Programa capacita empreendedoras com atividades afetadas pela pandemia

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Um programa de educação financeira oferece treinamento gratuito a empreendedoras do Brasil que sofreram impacto da pandemia de covid-19. Com expectativa de atender a 50 mil mulheres, a iniciativa lançada hoje (4) pelo Facebook em parceria com a Aliança Empreendedora – uma organização especializada em apoiar empresas, organizações sociais e governos a desenvolver modelos de negócios inclusivos -, faz parte do programa “Ela Faz História”, dedicado a fomentar a participação das mulheres na economia digital.

O treinamento será ministrado em dez workshops virtuais pré-gravados que as participantes poderão acompanhar pela plataforma Tamo Junto. As empreendedoras terão acesso também a mais dois cursos, um com tutoriais sobre como usar as redes sociais e as mídias digitais para impulsionar seus negócios, e um com foco em formalização, incluindo os conceitos e tutoriais para obtenção de CNPJ, emissão de nota fiscal, custos e taxas, além de orientação para que as mulheres avaliem quando é necessário buscar ofertas de crédito do mercado e como obtê-las.

A gerente de políticas públicas do Facebook para o Brasil e o Cone Sul, Andréa Leal, explica que o programa tem três pilares de conhecimento: educação financeira, marketing digital e acesso a fonte de crédito.

“Esses três componentes ajudam o pequeno negócio a prosperar. Essa é a nossa contribuição para tentar ajudar essas mulheres a atravessar e a sair mais fortes e digitalizadas da crise. Vemos a crise também como uma oportunidade para aumentar a digitalização desses negócios, que eram mais simples, que não necessariamente tinham acesso a essas ferramentas e agora pelo isolamento social, de forma forçada, acabaram tendo que migrar para o online“, disse.

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Ela destaca que os empreendimentos dirigidos por mulheres na América Latina têm 11% mais probabilidade de fechar devido à crise sanitária atual. Os dados são do Relatório Global sobre a Situação das Pequenas Empresas (Facebook, Banco Mundial e OCDE, 2020), que faz o monitoramento mensal do impacto da pandemia nos pequenos negócios no mundo.

“O relatório também mostrou que há uma presença maior de mulheres operando as microempresas, que são justamente os negócios que apresentaram as maiores taxas de fechamento durante a pandemia, com maior dificuldade para receber apoio financeiro e que estão concentradas nos setores mais afetados pelas medidas de isolamento. Então, isso tudo acaba causando maior impacto nas mulheres que atuam nesse setor”, disse Andréa.

Além disso, a gerente do Facebook avalia que há um impacto social potencial decorrente do programa. Segundo ela, quando se investe em capacitação de mulheres, isso tem um retorno que supera o crescimento individual, gerando benefícios também para suas famílias e a comunidade.

“O Sebrae – Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas – tem um estudo que mostra que hoje 45% das mulheres empreendedoras também são chefes de família, então significa que, quando ajudamos essas mulheres a manter ou ampliar os seus negócios, estamos ajudando também que elas sustentem as famílias e as comunidades onde estão inseridas.”, acrescentou.

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Entre as mulheres, também é maior a proporção de empreendedoras que decidiu começar um negócio por necessidade e não por oportunidade. “E é menor o acesso à educação financeira, que é um gargalo para micro e pequenas empresas em geral. A gente chegou à conclusão de que focar especificamente em educação financeira poderia ser um componente essencial para ajudar essas mulheres a atravessarem a crise.”

Os módulos do programa incluem melhores práticas para o uso do Facebook, Instagram e Whatsapp, planejamento financeiro, estratégias de negócios, tecnologia aplicada a finanças e administração de negócios em tempos de crise. Como parte do conteúdo, haverá um componente com informações sobre fontes de microcrédito para pequenas empreendedoras do Brasil, a fim de facilitar o acesso ao crédito, que, segundo Andréa, é um dos gargalos para empreendedoras no país.

Os treinamentos são gratuitos e as inscrições podem ser feitas no site do programa. Materiais de apoio do curso de educação financeira estão disponíveis no endereço fb.me/EFH/Educ.Financeira.

Edição: Graça Adjuto

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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