Sesai e Unicef lançam manual para Agentes Indígenas de Saneamento da Região Amazônica

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Secretaria de Saúde Indígena (Sesai) do Ministério da Saúde, em parceria com o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), lança nesta segunda-feira (17), o Manual de Orientação para Agentes Indígenas de Saneamento (AISAN) da Região Amazônica. A publicação tem como objetivo fortalecer as ações relacionadas à água, saneamento e higiene nas aldeias da região amazônica, oferecendo conhecimento técnico de forma acessível, através de uma linguagem simples e ilustrações didáticas. 

“O manual é o resultado de um trabalho colaborativo desenvolvido pelo Unicef e Sesai, teve como parceiro estratégico o Ministério Público do Trabalho (MPT), e seu objetivo principal é apoiar a rotina de trabalho dos AISANs nas comunidades, de forma a promover ambientes saudáveis e reduzir a incidência de doenças relacionadas ao saneamento ambiental inadequado. Esse material reforça o compromisso do Unicef em apoiar o fortalecimento de políticas públicas voltadas para os povos indígenas no Brasil, considerando as especificidades locais, a vulnerabilidade de crianças e adolescentes e o acesso aos serviços como fatores determinantes de saúde pública”, pontua o oficial de Água, Saneamento e Higiene do Unicef no Brasil, Rodrigo Resende.

Já o secretário de Saúde Indígena, Weibe Tapeba, destacou que, além de iniciativas como o lançamento do manual, a Sesai está desenvolvendo o primeiro Programa Nacional de Saneamento Indígena (PNSI), uma estratégia grandiosa que visa universalizar o acesso ao saneamento nos territórios indígenas do Brasil.

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“Nossa gestão tem enfrentado vazios assistenciais em diversas áreas e o saneamento nos territórios é um deles. Por isso, estamos desenvolvendo o PNSI, ações estruturais e sobretudo investindo em capacitações e ferramentas como este manual, para aprimorar e intensificar as ações de saúde através de profissionais cada vez mais qualificados. Os agentes indígenas de saneamento têm um papel fundamental nas comunidades, uma relação de proximidade e confiança com as famílias e isso é um ponto muito positivo para abordarmos o conhecimento e as boas práticas através deles”, explicou Weibe. 

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Foto: divulgação/Sesai

Sobre a publicação 

A publicação é dividida em dois volumes: o volume 1 tem como tema “O papel do AISAN para a promoção da saúde na aldeia” e aborda o papel desses profissionais das comunidades da região amazônica, considerando especificidades como os costumes dos povos que lá vivem. A cartilha traz boas práticas para o tratamento de água e medidas de higiene como a lavagem correta das mãos, entre outras. 

Já o volume 2 – “Operação e manutenção de sistemas de tratamento e abastecimento de água” – aborda de forma mais técnica as operações e manutenções de Sistemas e Soluções Alternativas Coletivas de Abastecimento de Água para Consumo Humano mais usadas na região, como cisternas, poços, diferentes tipos de filtros e estruturas como a ‘Salta Z’, uma tecnologia desenvolvida pela Fundação Nacional de Saúde (Funasa), amplamente utilizada nos territórios indígenas. Orientações sobre como captar água da chuva e procedimentos de limpeza das caixas de água, por exemplo, estão bem detalhadas nesta cartilha..

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A iniciativa do manual surgiu em 2023, quando o Governo Federal declarou a Emergência em Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) no território Yanomami, momento crucial para a saúde indígena do Brasil. Naquele momento, a Sesai observou a necessidade de atuar com medidas mais estruturantes, entre elas a qualificação dos AISANs, como explica o diretor Bruno Cantarella. “É consenso, portanto, que o bom desempenho desse profissional é crucial para se manter as infraestruturas de abastecimento de água em bom funcionamento e, assim, garantir melhores condições de saúde à população beneficiada”, afirma. 

