Quebradeira; insegurança; falta de água e protesto no Presídio de Planaltina

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Inaugurado há menos de 15 dias, no dia 2 deste mês, o presídio de Planaltina já registrou um princípio de rebelião e depredação na Ala B do Bloco 1. O fato seria motivado por causa de condições sub-humanas às quais s encarcerados estariam sendo submetidos. Conforme depoimentos, os presidiários estão sendo privados de alimentação, água, kit higiene e visitas dos advogados. A denúncia foi feita pelo presidente do Sindicato dos Agentes Prisionais do Estado de Goiás, Maxssuel Miranda, em vídeo divulgado nas redes sociais.

A prisão conta ainda com escassez de equipamentos e falta de logística. Os agentes teriam apenas 4 rádio-comunicadores para trabalhar, disse o presidente.  Fotos, vídeos e depoimentos mostram que o sistema carcerário da cidade não teria, ainda, a estrutura necessária para custodiar os detentos.

A Diretoria-Geral de Administração Penitenciária (DGAP) afirma que denúncias não procedem, mas sindicato reafirma as denúncias em tom de protesto. O fato foi registrado em visita da entidade sindical à Comissão de Segurança Pública da Ordem dos Advogados do Brasil – OAB-GO na segunda-feira (16).

Conforme o Presidente da Comissão, advogado Edmundo Dias, foram realizadas denúncias de que as transferências dos detentos, vêm ocorrendo de forma abrupta e autoritária, sem que seja comunicada a nenhuma autoridade. Podem estar acontecendo, até mesmo, para atender questões pessoais.  

“A OAB já questionou judicialmente a lei que permite essas transferências dos detentos, inclusive, a forma como essa locomoção está sendo feita aqui em Goiás. Que ocorre à revelia do próprio advogado, do judiciário e do Ministério Público. Isso está provocando muitas dificuldades para os custodiários, familiares e seus respectivos advogados”, afirmou.  

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Segundo Edmundo Dias, possivelmente, os presos foram transferidos para a Unidade Prisional de Planaltina a fim de atender uma agenda política, não preparando adequadamente a estrutura logística do local para atender a demanda de detentos. 

“A diretoria do sindicato nos confirmou todas as denúncias. Realmente é isso que está acontecendo. Sexta-feira houve um início de “motim”, onde foram depredadas várias celas. Nós ouvimos todas as denúncias e recolhemos todos os depoimentos. Agora, estamos preparando uma inspeção para que possamos constatar as denúncias e fazer a comprovação”, inteirou. 

Direitos que são garantidos por lei estariam sendo tirados dos presidiários. O presidente declarou que a OAB reconhece as dificuldades do setor penitenciário, mas mostra-se inconformado com a situação decadente que a Unidade Prisional oferece. 

“Essa situação é muito grave, porque fere os direitos universais. Não é porque o sujeito cometeu um crime, que podem ser tiradas todas as condições de sobrevivência dele. Estão sendo tiradas uma série de garantias que a própria lei estabelece, inclusive, o direito à assistência do advogado. Porque os advogados também estão sendo privados do acesso a eles. Isso é um absurdo para o Estado democrático de direito” pontuou. 

Outra denúncia enfatizada pelo advogado é de que, os presos, ao entrarem no presídio, acabam sendo subjugados pelo próprio contingente das facções criminosas. Mesmo não pertencendo a nenhum grupo criminoso, acabam omitindo a verdade em suas fichas carcerárias, permitindo que possam ser faccionados dentro do presídio.

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 “Essa situação, de acordo com a lei recente, permite que o preso seja transferido a qualquer momento para qualquer lugar. O sujeito é preso por um deslize, não é faccionado e é subjugado lá dentro, tendo que, por obrigatoriedade, declarar que pertence a uma facção. Acaba saindo de perto da família, que pode dar total apoio a ele, para ir para um presídio em Planaltina, onde não tem nada, segundo as informações”, disse.

 

Número insuficiente de agentes

A falta de agentes penitenciários também é denunciada em vídeo gravado pelo presidente do SINSEP, Maxssuel Miranda. Segundo ele, o plantão conta com apenas com 50 agentes penitenciários. “Estamos contando com a ajuda da Polícia Militar. Tem relatos, fotos e áudios de que não tem armamento e munições”, disse.

De acordo com Maxssuel, na última sexta-feira (13), os detentos quebraram parte da unidade. “Grande parte do presídio foi quebrado. Foram tentar tirar um preso, mas houve uma reviravolta, e quebraram todo o presídio. Aconteceu isso porque não tem agentes prisionais suficientes para trabalhar nos plantões”, declarou. 

Os agentes, segundo ele, também vêm sofrendo com frequentes ameaças. “ Estão circulando áudios de presos que estão ameaçando ‘pegar’ os agentes fora do serviço. Meus agentes prisionais não vão morrer em vão por incompetência dessa diretoria”, afirmou. 

Em nota, a DGAP informou que as denúncias em relação a Unidade Prisional de Planaltina não procedem. O órgão afirma que a disciplina no local se mantêm sem alterações.

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Dieese: queda no preço da cesta básica em Goiânia é a maior do Brasil

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O custo da cesta básica em Goiânia registrou a maior queda entre as capitais brasileiras em fevereiro, com redução de 2,32%. Os dados da Pesquisa Nacional da Cesta Básica de Alimentos foram divulgados pelo Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese) na última segunda-feira (10/03).

Apenas outras duas capitais apresentaram queda: Florianópolis (-0,13%) e Porto Alegre (-0,12%).

Enquanto Goiânia observa um cenário de alívio nos preços, o panorama nacional revela uma realidade distinta. O levantamento aponta o impacto no orçamento das famílias em 14 cidades, com aumento no custo dos alimentos entre os meses de janeiro e fevereiro. A variação na alta de preço girou entre 1,87%, em Vitória, e 13,22%, em Fortaleza.

A cesta básica mais cara do país foi registrada em São Paulo, onde o conjunto dos alimentos básicos chegou a R$ 860,53. Na sequência, estão Rio de Janeiro (R$ 814,90), Florianópolis (R$ 807,71) e Campo Grande (R$ 773,95).

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No Norte e Nordeste, onde a composição da cesta é diferente, os menores valores estão em Aracaju (R$ 580,45), Recife (R$ 625,33) e Salvador (R$ 628,80). A cesta básica em Goiânia tem o preço de R$ 739,34.

Produtos

O café subiu de preço em todas as capitais analisadas e puxou o valor da cesta básica. Também contribuíram para a alta o tomate e o quilo da carne bovina de primeira que, em Goiânia, apesar do cenário geral de aumento, obteve a maior queda de preço, com – 3,81%.

O arroz e o feijão também ficaram mais baratos na capital goiana com -11,61% e -5,35%, respectivamente.

Isenção

O Governo de Goiás se antecipou à proposta federal de redução do ICMS sobre itens da cesta básica. A medida, já em vigor no estado, isenta nove produtos e confere redução da alíquota de 19% para 7% em outros 11 itens essenciais, como arroz, feijão, açúcar, café, macarrão, óleo, sal, manteiga, queijo, farinha e pães. A iniciativa garante preços mais acessíveis para a população goiana.

Goiás já concede isenção total ou parcial de ICMS para mais de 20 itens da cesta básica

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Fonte: Governo de Goiás

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