Projeto nacional foi primeiro carro elétrico a rodar no Brasil
Fala, galera. Beleza? O texto de hoje será dedicado à minha rainha do lar. Completamos 17 anos de casados e sou muito grato por todo o apoio que recebo dela. Desta vez, não recebi apenas apoio, mas também a ideia e inspiração para o assunto da vez.
Quero trazer um pouco da evolução dos veículos elétricos comercializados no Brasil a fim de termos uma ideia do que virá para os próximos anos. Para não ser ingrato, poderia citar como pioneiros no Brasil os bondes e trólebus, mas eles eram e continuam sendo alimentados por fonte de energia externa, que não seria o alvo neste momento (prometo que escreverei no futuro).
Quero começar a nossa lista surpreendendo algumas pessoas. O primeiro carro elétrico a rodar em terras tupiniquins foi um projeto brasileiríssimo. O Gurgel Itaipu E150 foi apresentado no Salão do Automóvel de 1974. Pesava 460 kg, sendo 320 kg somente das baterias, atingia velocidades de 30 km/h ou 60 km/h (dependendo da versão) e apresentava autonomia de 50 km.
Mantendo a imagem de protagonismo, a Gurgel lançou o Itaipu E400 em 1980 com autonomia de 80 km. O grande detalhe é que não se tratava de um carro pequenino, mas furgão operacional, que fazia parte da frota da Telebrás e da Telesp.
Apesar de usarem pesadas baterias de chumbo-ácido, é importante ressaltarmos que foram projetos bem-sucedidos e viáveis há quase 50 anos atrás. Infelizmente, com a abertura do mercado automotivo para as empresas estrangeiras, a Gurgel faliu e seus veículos elétricos foram para vala de forma semelhante a todo o resto da marca.
Com isso, somente 20 anos depois, o Programa VE da Itaipu Binacional, em parceria com a Fiat, montou mais de 80 protótipos do Palio Weekend 100% elétrico. O veículo era equipado com uma bateria de cloreto de sódio e níquel com apenas 165 kg e oferecia autonomia de 120 km. Seu motor de 20 cv levava o carro até os 100 km/h em 28 segundos.
Em 2010, foi apresentado o pequeno e valente Mitsubishi i-MiEV, que entregava uma autonomia de 160 km com uma bateria de 16 kWh e velocidade máxima de 130 km/h. O i-MiEV já é equipado com uma bateria de íon de lítio. O projeto é tão bom que proprietários de unidades com mais de 10 anos relatam que a bateria mantém 90% da capacidade de armazenamento original.
Por volta de 2014, para aproveitar a exposição que a Copa do Mundo gerou, foram recebidas as primeiras unidades de Renault Twizy, Zoe e Kangoo ZE. Da BYD vieram o furgão T3, o sedã e5 e o suv e6, mas todos comercializados em comodato.
Logo em 2015, as vendas do BMW i3 foram impulsionadas pela isenção do imposto de importação. Projeto inovador em todos os aspectos por ser desenvolvido do zero para ser um carro eficiente, possui uma carroceria de fibra de carbono, pneus de dimensão exclusiva e uma bateria de 27,2 kWh. A autonomia declarada seria de 115 km, mas o veículo foi equipado com um motor gerador que garantia a extensão da capacidade.
Por quatro anos, o BMW i3 reinou como único modelo 100% elétrico vendido ao consumidor final no Brasil. Todavia, em 2019, a concorrência chegou em peso com o JAC iEV40, JAC iEV20 Renault Zoe, Nissan Leaf e Chevrolet Bolt. Alguns foram entregues apenas no início de 2020, mas as unidades já estavam vendidas. As autonomias dos veículos variam de 280 km a mais de 500 km (digo mais de 500 km porque alguns doidos alcançaram 600 km com o Chevrolet Bolt). Neste ano, o BMW i3 também recebeu um belo upgrade, que levou sua autonomia para 330 km. Até mesmo a Chery trouxe 130 unidades do Arrizo 5e, mas apenas para comodato.
Com o advento da pandemia de covid-19, os lançamentos diminuíram o ritmo, mas não pararam. Começamos a ter o lançamento de tantos os veículos que não era possível identificar uma marca que não apresentava pelo menos uma opção 100% elétrica. Já era possível comprar Audi, Porsche, Jaguar, Volvo, Mercedes, Peugeot, Mini, etc…
Entretanto, além da grande variedade de autonomia, preço e tipos de carrocerias, os modelos apresentados começaram a trazer maior capacidade de carregamento. Grande parte dos carros trazidos até 2020 carregavam em média de 50 kW em corrente contínua. A partir de 2021, tornou- se mais comum vermos carros carregando por volta de 100, 150 e até 350 kW em corrente contínua.
