Pré-sal produzirá 8,2 bilhões de barris de petróleo na próxima década

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De 2022 até 2031, a produção de petróleo na camada Pré-sal brasileira deve atingir a marca de 8,2 bilhões de barris de óleo equivalente (boe) acumulados, sendo que 1,5 bilhão são da União, pelo regime de partilha. A comercialização desse óleo vai gerar US$ 116 bilhões no período, além de US$ 92 bilhões em royalties e US$ 77 bilhões em impostos. Ou seja, o total de receitas para os cofres da União gerados pela exploração do Pré-sal será de US$ 285 bilhões até 2031.

Os dados foram apresentados hoje (24) pelo diretor-presidente da Empresa Brasileira de Administração de Petróleo e Gás Natural S.A. (Pré-sal Petróleo S.A – PPSA), Eduardo Gerk, no 4º Fórum Técnico Pré-sal Petróleo. A PPSA atua na gestão dos contratos de partilha de produção, gestão da comercialização de petróleo e gás natural e a representação da União nos acordos de individualização da produção.

Gerk destaca que, com o passar do tempo, aumenta conhecimento sobre os campos em fase exploratória e também em produção, tornando as projeções mais apuradas. Com isso, do ano passado para cá, a estimativa de produção de óleo para a União aumentou em 500 milhões de boe.

Na década de 2021 a 2030, a estimativa era de 1 bilhão de barris. Quando passamos de 2022 a 2031, ou seja, adiantamos um ano nesse período de tempo, essa produção estimada passou para 1,5 bilhão de barris, devido à pujança desses projetos e o aumento da produção concreta”.

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O estudo leva em conta os contratos já em vigor e também os campos de Atapu e de Sépia, que serão licitados no dia 17 de dezembro na Segunda Rodada de Volumes Excedentes da Cessão Onerosa. A estimativa é que a produção diária nesses contratos seja de 3,5 milhões de barris em 2031, com cerca de 1 milhão para a União.

Os investimentos no Polígono do Pré-Sal no período serão de US$ 99 bilhões, sendo US$ 33 bilhões em plataformas de produção, US$ 37 bilhões em poços e US$ 29 bilhões em sistemas submarinos. A estimativa é que sejam contratados 27 FPSOs (navios plataformas) e 416 poços.

Redução das emissões

Outro tema tratado no fórum foram as emissões de gases do efeito estufa e os desafios que a indústria do petróleo tem para reduzi-las. De acordo com o assessor de Planejamento Estratégico da PPSA, Antonio Cláudio Corrêa, a atividade de extração gera em média a emissão de 20kg a 30kg de gás carbônico por barril de óleo equivalente. Já queimado combustível fóssil emite 400kg de CO2/boe.

“Nós vamos tentar fazer o dever de casa e, dentro da indústria de exploração e produção, diminuir essa quantidade de emissões no processo de extração do petróleo. Mas, claramente, a gente vê a necessidade de investir na redução das emissões de uma maneira global, fixando essas emissões na terra e desenvolvendo tecnologias e condições para que a gente consiga fixar mais carbono e diminuir a quantidade de emissões”, explicou.

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O gerente-geral de Engenharia de Sistemas de Superfície da Petrobras, Fabrício Soares, afirmou que a empresa assumiu o compromisso de reduzir em 32% as emissões de carbono na exploração e produção até 2025, além de 40% no metano e a reijeção de 40 milhões de toneladas de CO2 retirados dos poços de volta nas jazidas.

“Esses compromissos tem como base o ano de 2025. A partir de 2025 até 2030, [o compromisso é] a redução das emissões absolutas operacionais totais em 25% e a zero queima de rotina em flare [queima do gás natural que sai dos poços junto com o petróleo]. Em setembro nós anunciamos a ambição de atingir a neutralidade das emissões das nossas operações”,disse.

Também foram apresentados no evento a experiência de coparticipação no campo de Búzios, entre a Petrobrás e as empresas chinesas CNODC e CNOOC; e a transformação digital no Campo de Libra. Todos os vídeos estão disponíveis no canal da Agência EPBR no Youtube.

Edição: Valéria Aguiar

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ECONOMIA

Usinas bioenergéticas realizam encontro estratégico para a safra 2025

CRV Industrial e Rubi S.A. reúnem líderes para desenvolver planejamento.

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CRV Industrial e Rubi S.A realizaram um workshop estratégico para planejar a safra 2025. Fotos: João Lima.

As usinas bioenergéticas CRV Industrial, com unidades em Carmo do Rio Verde (GO) e Capinópolis (MG), e a Rubi S.A, presente em Rubiataba e Uruaçu (GO), realizaram um encontro estratégico para planejar as ações voltadas à safra 2025. O workshop aconteceu na última semana e reuniu líderes das áreas agrícola, industrial e administrativa das empresas.

Para embasar o planejamento, foi aplicado um questionário que coletou insights e percepções dos gestores sobre diferentes aspectos da empresa. A partir dessa ferramenta, foram estabelecidas diretrizes estratégicas de curto, médio e longo prazo, com metas claras para cada setor.

A missão das usinas – “Produzir açúcar, biocombustíveis e energia a partir de fontes renováveis, com respeito às pessoas e ao meio ambiente” – foi um dos principais temas debatidos no encontro. Os participantes discutiram a importância de alinhar missão, visão e valores às novas demandas do mercado e às projeções futuras do setor. Também foram analisadas tendências de mercado, concorrência e regulamentações que podem impactar o negócio.

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E para enriquecer as discussões, os departamentos envolvidos apresentaram cases de sucesso e iniciativas simples, mas eficazes, que podem ser implementadas em todas as unidades, promovendo maior qualidade na execução das atividades, economia de recursos e aprimoramento contínuo dos processos.

Mão de obra

Outro tema central do planejamento foi a gestão de pessoas, com foco na retenção de talentos. Segundo a Superintendente de Gestão Integrada das usinas, Marcilene Cristina, o desafio de encontrar e manter mão de obra qualificada na região tem sido um ponto de atenção.

“Quando planejamos a safra, conseguimos antecipar desafios e gargalos, permitindo que tudo ocorra em conformidade. O principal destaque desse encontro foi a retenção de talentos, considerando a dificuldade que temos enfrentado na contratação de profissionais na nossa região”, destacou Marcilene.

Além da gestão de talentos, o encontro também abordou a necessidade de investimentos em infraestrutura, tecnologia e capital humano para fortalecer o crescimento sustentável das usinas. O planejamento estratégico traçado servirá como um guia para garantir eficiência operacional e competitividade no setor bioenergético.

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