Por falta de semicondutores, Volkswagen dá férias coletivas

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A partir do dia 9 de maio, os funcionários da Volkswagen do Brasil terão 20 dias de férias coletivas para os dois turnos da fábrica de São Bernardo do Campo, na região metropolitana de São Paulo, devido à falta de semicondutores. Apesar de a montadora não informar o número de funcionários envolvidos, o Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, diz que serão cerca de 2,5 mil trabalhadores. Atualmente a fábrica produz cerca de 800 veículos por dia.

O coordenador-geral da representação do sindicato na Volks, José Roberto Nogueira da Silva, o Bigodinho, destacou o acordo firmado entre o sindicato e a direção da fábrica que garante previsibilidade em situações de crise.

“Estamos usando todas as ferramentas de flexibilidade discutidas no acordo firmado pelo sindicato. Esse acordo abrange momentos bons e ruins para atravessar crises como essa. O acordo dá previsibilidade tanto para a fábrica como para os trabalhadores e certa tranquilidade para atravessar momentos como este”, afirmou Bigodinho.

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Ele reforçou ainda que a situação é semelhante ao que está acontecendo em outras fábricas e que há demanda de produção, mas a escassez de peças inviabiliza o atendimento. “Estamos na expectativa da retomada o mais breve possível”, concluiu.

Em março e abril a Mercedes-Benz também colocou trabalhadores da fábrica de São Bernardo do Campo (SP) em férias coletivas, devido à falta de componentes eletrônicos. Os funcionários ficaram fora da montadora de 14 a 25 de março e de 18 de abril a 3 de maio. O sindicato informou que em março 1,2 mil trabalhadores foram afetados pela medida e em abril, 5 mil.

Edição: Denise Griesinger

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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