Ainda que direcionado aos Distritos Sanitários Especiais Indígenas (DSEIs) da Amazônia, por estar adaptado ao contexto e sistemas de acesso à água da região, o manual pode auxiliar na capacitação de profissionais de outras regiões, pois versa sobre conhecimento e saneamento básico nos territórios indígenas, com tecnologias comumente usadas, que podem ser adaptadas ao contexto das outras regiões onde faça sentido a abordagem proposta. 

Os dois volumes já estão disponíveis gratuitamente e podem ser acessados na página da Sesai e no site do Unicef Brasil

Sílvia Alves
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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Novo PAC Saúde: Mais cuidado e estrutura para as mulheres brasileiras

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O Governo Federal reforça o compromisso com todas as brasileiras ao investir na ampliação e qualificação da infraestrutura do Sistema Único de Saúde (SUS) voltados à saúde feminina. Por meio do Novo PAC Saúde, serão construídas 36 novas maternidades e 31 Centros de Parto Normal em diversas regiões do país. As novas unidades vão proporcionar um ambiente mais seguro e humanizado para gestantes, puérperas e os recém-nascidos, com estrutura adequada para realizar os atendimentos. A estratégia do governo também terá um impacto significativo na redução da mortalidade materna e infantil e na qualificação dos serviços obstétricos ofertados no SUS.

A iniciativa busca fortalecer a rede de atendimento, especialmente a materna e infantil, nas áreas que mais necessitam de suporte. O investimento reflete a preocupação do governo em proporcionar um pré-natal mais completo, partos humanizados e um acompanhamento pós-parto eficiente. “A chegada de um bebê é um momento único para cada mulher e sua família. A construção dessas maternidades é um passo fundamental para redução das desigualdades no acesso à saúde, melhoria da qualidade do cuidado ofertado às gestantes, puérperas e seus bebês, bem como para o fortalecimento da Rede Alyne” destacou a diretora do Departamento de Atenção Hospitalar, Domiciliar e de Urgência (DAHU), Aline Costa.

Para muitas mulheres, especialmente as que vivem em regiões mais afastadas ou em situação de vulnerabilidade, a falta de estrutura adequada pode transformar o momento do nascimento em um desafio. Com as novas maternidades e centros de parto normal, a proposta é ampliar a oferta de espaços equipados e com profissionais qualificados para garantir um atendimento mais humanizado e seguro.

Além das maternidades e dos Centros de Parto Normal, o Novo PAC Saúde também prevê investimentos na modernização de hospitais e Unidades Básicas de Saúde, ampliando a capacidade do SUS em atender as mulheres ao longo de toda a sua vida. O objetivo é fortalecer não apenas o atendimento ao parto, mas toda a rede de saúde da mulher, desde a adolescência até a terceira idade.

Adicionalmente, nos próximos anos, as mulheres terão acesso a 90 novas Policlínicas Regionais espalhadas por todo o país. Com a implantação das unidades, o SUS se fortalece, assegurando o acesso a consultas especializadas e exames de média e alta complexidade, necessários para diagnósticos de diversas doenças como o câncer de mama. Além disso, a iniciativa vai expandir o acesso das mulheres aos Núcleos de Atendimento às Vítimas de Violência, fortalecendo a rede de suporte e proporcionando serviços especializados para mulheres, crianças e outros grupos em situação de vulnerabilidade. Estes núcleos são compostos por equipes multidisciplinares treinadas para lidar com situações de violência física, psicológica e sexual, assegurando um apoio completo às vítimas.

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Bem-estar de toda a sociedade

Entre as inovações previstas no Novo PAC Saúde, está o fortalecimento da atenção básica, com a construção de 1.809 Unidades Básicas de Saúde (UBSs). Para muitas mulheres, essas unidades representam o primeiro contato com a assistência médica, seja para consultas de rotina, exames preventivos, pré-natal ou acompanhamento de doenças crônicas. Em um país onde a maioria dos atendimentos na rede pública de saúde é voltada para as mulheres, investir na modernização das UBSs significa investir na saúde e no bem-estar de toda a sociedade.

