São Paulo bate novo recorde de vacinas aplicadas em um único dia

Com 640,5 mil doses de vacina contra a covid-19 aplicadas ontem (10), o governo de São Paulo bateu um novo recorde. O recorde anterior havia sido registrado no dia 21 de julho, quando o Vacinômetro apontou 619.249 doses aplicadas nos 645 municípios paulistas.
Segundo o governo paulista, das 640, 5 mil doses aplicadas ontem, mais de 420 mil corresponderam à primeira dose do ciclo de imunização.
Até o momento, o estado já aplicou 41,3 milhões de doses de vacinas, sendo que 26,06% da população paulista já completou o esquema vacinal, ou seja, tomaram duas doses ou foram imunizados com a vacina Janssen, de dose única.
O governo de São Paulo espera concluir a vacinação de pessoas com idade superior a 18 anos até o dia 16 de agosto e então iniciar a vacinação de jovens e adolescentes com idades entre 12 e 17 anos.
Mais vacinas
Segundo o governador de São Paulo, João Doria, o Ministério da Saúde ainda não encaminhou ao estado as 228 mil doses da Pfizer/BioNTech a que o estado teria direito.
“O Ministério da Saúde não entregou as doses que prometeu enviar a São Paulo. O Ministério da saúde não cumpriu o acordo feito verbalmente comigo e com o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, feito pelo ministro Queiroga”, disse Doria hoje, em entrevista coletiva à imprensa.
Queda de casos
Com o avanço da campanha de vacinação, o estado de São Paulo vem registrando queda no número de casos, mortes e de internações por covid-19. Na semana passada, o estado registrou queda de 8,1% no número de casos, com média de 7.982 casos por dia, a média mais baixa do ano. Já as internações caíram 8% na semana passada em relação à anterior, com média diária de 999 internações, também a média mais baixa do ano. Em relação às mortes, a queda foi de 5,9%, com média de 240 mortes por dia.
O estado tem, neste momento, 4.720 internadas em unidades de terapia intensiva (UTI), número equivalente ao que registrava em maio do ano passado, pouco antes da primeira onda da pandemia. Além disso, há 4.458 pessoas internadas em enfermarias. A taxa de ocupação de leitos de UTIs está hoje em 45,6% no estado.
Edição: Pedro Ivo de Oliveira


SAÚDE
“Considero o Conselho a maior barreira para o negacionismo nesse país”, afirma Padilha durante reunião do CNS

Nesta quinta (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença na 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. A agenda recordou os cinco anos da pandemia de Covid-19, além de abordar a participação social na garantia da equidade dos direitos das mulheres e as ações do Programa Brasil Saudável. O atendimento da população em situação de rua na atenção primária também foi uma das pautas.
Esta foi a primeira participação de Padilha em uma reunião do Conselho, desde que reassumiu a pasta na última segunda (10). Durante a plenária, ele falou das suas expectativas para os próximos dois anos e agradeceu o trabalho do CNS na luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Alguns sentimentos me movem ao voltar para o Ministério da Saúde e um deles é consolidar a pasta com gestores municipais e estaduais. Como um espaço de controle social, o Conselho Nacional de Saúde é a maior barreira para o negacionismo nesse país e isso nos impulsiona para ser uma referência mundial”, declarou o ministro.
A presidente do CNS, Fernanda Magano, agradeceu a presença de Padilha na reunião. “É muito importante esse diálogo e os compromissos aqui estabelecidos na defesa do nosso Sistema Único de Saúde. Esperamos que essa reconstrução seja muito proveitosa para as entregas necessárias pela democracia e garantia da vida no nosso país”, declarou.
- 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (Foto: Taysa Barros/MS)
Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), José Ramix, é urgente a participação e valorização da diversidade na saúde: “Precisamos estimular estratégias que fortaleçam o controle social e a gestão participativa, além de reconhecer o protagonismo dos territórios e das diversas populações dos municípios brasileiros”, observou.
Durante sua fala, o ministro reforçou o pedido de Ramix e destacou, mais uma vez, a urgência da entrega e a obsessão pela redução no tempo de espera pelos atendimentos especializados. “Só vamos conseguir fazer isso acontecer com uma atenção primária fortalecida, valorizada e equilibrada, além de reorganizar as redes de média e alta complexidade”, pontuou.
Ana Freire
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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