Programa capacita 80 mil pessoas para enfrentamento de epidemias

Um programa educacional desenvolvido pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) Mato Grosso do Sul e pela Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde vai oferecer cursos para 80 mil pessoas sobre o enfrentamento da epidemia de covid-19 e outras epidemias virais. O programa que será lançado na próxima terça-feira (15) é totalmente gratuito e a participação não é restrita a profissionais de saúde.
Segundo a Fiocruz, o Programa Educacional em Vigilância e Cuidado em Saúde no Enfrentamento da Covid-19 e de outras Doenças Virais (VigiEpidemia) terá uma primeira etapa com quatro cursos autoinstrucionais e dois complementares que são opcionais e contam com tutoria e certificação de especialização.
O conteúdo e os recursos educacionais foram elaborados com a participação de docentes e pesquisadores de diversas instituições de ensino e pesquisa. Entre os cerca de 80 mil alunos que são esperados em todo território brasileiro, mil poderão obter certificado de especialização do programa, mediante chamamento público.
Segundo a coordenadora da Educação da Fiocruz Mato Grosso do Sul, Debora Dupas Gonçalves do Nascimento, o objetivo do VigiEpidemia é promover a qualificação dos trabalhadores e profissionais de saúde, gestores e interessados na área para o enfrentamento da covid-19 e outras epidemias de doenças transmissíveis por vírus no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS).
O lançamento do programa será realizado com uma transmissão ao vivo na internet, em que haverá uma mesa-redonda com o pesquisadores sobre o tema: A vigilância em saúde nas epidemias/pandemias: o que podemos esperar em 2022?
Edição: Valéria Aguiar


SAÚDE
Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis.
Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina.
As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina.
O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes.
Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente.
Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local.
Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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