Não pense que a evolução só trouxe carros elétricos cada vez mais caros. É verdade que boa parte dos modelos parte de R$300.000,00. Mas isso empolgou as empresas para aumentar a infraestrutura de carregamento e torná-lo um serviço. Com isso, a oferta de modelos mais básicos para atender os prestadores de serviço de transporte, como é o caso de motoristas de aplicativo. Quem poderia imaginar uma frota de 200 veículos elétricos rodando em plataformas de transporte? Mas posso te garantir que esse número já está muito maior.
Os avanços tecnológicos são constantes e cada vez mais relevantes. Partimos de baterias de chumbo-ácido para baterias de íon de sódio; veículos que apresentavam motores de algumas dezenas de cavalos para os carros mais rápidos do mundo equipados com motores elétricos; de autonomias para uso estritamente urbano para até a condição de cruzar o país e recargas tão rápidas quanto abastecimento de carros à combustão.
Tudo isso é fundamental para que a mobilidade elétrica deixe de ser algo diferenciado e se torne corriqueiro. Contudo, o maior avanço em 2022 aconteceu em relação ao posicionamento das marcas presentes no Brasil. Algumas já haviam declarado que não fabricariam mais veículos que fossem puramente à combustão (caso da Volvo), agora vemos marcas se posicionando como 100% elétricas ou que trazem os motores à combustão como mero acessório.
A BYD decidiu trazer seus veículos de passeio para o Brasil com venda direta ao consumidor. Dentre todos os modelos comercializados, apenas o Song Plus é híbrido plug-in, e nem é o carro chefe da marca.
A GWM decidiu instalar uma fábrica em Iracemápolis para produção de seus veículos. Enquanto não começa a produção, irão importar veículos híbridos plug-in que possuem uma autonomia no modo exclusivamente elétrico que permitiria tranquilamente viver sem um posto de combustível. Inclusive, o HAVAL H6 será o primeiro híbrido plug-in no Brasil com carregamento em corrente contínua.
A Seres, um pouco mais acanhada, mas com grande potencial de ganhar uma parcela do mercado, traz modelos com variedade de acessórios e admirável desempenho. Até o momento ouve-se muito pouco sobre a montadora, provavelmente por alguma estratégia, apenas sabemos que já está com algumas unidades no Brasil e com opção de reserva pelo próprio site.
A Stellantis e sua constelação de marcas traz diversas opções para o mercado brasileiro, desde compactos até furgões de grande volume. Apesar da declaração confusa do CEO da Stellantis, Carlos Tavares, dizendo que o carro elétrico não é para o Brasil, seus clientes demonstram o contrário. Me pareceu mais uma tentativa de não arranjar confusão com uma certa associação que teme o futuro.
E para finalizar com os exemplos de evolução de marca, não posso deixar de mencionar a JAC Motors, que declarou durante a FENATRAN de 2022 que não comercializa mais modelos a combustão zero km. Sem contar que a gama de produtos está cada vez maior. A JAC já é a marca com maior opção de modelos 100% elétricos. Tenho certeza que a família ficará ainda maior em 2023.
Semelhantemente a qualquer outra tecnologia, como celulares, tivemos um avanço nos últimos sete anos maior que nos 25 anos anteriores. Em 2010, ninguém imaginava que teríamos as nossas vidas dentro do bolso da calça, muito menos que poderíamos abastecer carros como celulares.
Sejamos sinceros, com exceção dos equipamentos que necessitam primordialmente gerar calor, as principais tecnologias são baseadas no uso da energia elétrica. Por que os carros também não seguiriam a mesma linha?
Ah, mas o etanol é muito mais verde, é uma tecnologia brasileira, as baterias são prejudiciais ao meio ambiente… Então faça o seguinte: compre um celular sem bateria e faça ele funcionar com um copo de caldo cana e veja se é melhor que usar a bateria de lítio.
Meu caro colega, não sei se nos próximos anos os carros vão se carregar por indução, por placas solares, se serão autônomos ou se voarão. Mas tenho certeza que serão cada vez mais elétricos.
Até mais.
Fonte: IG CARROS
CARROS E MOTOS
Fomos à Serra Gaúcha conferir um Rally de motonetas clássicas
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Fonte: Carros
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