Queda nos Preços do Milho no Brasil Reflete Aumento da Oferta e Expectativa de Colheita da Soja

O mercado brasileiro de milho registrou uma queda nos preços durante a última semana. De acordo com a Safras Consultoria, a ampliação da disponibilidade de milho da safra velha, impulsionada pela necessidade de espaço nos armazéns para a colheita da soja, contribuiu para a desvalorização do cereal, especialmente em regiões como São Paulo.
No Rio Grande do Sul, os preços do milho apresentaram alta no início da semana, favorecidos pela movimentação expressiva de embarques pelo porto de Rio Grande. Contudo, com a desvalorização do dólar frente ao real a partir do meio da semana, os negócios com destino à exportação perderam força. A colheita da safra de verão no estado segue avançando progressivamente.
Mercado Internacional: Secas na Argentina e Incertidões sobre Tarifas dos EUA
No mercado internacional, a Bolsa de Chicago registrou uma valorização significativa nos preços do milho, impulsionada por temores relacionados à seca na Argentina, que ameaça a produção do cereal. As incertezas sobre a possibilidade de imposição de tarifas pelos Estados Unidos também geraram apreensão no mercado, com foco nas implicações para o comércio global de grãos.
Preços Internos: Queda nas Cotações em Diversas Regiões
No dia 23 de janeiro, o valor médio da saca de milho no Brasil foi de R$ 72,55, marcando uma redução de 0,52% em relação aos R$ 72,93 da semana anterior. Em algumas regiões, as variações foram mais acentuadas. Em Campinas (SP), o preço da saca recuou 3,66%, de R$ 82,00 para R$ 79,00. Já na Mogiana paulista, a cotação caiu 3,95%, de R$ 76,00 para R$ 73,00. No Paraná, o preço manteve-se estável em R$ 72,00, enquanto em Rondonópolis (MT) e Erechim (RS) os valores seguiram em R$ 66,00 e R$ 74,00, respectivamente.
Em Uberlândia (MG), o preço da saca subiu 1,45%, passando de R$ 69,00 para R$ 70,00. Em Rio Verde (GO), a cotação registrou uma queda de 1,49%, de R$ 67,00 para R$ 66,00.
Exportações de Milho: Desvalorização e Queda nas Quantidades Exportadas
As exportações de milho do Brasil apresentaram um desempenho negativo em janeiro, com a receita totalizando US$ 436,547 milhões (considerando 12 dias úteis). A média diária de exportação foi de US$ 36,379 milhões, com 2,022 milhões de toneladas exportadas no período, e um preço médio de US$ 215,90 por tonelada. Comparado com janeiro de 2024, houve uma queda de 28,4% no valor médio diário das exportações, uma redução de 24% na quantidade média diária exportada e uma desvalorização de 5,8% no preço médio do milho.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Nagro impulsiona o acesso ao crédito rural por meio da tokenização de ativos

A Nagro, agrofintech brasileira especializada em oferecer crédito para produtores rurais, ingressou no universo da digitalização de ativos e, em pouco tempo, já concretizou mais de 600 operações de tokenização. Essa inovação tem ampliado as oportunidades de financiamento e facilitado o acesso ao mercado financeiro para pequenos e médios produtores rurais, promovendo a modernização e diversificação das fontes de crédito no setor agropecuário.
Com tecnologia em seu cerne, a Nagro conecta o agronegócio ao mercado financeiro, o que tem proporcionado expansão tanto no Brasil quanto no exterior. Segundo Leonardo Rodovalho, COO e cofundador da Nagro, a tokenização tem o poder de democratizar o acesso ao capital, impulsionar a produção e abrir portas para mercados antes inacessíveis. “A grande vantagem da tecnologia, especialmente da tokenização, está em sua descentralização. No setor financeiro, ela oferece mais transparência e segurança para as empresas que atuam de forma séria, além de fortalecer o mercado e fomentar novos modelos de negócios, permitindo uma expansão além das fronteiras tradicionais”, explica.
A empresa disponibiliza um modelo de captação de recursos que permite investimentos a partir de R$ 25, ampliando o acesso para pequenos investidores e democratizando oportunidades anteriormente restritas a grandes instituições financeiras. Por meio de tokens lastreados em ativos agropecuários, investidores podem aplicar diretamente no setor, criando um ecossistema mais dinâmico e acessível. Essa inovação reduz a dependência do crédito convencional e fortalece a liquidez e estabilidade do setor, ao atrair diferentes perfis de investidores.
A tokenização tem se consolidado como uma ferramenta eficiente de captação de recursos no agronegócio, oferecendo rendimentos mais atraentes com menor capital inicial. Essa solução simplifica o acesso de empresas de menor porte ao mercado financeiro, reduzindo custos e democratizando as oportunidades de crédito. A tecnologia tem fortalecido a estabilidade do setor ao abrir portas para fontes alternativas de financiamento e diminuir despesas operacionais.
De acordo com um relatório da gestora de ativos Alliance Bernstein, a tokenização tem grande potencial de crescimento, com estimativas apontando para a criação de um mercado global de US$ 5 trilhões até 2028. O Brasil, nesse cenário, destaca-se com uma aceleração no processo. Pesquisa da plataforma de pagamentos Adyen revelou que a adoção da tokenização por empresas brasileiras supera em 56% a média global.
A diversificação do crédito proporcionada pela tokenização contribui para a redução da inadimplência, tornando o financiamento mais acessível e viável para produtores e empresas do agronegócio. “Ao conectar o agronegócio ao mercado de capitais de maneira direta e eficiente, a tokenização fomenta uma nova cultura de investimento e representa uma mudança de paradigma, incentivando produtores e investidores a adotarem uma visão de longo prazo”, projeta Rodovalho.
Embora a tokenização tenha o potencial de atrair investimentos globais para o agronegócio brasileiro e facilitar a conversão de commodities em ativos digitais, tornando as negociações mais ágeis e acessíveis, o setor ainda enfrenta desafios. A evolução das visões dos produtores e a profissionalização da gestão são aspectos essenciais para a adoção e escalabilidade dessa tecnologia.
Para viabilizar essa transformação, uma regulamentação clara é fundamental. A Resolução CVM 88 cumpre esse papel ao estabelecer diretrizes para ofertas de valores mobiliários via crowdfunding, reduzindo custos e burocracia, ao mesmo tempo em que oferece segurança jurídica para investidores e emissores. Esta regulamentação acelera a adoção da tokenização no agronegócio e impulsiona uma nova era de investimentos no setor.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio
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