Preconceito afeta renda de pessoas soropositvas, diz Unaids

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Levantamento do Programa Conjunto das Nações Unidas sobre HIV/Aids (Unaids) e outras sete organizações, divulgado nesta semana, revela que o estigma contra pessoas com HIV ou Aids ainda existe, sendo praticado, inclusive, por profissionais de saúde. Em relatório com foco na cidade de Salvador, as entidades expuseram números relativos a direitos humanos e também à esfera profissional. O impacto do preconceito na vida social das pessoas soropositivas que residem na capital baiana foi outro aspecto abordado pelos pesquisadores.

Em alguns casos, pessoas que convivem com quem é soropositivo acabam contando sobre sua condição sem o seu consentimento. Após ouvir 119 pessoas soropositivas, apurou-se que somente 26,9% delas informaram sobre a infecção aos respectivos empregadores.

A porcentagem faz sentido, se colocada ao lado de outro dado: o de que, nos últimos 12 meses, 27,2% de um total de 217 pessoas vivendo com HIV e Aids perderam o emprego ou a fonte de renda, por causa de sua condição. A discriminação também acontece por meio de agressões físicas e assédios verbais, relatados por 6,8% e 20,8% dos entrevistados, respectivamente.

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Os entrevistados destacaram comentários discriminatórios ou fofocas de não familiares como a forma mais frequente de discriminação. Porém, o comportamento foi apontado por 50,2% como existente também entre membros da própria família.

Rede de saúde

Outro ambiente hostil às pessoas soropositivas é a rede de saúde. Durante atendimentos, os pacientes notaram que profissionais de saúde evitaram contato físico ou tomaram precauções por causa da sorologia positiva para o HIV (9,6%); fizeram comentários negativos ou fofocas (8,4%) em relação a eles; e revelaram a outras pessoas a sorologia positiva para HIV, sem sua autorização (9,6%).

O levantamento foi aplicado em Manaus, São Paulo, Recife, Rio de Janeiro, Brasília, Salvador e Porto Alegre. A versão integral do relatório referente a Salvador pode ser consultada no site do Unaids.

A Agência Brasil solicitou esclarecimentos ao município de Salvador, por meio da Secretaria Municipal da Saúde, mas não teve retorno até o fechamento desta matéria.

Edição: Denise Griesinger

Fonte: EBC Saúde

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SAÚDE

Vacina tetravalente contra a gripe do Butantan terá verbas do BNDES

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) liberou R$ 45,4 milhões para que o Instituto Butantan, em São Paulo, realize os ensaios clínicos necessários ao desenvolvimento de uma vacina tetravalente de influenza, o vírus causador da gripe. A expectativa é que os resultados dos testes da nova vacina sejam submetidos à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em dezembro de 2024, com previsão de emissão do registro do imunizante no segundo semestre de 2025.

O presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, disse que o apoio do banco possibilita o adensamento da pesquisa e inovação para o desenvolvimento do Complexo Econômico Industrial da Saúde, parte importante da Nova Política Industrial do governo Lula. 

“O acesso a vacinas é um direito do povo brasileiro, assegurado pelo SUS [Sistema Único de Saúde] por meio do Programa Nacional de Imunização. Ao aumentar a efetividade da vacina contra a gripe utilizada nas campanhas do Ministério da Saúde, o projeto contribui para a melhoria do nosso sistema de saúde, por meio da queda dos números de hospitalizações, complicações e mortes causadas pela doença”, afirmou.

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Eficácia

A atual vacina contra a gripe produzida pelo Butantan protege contra os três tipos de vírus influenza mais prevalentes e sua composição é atualizada anualmente, devido à alta taxa de mutação do vírus. A nova vacina tetravalente ampliará a eficácia do imunizante, além de facilitar a incorporação de outras linhagens do vírus que futuramente passem a ser relevantes.

Serão realizados dois ensaios clínicos. Um deles englobará participantes acima de 3 anos de idade e o outro em crianças de 6 a 35 meses. Os estudos clínicos são gerenciados pelo Butantan e conduzidos por mais de vinte centros de pesquisa distribuídos pelas regiões Sudeste, Sul e Nordeste do Brasil. 

“A autorização deste recurso do BNDES chega em momento oportuno, mostrando o comprometimento do banco em contribuir para que o Brasil possa fortalecer sua autonomia no setor de imunobiológicos”, diz o diretor executivo da Fundação Butantan, Saulo Nacif.

Fonte: EBC SAÚDE

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