Risco de morte de mulheres em colisões é 17% maior que o dos homens
Existem muitas discussões sobre como o mundo foi construído de homens para homens. Caso contrário, os banheiros femininos teriam o dobro de capacidade do que vemos nos dias de hoje. Enquanto homens vão aos práticos mictórios para fazerem o “trabalho rápido”, moças agonizam em uma longa e extenuante fila por levarem – em média – mais que o dobro do tempo no toalete. Sem falar nos riscos e infecções.
As teclas do piano, a altura de uma estante e até mesmo a tela de um celular foram projetados levando em conta a envergadura média do corpo masculino. O tamanho médio das telas de celulares é bem maior que a própria mão de uma mulher . O mais interessante é que elas compram mais celulares que eles, de acordo com uma pesquisa publicada pela Huawei. Não faria mais sentido financeiro ter uma amplitude baseada em mãos femininas?
Também sabemos que o mundo automotivo é essencialmente masculino. Poucas mulheres ocupam cargos altos entre as fabricantes, com a exceção de Mary Barra, na General Motors e Ana Theresa Borsari da Peugeot-Citroën do Brasil.
No automobilismo, os garotos se esforçaram mais para tirar Bia Figueiredo da pista que vencer a corrida, e Danica Patrick não ganhou sua tão sonhada oportunidade na Fórmula 1 . Mas isso pode ir muito além das moças que trabalham na indústria. Também pode afetar você e as pessoas ao seu redor.
Pode não fazer muito sentido de início, mas os carros não foram projetados para bater com uma mulher dentro. Confira o vídeo de crash-test que separamos mais abaixo e veja se qualquer um dos dummies – apelido dos manequins utilizados nas medições – representa o seu corpo.
Você viu?
Prazer, dummy!
Dummies são complexos. As informações coletadas nos crash tests incluem diversas variáveis, como a medição da velocidade de impacto, força G, torção e desaceleração. Eles também podem medir o impacto nas costelas, espinha dorsal e pélvica. Por outro lado, retratam o corpo médio de um homem, considerando sua posição de dirigir.
Por mais que mulheres estejam envolvidas em menos acidentes que homens, a chance de terem ferimentos graves são 47% maiores, conforme publicado pelo artigo Gendered Innovations. Da mesma forma, o risco de morte também é 17% maior.
Isso pode ser explicado pela posição de dirigir. Por conta da altura média e tamanho dos braços, mulheres costumam ficar mais próximas ao volante . A distância dos pedais também é um empecilho, uma vez que o ângulo dos joelhos e quadril também deixam as moças mais vulneráveis em colisões frontais. E basicamente, carros não são testados considerando estas posições.
No caso de colisões traseiras, a chance de lesão também é maior para mulheres. Por serem mais leves, elas são projetadas para trás com mais velocidade, considerando também que possuem menos músculos no pescoço.
Um dos testes na homologação de carros para a União Europeia aponta a obrigatoriedade de colisões utilizando dummies que representem a população feminina. E mesmo assim, existem muitas lacunas. Para começar, estes manequins são testados apenas no banco do passageiro, sem considerar a posição diferenciada que as mulheres utilizam para dirigir. Além disso, os dummies não são necessariamente femininos . Tratam-se apenas de manequins masculinos em escala reduzida.
Caroline Perez, autora do livro Invisible Women: Exposing Data Bias in a World Designed for Men (ou Mulheres Invisíveis: expondo dados de um mundo projetado para homens), ainda se aprofunda nos crash tests para mulheres grávidas.
Mulheres grávidas
Por mais os que dummies que representem moças em gestação tenham sido criados em 1996, os testes ainda não são obrigatórios nos Estados Unidos. Vale dizer que acidentes de carro são as principais causas de morte de fetos em desenvolvimento no país. Uma pesquisa realizada em 2004 também sugere que o cinto de segurança convencional não é adequado para 62% das mulheres em gestação, a partir do oitavo mês.
Alguns institutos de pesquisa já trabalham com dummies que representam fielmente o corpo de uma mulher – não apenas o manequim encolhido de um homem. Apesar de ser apenas um protótipo, a União Europeia já está encaminhando testes para homologação. Resta saber se este é um começo.
CARROS E MOTOS
Fomos à Serra Gaúcha conferir um Rally de motonetas clássicas
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Fonte: Carros
-
CONCURSO6 dias atrás
Prefeitura de Nova Glória abre concurso para 144 vagas com salário de até R$ 13,2 mil
-
VALE DO SÃO PATRÍCIO7 dias atrás
Em Jaraguá, funerária entrega corpo errado para família realizar velório; Assista
-
PLANTÃO POLICIAL6 dias atrás
PC realiza cumprimento de mandado de prisão em desfavor de suspeito de estupro em Rianápolis
-
PLANTÃO POLICIAL7 dias atrás
Homem é preso suspeito de matar mulher em Nerópolis; Assista
-
Acidente6 dias atrás
Cinco pessoas da mesma família morrem após carro de passeio bater de frente com caminhonete na BR-452; Assista
-
VALE DO SÃO PATRÍCIO7 dias atrás
Trabalhador é vítima de choque em Itapaci
-
PLANTÃO POLICIAL7 dias atrás
Jovem de 19 anos é encontrada morta após desaparecer
-
PLANTÃO POLICIAL6 dias atrás
Homem é preso suspeito de promover rinha de galo