Percevejo: O Inimigo Invisível que Ameaça a Produtividade da Soja

O percevejo é uma das pragas mais desafiadoras para os produtores de soja no Brasil, sendo responsável por prejuízos significativos, que podem alcançar até 40% da produtividade, dependendo do momento do ataque. A praga se destaca por seu impacto silencioso, atacando as vagens de soja principalmente no início de sua formação, na fase conhecida como “canivetinho”. Nesse estágio, o grão não se desenvolve corretamente, resultando em vagens deformadas que, muitas vezes, caem antes da colheita. Se o plantio for destinado à produção de sementes, as perdas podem ser ainda mais graves, chegando a até 50%.
O Impacto do Percevejo nas Lavouras de Soja
O ciclo do percevejo começa com a infestação de plantas daninhas, áreas de mata ou durante a hibernação do inseto, que se intensifica com o início do ciclo reprodutivo da soja. As primeiras gerações do inseto depositam ovos nas plantas, e, à medida que as novas gerações se desenvolvem, a soja é atacada. A pesquisadora e CEO da Life Biological Control, Cristiane Tibola, destaca que o impacto dessa praga não é imediatamente visível. “O produtor só percebe a perda quando a produtividade diminui drasticamente, muitas vezes após o ciclo da soja, sem saber o que causou o dano”, afirma.
O efeito do percevejo varia de acordo com o estágio de desenvolvimento da vagem. Quando o dano ocorre em vagens ainda em formação, o aborto do grão leva à queda das vagens. Em vagens já desenvolvidas, os percevejos podem injetar toxinas e inocular fungos, o que compromete a qualidade do grão e reduz seu valor comercial.
Soluções Biológicas para o Controle do Percevejo
Embora o uso de inseticidas químicos ainda seja a principal estratégia de controle, apenas 0,3% do controle de percevejos no Brasil é realizado com ferramentas biológicas. Isso tem levado ao aumento da resistência dos percevejos aos produtos químicos, resultando em falhas de controle e aumento nos custos de aplicação. Em resposta a esse problema, a Life Biological Control lançou o Defender Soy, um produto biológico baseado na vespa parasitoide Telenomus podisi, que tem mostrado resultados promissores no controle da praga.
A aplicação de Defender Soy pode reduzir as perdas na produtividade em até 30% e oferece uma série de benefícios, como o controle dos ovos, o manejo de populações resistentes e a redução do número de adultos da praga no final do ciclo da soja. “As microvespas parasitam os ovos dos percevejos, impedindo que novas gerações eclodam e causem mais danos. Isso garante que a praga não se instale nas plantas”, explica Cristiane Tibola.
Eficácia e Expansão do Uso do Defender Soy
De acordo com pesquisas da Embrapa Soja, as principais espécies de percevejos que atacam a soja são o percevejo-marrom e o percevejo-verde-pequeno. A aplicação de inseticidas, que pode ocorrer de quatro a oito vezes por ciclo, tem favorecido o surgimento de resistência entre as pragas. Nesse contexto, o uso da Telenomus podisi como defensivo biológico tem se mostrado eficaz, alcançando controle superior a 95%. “O Defender Soy elimina os ovos do percevejo, o que resulta em grãos de melhor qualidade, com maior peso e vigor, aumentando o potencial de produção”, destaca a pesquisadora.
O produto, registrado no Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), está disponível em estados como São Paulo, Minas Gerais, Paraná e Mato Grosso do Sul, áreas próximas à fábrica localizada em Piracicaba (SP). A escolha dessas regiões se deve à necessidade de uma logística rápida e eficiente, uma vez que o Defender Soy é um organismo vivo e tem um tempo de prateleira curto.
A Importância do Monitoramento Contínuo
Cristiane Tibola também enfatiza a importância do monitoramento contínuo da presença do percevejo no campo. A realização desse monitoramento, juntamente com as primeiras aplicações do Defender Soy, pode ser determinante para o sucesso do controle da praga e, consequentemente, para a maximização da produtividade. Além disso, a solução pode se expandir para o controle de pragas que atacam culturas como o milho safrinha, especialmente o percevejo-barriga-verde.
“Esse controle biológico não apenas ajuda a soja, mas também pode ser um aliado importante para o milho safrinha, ajudando a garantir a qualidade e a quantidade das safras em diferentes culturas”, conclui a CEO da Life Biological Control.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Mercado do Boi Reage com Alta nos Preços em Diversos Estados

O mercado físico do boi gordo registrou uma semana de maior firmeza nos preços em estados como São Paulo, Goiás, Mato Grosso do Sul e Rondônia, onde as escalas de abate se encurtaram. Segundo Fernando Iglesias, analista da Safras & Mercado, o escoamento da carne foi positivo na primeira quinzena de março, refletindo na elevação dos preços do atacado.
Iglesias destaca que a dinâmica das exportações segue favorável, com o Brasil mantendo um bom ritmo de embarques na atual temporada. Ele também aponta que as tensões comerciais entre Estados Unidos e China podem abrir novas oportunidades para o mercado brasileiro de carne bovina.
Preços da Arroba no Mercado Interno
Na data de 13 de março, os preços da arroba do boi gordo nas principais praças de comercialização do Brasil estavam assim distribuídos:
- São Paulo (Capital): R$ 310,00, mantendo-se estável em relação à semana anterior.
- Goiás (Goiânia): R$ 295,00, com alta de 1,72% em comparação aos R$ 290,00 da semana passada.
- Minas Gerais (Uberaba): R$ 295,00, registrando uma queda de 3,91% frente aos R$ 307,00 da semana anterior.
- Mato Grosso do Sul (Dourados): R$ 295,00, com aumento de 1,72% sobre os R$ 290,00 da última semana.
- Mato Grosso (Cuiabá): R$ 300,00, sem alterações em relação à semana passada.
- Rondônia (Vilhena): R$ 265,00, valor estável em comparação à semana anterior.
Mercado Atacadista e Expectativas
No mercado atacadista, os preços também apresentaram elevação, impulsionados pelo bom desempenho no escoamento da carne. Segundo Iglesias, a expectativa é que o aumento nos preços seja mais limitado na segunda quinzena de março, quando o consumo tende a ser mais modesto. “Além disso, há uma tendência de parte da população optar por proteínas de menor valor agregado”, observa o analista.
O quarto traseiro do boi foi cotado a R$ 25,00 o quilo, registrando uma alta de 2,04% frente ao preço de R$ 24,50 da semana passada. O quarto dianteiro do boi, por sua vez, foi negociado a R$ 18,50 o quilo, um aumento de 2,72% em relação aos R$ 18,00 do período anterior.
Exportações de Carne Bovina
As exportações brasileiras de carne bovina fresca, congelada ou refrigerada alcançaram US$ 295,515 milhões em março (considerando 3 dias úteis), com uma média diária de US$ 98,405 milhões. A quantidade exportada foi de 60,545 mil toneladas, com uma média diária de 20,181 mil toneladas. O preço médio da tonelada exportada foi de US$ 4.876,00.
Comparando com março de 2024, houve um aumento significativo: o valor médio diário das exportações subiu 161,3%, a quantidade média diária exportada teve um crescimento de 142,7% e o preço médio avançou 7,7%.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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