Passamos dos 240 km/h em um alucinante caminhão da Copa Truck
Não é sempre que podemos andar em caminhões. Menos ainda em caminhões de corrida que, no caso, são os que disputam a Copa Truck. Na realidade, não fazia nem ideia de como seriam 1000 cv e mais de 500 kgfm de torque nas costas (literalmente, uma vez que o motor fica posicionado atrás da cabine).
Como é a sensação de um “ogro” desses “rasgando” a reta a mais de 240 km/h? Velocidade essa que pode ser atingida quando se acelera do início da reta ao fim, no Autódromo de Interlagos (SP), e que, inclusive, é superior em relação à que o Stock Car da temporada atual consegue atingir.
O automobilismo é um esporte composto de uma grande variedade de categorias. Todas elas são oriundas de, basicamente, duas famílias de carros de corrida. Uma delas é a dos protótipos (de onde se derivam os Fórmulas, LMPs da WEC, entre outros), e a outra é a dos carros de turismo, cujo ponto de partida é o mesmo do carro de passeio que você pode comprar e sair rodando pelas ruas.
Os caminhões da Copa Truck até seguem os padrões dos caminhões de rua. Entretanto, o simples fato de serem caminhões super velozes e que dividem curvas na pista, o colocam em uma seara completamente distinta das demais categorias.
Em relação ao caminhão comum, a cabine é rebaixada, são colocados santantônios, bancos e cintos de corrida, o trem de força é realocado para a traseira e o eixo cardã é aliviado, bem como a potência e o torque são dobrados de 500 cv e 250 kgfm para mais de 1000 cv e 500 kgfm, com um turbocompressor imenso que gera mais de 3 bar de pressão, até os 3000 rpm.
E como é colocar tudo isso para o chão? E para reduzir toda essa velocidade acumulada em 5 toneladas? Conversando com os engenheiros da equipe da Mercedes , na Copa Truck, as temperaturas nas pastilhas chegam a superar os 850 graus e trabalham durante a prova entre 400 e 700 graus. Isso também é o dobro do que atingem os caminhões de rua em descidas de serra.
Se não fossem pelos sofisticados sistemas de refrigeração dos caminhões de corrida , a cada duas ou três frenagens, veríamos sempre uma grande possibilidade de desastre.
Todos os caminhões da Copa contam com sopradores e sistema de irrigação para os discos e para as pastilhas . Se não fosse por isso, os fluidos se superaqueceriam rapidamente, o piloto perderia a pressão no pedal de freio e, assim, um abraço. E os pneus? São os mesmos que você pode comprar para o seu caminhão.
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Monstro supersônico
Tivemos a oportunidade de sentir como tudo isso se comporta na pista, sentados no banco do passageiro. Ao contrário da maioria dos carros de corrida, o campo de visão é bem amplo e, claro, a posição dos bancos é bem elevada. Além disso, não há capô que possamos ver adiante. Em movimento, parece até que estamos pairando sobre o asfalto.
A sensação de aceleração é brutal, especialmente quando o turbocompressor sai da zona de lag para entregar todo o fluxo ao motor. As costas grudam no banco de um jeito único.
Outro ponto curioso é que o câmbio tem escalonamento bastante longo , o que também se opõe aos demais carros de corrida. Entretanto, é justamente isso (em conjunto com a força bruta) que faz o veículo ganhar tanta velocidade, apesar de todo o peso e do arrasto de ar que pode ser comparado ao de uma parede de tijolos a quase 250 km/h.
A calibração da suspensão é outro ponto bastante importante. Sentimos bastante oscilação do curso de molas e amortecedores a bordo, que inclusive fez com que a dianteira precisasse buscar um pedacinho da área de escape depois do S do Senna. Ao “trocar figurinhas” com o piloto Roberval Andrade, depois da experiência, descobrimos que o ideal, para este caso, seria um acerto mais macio para a dianteira. Veja a tocada dele no vídeo abaixo.
Como se não bastasse, mais um aspecto foi inusitado para essa primeira experiência. Ainda é comum vermos caminhões dos anos 70, 80 e 90 pelas ruas e estradas, cruzando centenas e até milhares de quilômetros diariamente, desde que saíram da fábrica. Logo, durabilidade para algumas voltas não seria um desafio, pensava eu.
Entretanto, por razões ainda não averiguadas, o caminhão que nos levava pelo Autódromo de Interlagos , quebrou. Até que enfim encontramos alguma similaridade com todos os outros carros de corrida , não é mesmo?
Mas isso é completamente previsto dentro do automobilismo e a Mercedes estava tranquila, uma vez que o dia serviu apenas de testes para a corrida do dia 01/03, e o motor — de R$ 150 mil, quando original de fábrica — poderá ser trocado a tempo. Afinal de contas, cavalo anda, cavalo bebe, e se cansa também.
CARROS E MOTOS
Fomos à Serra Gaúcha conferir um Rally de motonetas clássicas
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Fonte: Carros
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