São Paulo tem 25 hospitais com mais de 95% de ocupação de UTIs

Estado de São Paulo tem 25 hospitais com mais de 95% de ocupação das UTIs
Daniel Mello
Repórter da Agência Brasil
São Paulo – No estado de São Paulo, pelo menos 25 hospitais públicos estão com mais de 95% dos leitos das unidades de terapia intensiva (UTI) ocupados devido ao aumento do número de pacientes com covid-19. Segundo a Secretaria Estadual de Saúde, em 19 hospitais, as UTIs estão completamente lotadas.
Entre os hospitais com UTIs 100% ocupadas, nove ficam na capital paulista e três em cidades da região metropolitana – Ferraz de Vasconcelos, Guarulhos e Itapecerica da Serra. Ainda na Grande São Paulo, têm mais de 95% de ocupação dos leitos de tratamento intensivo hospitais nos municípios de Santo André e Francisco Morato. O Hospital Geral de Vila Penteado, na zona norte paulistana, também está com UTI quase lotada.
De acordo com a secretaria, com muitos hospitais nesta situação, até o remanejamento de pacientes para garantir o tratamento é difícil. “Este cenário impacta inclusive na realização de transferências”, enfatiza a nota da pasta.
Segundo balanço da secretaria, o remanejamento de pacientes para aproveitar melhor as vagas oferecidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) no estado já viabilizou o tratamento para 170,3 mil pessoas durante toda a pandemia. “Cada solicitação é avaliada por médicos reguladores, sendo crucial a atualização do quadro clínico. As transferências dependem ainda de o paciente apresentar condições para deslocamento seguro, cabendo ao serviço de origem a estabilização clínica e o transporte”, detalha a pasta sobre o procedimento.
Mais leitos
Para amenizar o problema, o governo de São Paulo anunciou que vai instalar mais 11 hospitais de campanha, além dos quatro que estão em funcionamento atualmente.
Também devem ser abertos nos próximos 20 dias 780 novos leitos hospitalares, incluindo 479 de UTI.
Edição: Nádia Franco


SAÚDE
Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis.
Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina.
As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina.
O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes.
Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente.
Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local.
Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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