Petrobras esclarece política de preços de combustíveis em reunião do conselho

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A primeira reunião do ano do Conselho de Administração da Petrobras, realizada nesta quarta-feira (29), foi marcada pela ausência da presidente da estatal, Magda Chambriard, e pela saída antecipada do presidente do colegiado, Pietro Mendes. O conselheiro Rafael Dubeux, indicado pelo Ministério da Fazenda, também não compareceu.

Magda Chambriard estava em Brasília para uma reunião sobre a Margem Equatorial com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, mas antecipou seus votos em pautas menos relevantes do encontro do conselho.

Durante a reunião, realizada no Rio de Janeiro e com duração de cerca de cinco horas, foi apresentado um relatório sobre a política de preços dos combustíveis. Segundo fontes ouvidas pelo Estadão/Broadcast, o documento confirmou que os preços praticados seguem alinhados à estratégia comercial definida pela Petrobras para 2024. Embora tenham sido pressionados no final do ano passado, especialistas da estatal avaliam que um ajuste nos valores pode se tornar necessário em breve.

O relatório mostrou que os preços permaneceram dentro dos limites estabelecidos pela política da companhia, variando entre o custo mínimo e o preço alternativo da concorrência. Como o documento se restringia ao desempenho de 2024, os conselheiros solicitaram dados atualizados de janeiro para avaliar com mais precisão o comportamento recente do mercado. Técnicos da empresa explicaram que, apesar da volatilidade, os preços continuam aderentes à política vigente.

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Vale destacar que o Conselho de Administração não tem autonomia para modificar os preços dos combustíveis, apenas para garantir a execução adequada da política estabelecida em maio de 2023. Na ocasião, a gestão anterior, comandada por Jean Paul Prates, eliminou a vinculação dos preços da Petrobras ao Preço de Paridade de Importação (PPI).

Reunião esvaziada pela agenda do governo

O encontro do Conselho da Petrobras foi esvaziado devido à reunião do presidente Lula com ministros para discutir a Margem Equatorial. Além da presença de Marina Silva e do ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, Magda Chambriard também participou das discussões no Planalto.

Pietro Mendes, presidente do Conselho, deixou a reunião no Rio de Janeiro por volta das 11h para acompanhar o encontro em Brasília. Rafael Dubeux, representante da Fazenda no colegiado, também esteve ausente.

Defasagem nos preços e cenário internacional

A defasagem do preço do diesel da Petrobras em relação ao mercado internacional apresentou nova queda na terça-feira (28), atingindo 16% abaixo do valor praticado no Golfo do México, ante 17% no dia anterior e 28% na semana passada. Já a defasagem da gasolina aumentou para 8%, contra 7% no dia anterior, conforme dados da Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom).

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A redução na defasagem do diesel ocorre em meio a especulações sobre um possível reajuste de preços, já que a Petrobras não altera o valor do combustível há 399 dias. Segundo a Abicom, a janela para importação permanece fechada há 91 dias. A queda da defasagem também reflete a recente valorização do real, com o dólar encerrando a terça-feira cotado a R$ 5,89, enquanto o barril de petróleo recuou para US$ 76,49. Nesta quarta-feira (29), a cotação do petróleo seguiu em queda, registrando US$ 75,98 por barril.

De acordo com cálculos da Abicom, para que os preços domésticos alcancem a paridade com o mercado internacional, a Petrobras precisaria reajustar o diesel em R$ 0,55 por litro e a gasolina em R$ 0,24 por litro.

Enquanto isso, a Refinaria de Mataripe, na Bahia, privatizada durante o governo Bolsonaro, mantém a política de paridade de importação. Como resultado, sua defasagem de preços em relação ao Golfo do México é de apenas 1% para ambos os combustíveis. Na última quarta-feira (22), Mataripe reajustou o diesel em R$ 0,03 por litro e reduziu o valor da gasolina em R$ 0,07 por litro.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

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O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.

A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.

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Exportações em Perspectiva

Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.

No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.

Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.

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Fonte: Portal do Agronegócio

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