Quebra de Safra na Índia Eleva Preços do Açúcar nas Bolsas Internacionais

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Na terça-feira, 4 de fevereiro, os preços do açúcar nas bolsas internacionais foram sustentados pela expectativa de uma quebra na safra de açúcar da Índia, o segundo maior produtor mundial da commodity. A informação de que a produção de açúcar indiana poderá sofrer uma redução considerável nas próximas safras motivou valorização em todos os contratos, recuperando perdas recentes.

Queda na Produção Indiana

De acordo com a Reuters, estima-se que a produção de açúcar na Índia, durante o ano comercial de 2024/25, que se encerra em setembro de 2025, poderá cair para 27,27 milhões de toneladas métricas. Isso representaria uma queda de 14,7% em relação ao ciclo anterior, devido à tendência das usinas de desviar uma maior parte de sua produção para a fabricação de etanol.

Esse cenário foi reforçado por uma análise do Barchart, que confirmou a redução na produção. A consultoria Centrum informou que, entre 1º de outubro de 2024 e 31 de janeiro de 2025, a produção de açúcar da Índia caiu 12,2% em relação ao ano anterior, totalizando 16,5 milhões de toneladas.

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Desempenho nas Bolsas Internacionais

Esse quadro resultou em alta nos contratos de açúcar nas bolsas internacionais. Na ICE Futures de Nova York, o contrato de março de 2025 do açúcar bruto fechou a 19,66 centavos de dólar por libra-peso, com uma valorização de 40 pontos em comparação com a véspera. O contrato de maio de 2025 subiu 32 pontos, sendo negociado a 18,15 centavos por libra. Outros contratos apresentaram alta variando entre 15 e 29 pontos.

Na ICE Futures Europe, em Londres, o açúcar branco para março de 2025 foi negociado a US$ 526,80 por tonelada, um aumento de 12,70 dólares em relação ao preço do dia anterior. Já o contrato para maio de 2025 subiu 8,30 dólares, sendo negociado a US$ 511,60 por tonelada. As demais telas apresentaram alta entre 1,90 e 7 dólares.

Mercado Interno

No mercado doméstico brasileiro, as cotações do açúcar cristal registraram queda pelo segundo dia consecutivo, conforme o Indicador Cepea/Esalq da USP. A saca de 50 quilos foi comercializada a R$ 148,28, uma diminuição de 1,18% em comparação com o preço de R$ 150,05 registrado na segunda-feira.

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Cotações do Etanol Hidratado

O mercado de etanol hidratado apresentou pequena variação positiva. O biocombustível foi negociado a R$ 2.954,50 por metro cúbico, uma leve alta de 0,05% em relação ao preço do dia anterior, que foi de R$ 2.953,00.

Fonte: Portal do Agronegócio

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Mercado de Arroz: Preço em Queda e Expectativa por Exportações

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O mercado brasileiro de arroz continua a enfrentar uma queda acentuada nos preços, impulsionada pela colheita que avança rapidamente no país. No Rio Grande do Sul, o processo de ceifa já alcançou 26,21% da área semeada, conforme o mais recente levantamento do Instituto Riograndense do Arroz (Irga). A Fronteira Oeste lidera os trabalhos, seguida pela Planície Costeira Interna, Planície Costeira Externa, Região Central, Campanha e, por último, a Zona Sul.

A aceleração da colheita, em grande parte devido às condições climáticas favoráveis, tem intensificado a oferta de arroz no mercado, o que reforça a pressão para baixo nos preços. “A maior disponibilidade do grão tem influenciado diretamente a baixa nas cotações”, afirma o analista e consultor da Safras & Mercado, Evandro Oliveira.

Em relação aos preços, a média da saca de 50 quilos de arroz do Rio Grande do Sul (58/62% de grãos inteiros e pagamento à vista), referência principal no mercado nacional, foi cotada em R$ 83,02 na última quinta-feira (13). Este valor representa uma queda de 6,05% em comparação à semana anterior e um recuo de 15,56% em relação ao mesmo período do mês passado. Além disso, o preço atual é 18,03% inferior ao registrado no mesmo período de 2024.

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Exportações em Perspectiva

Enquanto o mercado doméstico enfrenta a pressão da colheita, as exportações permanecem como um fator de expectativa. Há rumores sobre a saída de um navio de arroz pelo porto de Rio Grande na próxima semana, já com parte da nova safra a bordo. “Para abril, ainda não há contratos fechados, apenas embarques negociados em dezembro de 2024”, explica Oliveira. Além disso, circulam informações sobre dois novos embarques, um de 32 mil toneladas e outro de 25 mil toneladas, com detalhes ainda não definidos sobre variedades ou destinos.

No mercado internacional, o Paraguai continua com contratos firmados em 2024, com preços variando entre US$ 360 e US$ 370 por tonelada. No entanto, os preços atuais caíram para US$ 300 a US$ 310 por tonelada, o que sugere uma maior pressão sobre o mercado global. O país vizinho também realizou vendas antecipadas para embarques em fevereiro, mas não houve novos negócios relevantes desde então.

Nos Estados Unidos, a guerra comercial com o México e as políticas do governo Trump ainda são fatores a serem observados, podendo alterar fluxos de exportação e criar novas oportunidades para fornecedores de arroz de outros países. “Uma escalada na disputa comercial pode fazer com que compradores mexicanos busquem o Mercosul, o que pode beneficiar o Brasil e outros produtores da região”, finaliza Oliveira.

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Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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