fábrica”, destacou.
Escolha pelo Paraná e incentivos fiscais
O Paraná foi escolhido entre seis estados das regiões Sul, Sudeste e Centro-Oeste devido à infraestrutura logística, incluindo a malha rodoviária e o Porto de Paranaguá, além dos benefícios fiscais do programa Paraná Competitivo. Segundo o sócio-fundador da Nanoventions Brasil, Fausto José Caron, a estrutura oferecida pelo estado foi decisiva para a escolha. “Desde o início, tivemos um atendimento exemplar do governo estadual, que mostrou um compromisso forte com a inovação e com o desenvolvimento do cooperativismo”, afirmou.
A Invest Paraná, agência estadual de atração de investimentos, desempenhou um papel fundamental no processo, auxiliando na busca por terrenos e na apresentação das vantagens do Paraná Competitivo. A aproximação com a IFFCO ocorreu por meio da Câmara de Comércio Indo-Brasileira, que intermediou as tratativas entre a cooperativa e o governo paranaense.
Parcerias para inovação
A IFFCO também estuda estabelecer parcerias com instituições de pesquisa do Paraná, como o Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) e universidades estaduais, com o objetivo de fomentar a inovação e a transferência de conhecimento. O sócio-fundador da Nanoventions Solution, Ritesh Sharma, destacou que a tecnologia de nanofertilizantes revolucionou a agricultura na Índia e poderá gerar impactos positivos semelhantes no Brasil. “Depois de dois anos de estudos e testes adaptados à realidade brasileira, percebemos o potencial do Paraná como polo de pesquisa e desenvolvimento, o que nos motivou a instalar, além da fábrica, um centro de inovação para impulsionar essa tecnologia”, explicou Sharma.
Com a chegada desse investimento, o Paraná se consolida como um hub de inovação no agronegócio, fortalecendo sua posição no cenário nacional e internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Projeção de Produção de Trigo no Brasil para a Safra 2025/26 Deve Alcançar 8,975 Milhões de Toneladas

A StoneX divulgou sua primeira estimativa para a safra 2025/26 de trigo no Brasil, apontando para um aumento de 17,3% na produção, que deve alcançar 8,975 milhões de toneladas. Embora a previsão seja positiva no que tange à produção, o levantamento indica uma redução na área destinada ao cultivo do cereal em comparação com a safra anterior.
A principal razão para a diminuição da área plantada está relacionada às preocupações com as condições climáticas, dificuldades no acesso ao crédito e frustrações decorrentes das safras passadas. Embora os incentivos de preços mais altos não tenham sido suficientes para compensar as dificuldades enfrentadas pelos produtores, a expectativa é de que a área nacional sofra uma redução de cerca de 5%, impulsionada pela queda nos estados do Rio Grande do Sul e Paraná.
Entretanto, há um cenário positivo para outros estados, como Santa Catarina, Minas Gerais e Goiás, que devem apresentar aumento na área cultivada, compensando parcialmente as perdas nas principais regiões produtoras. Além disso, espera-se uma recuperação na produtividade do trigo, após um ciclo marcado por secas prolongadas, chuvas e geadas no sul do Brasil em 2024.
No que diz respeito ao mercado nacional, a possível elevação na produção deve reduzir significativamente a necessidade de importações, com os volumes previstos ficando abaixo das 6 milhões de toneladas. No entanto, a moagem deve seguir um ritmo mais lento no início de 2025, refletindo uma menor demanda interna por trigo, com uma expectativa de queda de 1,5% nas aquisições em relação ao ano anterior.
As exportações, por outro lado, devem ser favorecidas pela maior produção, com o Rio Grande do Sul se destacando no aumento de sua capacidade exportadora. A recuperação das atividades no terminal portuário afetado pelas enchentes em maio de 2024 permitirá uma ampliação nas remessas ao exterior. O cenário cambial também se apresenta favorável, com perspectivas de alta no valor do dólar, o que torna o trigo brasileiro mais competitivo no mercado internacional.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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