Safra 2025/26: Impacto do Clima e Perspectivas para Cana, Açúcar e Etanol no Centro-Sul

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Revisão de Março da StoneX para a Safra 2025/26

A terceira revisão das estimativas da safra 2025/26 de cana-de-açúcar no Centro-Sul trouxe ajustes importantes devido ao regime de chuvas abaixo da média nos primeiros meses do ano. Em janeiro e fevereiro, as precipitações somaram apenas 223,4 mm, 35% abaixo da média histórica, comprometendo a umidade do solo e impactando a produtividade dos canaviais.

Diante desse cenário, a consultoria StoneX revisou a estimativa de moagem para 608,5 milhões de toneladas, uma redução em relação à projeção anterior de 611,4 milhões de toneladas. Ainda assim, o volume representa a quarta maior safra da história. A produtividade por hectare (TCH) também sofreu corte, passando de 79,4 ton/ha para 71,9 ton/ha.

Apesar das condições climáticas adversas, o teor de sacarose da cana (ATR) foi revisado para cima, atingindo 141,1 kg/ton, favorecido pelo tempo seco. Com isso, a produção de açúcar foi reajustada para 41,7 milhões de toneladas, um crescimento de 4,2% em relação à safra anterior. As exportações também devem crescer, chegando a 32,6 milhões de toneladas.

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No setor de etanol, a expectativa é de menor demanda em comparação a 2024/25, com a produção projetada em 34,5 milhões de metros cúbicos (-2%). O aumento da mistura do etanol anidro na gasolina de 27% para 30%, ainda sem data definida, pode estimular a oferta do biocombustível. No caso do etanol de milho, a capacidade de produção no início da safra deve atingir 10,3 milhões de metros cúbicos anuais, com previsão de crescimento de 600 mil metros cúbicos ao longo do ciclo.

Revisão da Safra 2024/25

A StoneX também atualizou os dados da safra 2024/25, que está próxima da conclusão. Até a primeira metade de fevereiro, a moagem acumulada era de 614,4 milhões de toneladas, 5% abaixo do ciclo recorde de 2023/24. A produtividade média ficou em 78,5 ton/ha, com uma área colhida inflada pelo processamento de cana bisada.

O mix destinado ao açúcar ficou em 48%, levemente abaixo da projeção anterior, totalizando 40 milhões de toneladas (-5,6%). No mercado de etanol hidratado, as vendas no mercado interno foram estimadas em 21,6 milhões de metros cúbicos (+16% a/a), reduzindo os estoques finais, mas mantendo um volume relevante para o próximo ciclo.

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Perspectivas Climáticas e Impactos na Safra

O início de 2025 tem sido marcado por temperaturas acima da média no Centro-Sul, acelerando o processo de evapotranspiração e reduzindo a umidade do solo. Apesar disso, índices como o NDVI (que mede a saúde e a densidade da vegetação) continuam elevados, sugerindo um cenário relativamente favorável para a produtividade.

Se as previsões climáticas se concretizarem, com um volume de chuvas acima da média em março, a expectativa é de que o início da safra 2025/26 possa ser adiado. Caso contrário, a colheita deve começar adiantada, com uma cana de menor qualidade e um mix menos voltado para o açúcar, aumentando a oferta de etanol no período inicial do ciclo.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Agronegócio

Tunísia Planeja Aumentar Produção de Fosfato para 14 Milhões de Toneladas até 2030

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A Tunísia anunciou nesta quarta-feira, 5 de março, a intenção de expandir sua produção de fosfato para 14 milhões de toneladas métricas até 2030, um aumento significativo de cerca de cinco vezes em relação aos níveis atuais. O plano faz parte de uma estratégia mais ampla do governo tunisiano para revitalizar o setor e fortalecer suas finanças públicas, que enfrentam sérias dificuldades.

O país, que já foi um dos principais produtores globais de fosfato, mineral essencial na fabricação de fertilizantes, viu sua participação no mercado cair drasticamente desde a revolução de 2011. Durante esse período, protestos e greves frequentes impactaram negativamente a produção, resultando em bilhões de dólares em perdas econômicas.

Atualmente, a Tunísia produz menos de 3 milhões de toneladas de fosfato anualmente, um número significativamente inferior aos 8,2 milhões de toneladas registradas em 2010. Diante dessa situação, o governo tunisiano busca recuperar sua posição no mercado internacional de fosfato, visando aproveitar o recente aumento nos preços dos fertilizantes.

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Em um comunicado divulgado após uma reunião do gabinete, as autoridades informaram que foi aprovado um programa de desenvolvimento para a produção e o transporte de fosfato, com foco na implementação de ações entre os anos de 2025 e 2030. A nota destaca que “o fosfato é uma riqueza nacional que deve retomar seu lugar de destaque, pois sempre teve um papel fundamental no fortalecimento dos recursos financeiros do país, contribuindo assim para a recuperação econômica.”

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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