Produtores ganham prazo maior para identificar ovos a granel

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Os produtores de ovos ganharam um prazo a mais para se adequarem às novas regras de identificação individual dos produtos vendidos a granel. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) adiou para 4 de setembro de 2025 a obrigatoriedade da marcação individual na casca dos ovos, que inicialmente entraria em vigor em março deste ano. A medida foi publicada no Diário Oficial da União e atende a pedidos do setor, que alegava a necessidade de mais tempo para adaptação às exigências.

A regulamentação estabelece que a tinta utilizada na marcação deve ser atóxica e própria para contato com alimentos, garantindo a segurança do consumidor. A identificação, no entanto, não será obrigatória para os ovos comercializados em embalagens rotuladas, já que essas já trazem as informações exigidas pela legislação.

Além da marcação individual, a portaria atualizada define a nomenclatura dos ovos in natura e de produtos derivados não submetidos a tratamento térmico. A nova classificação considera categorias A e B, além de variações como ovos líquidos, resfriados, congelados, gema e clara processadas.

A decisão do governo ocorre em um momento de crescimento do setor. Em 2024, a produção de ovos no Brasil atingiu um marco histórico, com estimativa de 57,6 bilhões de unidades, representando um aumento de 9,8% em relação ao ano anterior. O país se mantém entre os principais produtores mundiais e segue livre de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em granjas comerciais, fator que reforça sua posição como maior exportador global de carne de frango.

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Para as autoridades do setor, a atualização das normas visa garantir maior transparência ao consumidor e reforçar a competitividade dos produtos brasileiros no mercado interno e externo. Além de evitar fraudes e padronizar a comercialização, as mudanças poderão agregar valor ao produto nacional, fortalecendo sua presença no comércio internacional.

PEQUENOS PRODUTORES – Os pequenos produtores de ovos terão regras diferenciadas para a identificação da validade dos produtos vendidos a granel. O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) anunciou que as granjas de menor porte não precisarão gravar a data de validade a laser em cada unidade, desde que os ovos sejam comercializados em embalagens lacradas, com selo de identificação e prazo de validade impressos no rótulo. Para as demais granjas, a exigência do carimbo individual permanece e entrará em vigor no dia 5 de março.

O tamanho das granjas que serão beneficiadas pela flexibilização ainda está em análise pelo ministério. A decisão vem após críticas do setor e de parlamentares, que chegaram a protocolar um Projeto de Decreto Legislativo (PDL) na Câmara para sustar a medida, argumentando que os custos da marcação a laser poderiam impactar pequenos e médios produtores.

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A pasta justificou que a alteração busca garantir que pequenos produtores continuem operando sem dificuldades de adaptação, evitando impactos na oferta do produto no mercado. No entanto, reforçou que a exigência para granjas maiores será mantida, já que muitas delas já adotam a tecnologia de identificação na origem.

PREÇOS – O setor de ovos enfrenta um período de alta nos preços, com aumentos de até 40% desde a segunda quinzena de janeiro, segundo a Associação Brasileira de Supermercados (Abras). O ministério atribui essa elevação a fatores como o calor intenso, que reduz a produtividade das aves, e ao crescimento das exportações, impulsionado pela busca global por fornecedores confiáveis em meio ao avanço da gripe aviária em outros países.

Além disso, a proximidade da Quaresma tende a elevar a demanda interna por ovos, já que parte dos consumidores reduz o consumo de carne vermelha durante o período. A expectativa do governo é que os preços se acomodem nas próximas semanas, acompanhando a normalização da produção e do mercado.

Fonte: Pensar Agro

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Agronegócio

Abics Forma Primeiros IC Graders no México para Avaliação Sensorial de Café Solúvel

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A Associação Brasileira da Indústria de Café Solúvel (Abics) realizou, entre 18 e 21 de fevereiro, o primeiro curso internacional para formação de Instant Coffee Graders (IC Graders) na cidade de Ixtaczoquitlán, no estado de Veracruz, México. O curso capacitou 11 profissionais mexicanos, das empresas Cafiver, Cafinco, Cafesca e Catoex, que agora estão aptos a avaliar e emitir laudos de análise sensorial de café solúvel, com base na metodologia exclusiva desenvolvida pela Abics, em parceria com o Instituto de Tecnologia de Alimentos (ITAL). Essa metodologia resultou no Protocolo Global de Avaliação Sensorial do Café Solúvel.

Eliana Relvas, consultora da Abics e responsável pela coordenação do curso, destacou que a expansão da formação para outros países é um passo importante para a disseminação de uma metodologia única de avaliação sensorial global. “Concretizamos a ideia de levar a capacitação de IC Graders a outros países. O México é o terceiro maior produtor e o quinto maior consumidor de café solúvel no mundo. A formação desses primeiros profissionais mexicanos é um marco para o fortalecimento do setor e ajudará a guiar os consumidores locais na escolha do melhor produto, conforme seus gostos”, afirmou.

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Eliana também mencionou que um dos pontos comuns identificados pelos profissionais mexicanos foi a percepção negativa da qualidade do café solúvel pelos consumidores. “Essa metodologia contribui para desmistificar essa visão, ao demonstrar que o café solúvel possui atributos específicos que são desejáveis e que o tornam não apenas atraente como bebida, mas também em diversos produtos como bebidas prontas para consumo, balas, doces, chocolates, bombons e sorvetes”, explicou.

O curso realizado no México marca um novo capítulo na história da Abics e reforça seu compromisso com a globalização da qualidade e cultura do café solúvel. Desde a implementação do Protocolo de Avaliação Sensorial, a Abics já formou 56 IC Graders, sendo 14 mexicanos (três dos quais se capacitaram no Brasil) e 42 brasileiros.

“Todas as indústrias que produzem ou comercializam café solúvel no Brasil já contam com, pelo menos, dois profissionais formados, o que fortalece nosso objetivo de proporcionar uma percepção mais precisa da qualidade e versatilidade do café solúvel”, conclui Eliana.

O Protocolo Global de Avaliação Sensorial do Café Solúvel criou selos de qualidade como “Excelência”, “Premium” e “Clássico”, que classificam os produtos de acordo com sua melhor aplicação. Esses selos ajudam os consumidores a identificar a melhor utilização para cada marca de café solúvel. Para mais informações sobre as características e qualidade dos cafés solúveis, acesse: https://descubracafesoluvel.com/.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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