Com as novas UBSs, está previsto um crescimento no número de salas lilás, espaços dentro das unidades destinados ao acolhimento humanizado de mulheres que sofreram violência conforme a Lei 14.847 de 2024 aprovada no governo do presidente Lula. Estas salas proporcionam um espaço seguro e especializado para um cuidado integral assistência psicológica, social e jurídica, essenciais para romper o ciclo de violência doméstica. 

Neste mês das mulheres, o Novo PAC Saúde se apresenta como um símbolo de avanço na luta por direitos e equidade. Investir na saúde das mulheres é investir no futuro do país, garantindo que cada brasileira tenha acesso a um atendimento digno e de qualidade. Com essas novas estruturas, o SUS se fortalece e se torna ainda mais acessível para quem mais precisa. 

Maternidades 

O Novo PAC Saúde vai investir R$4,4 bilhões na construção de 36 novas maternidades distribuídas em todo o Brasil. A medida vai beneficiar 26,7 milhões de mulheres em idade fértil por ano, totalizando mais de 583 mil novos atendimentos realizados no SUS. 

As maternidades são estabelecimentos de saúde de média e alta complexidade que prestam assistência à mulher, gestante, puérpera e ao recém-nascido, realizando internação hospitalar, atendimento ambulatorial e de urgência e emergência ginecológica e obstétrica durante 24 horas. 

Os leitos de UTI nas maternidades desempenham um papel fundamental na assistência intensiva a mulheres e bebês que enfrentam complicações durante a gestação, o parto ou o pós-parto. Esses leitos garantem um suporte vital imediato para recém-nascidos prematuros ou com condições graves, além de oferecer cuidados especializados para mães que possam apresentar complicações, como hemorragias, hipertensão grave ou infecções. A presença de UTIs materna e infantil nas maternidades reduz riscos, aumenta as chances de recuperação e melhora significativamente os desfechos clínicos, assegurando um atendimento seguro e humanizado em momentos críticos.  

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Centro de Parto Normal – CPN 

O Governo Federal vai beneficiar, também, dois milhões de mulheres em idade fértil, com a construção de 31 novos Centros de Parto Normal (CPNs). As unidades de saúde são destinadas à assistência ao parto de risco habitual, fora de estabelecimento hospitalar, e preveem atendimento no pré-parto, assistência ao trabalho de parto, parto, puerpério e cuidados com o recém-nascido. Ao todo, serão investidos na infraestrutura dos centros R$97 milhões, com previsão de atender 2 milhões mulheres em idade fértil por ano nas unidades.  O CPN é um serviço projetado para oferecer um ambiente acolhedor e assistência humanizada às gestantes que desejam o parto normal. 

Policlínicas

O Novo PAC Saúde vai investir na construção de 90 Policlínicas Regionais. Essas unidades desempenham um papel fundamental na ampliação do acesso a serviços especializados. A medida vai beneficiar mais de 19 milhões de pessoas em todo o país, com a oferta de serviços de diagnóstico, exames de imagem e gráficos e consultas clínicas com cardiologistas, endócrinos e outras especialidades, definidas com base no perfil epidemiológico da população da região. As policlínicas funcionam como um complemento às Unidades Básicas de Saúde (UBSs), recebendo pacientes encaminhados pelos médicos da atenção primária quando há necessidade de avaliação especializada. A construção dessas unidades fortalece a prevenção e o acompanhamento de doenças crônicas, como diabetes e hipertensão, além de facilitar a detecção precoce de problemas de saúde.

UBS

As iniciativas do PAC Saúde têm como objetivo estruturar a rede de assistência ao cidadão do SUS, sendo as mulheres as maiores usuárias do sistema público de saúde. Sobretudo, quando abordamos o acesso às UBSs. Portanto, o Governo Federal vai destinar R$ 4,2 bilhões para a construção de 1.809 novas unidades em todo o país. As UBSs representam a principal porta de entrada para o SUS, atendendo a necessidade individual e coletiva. O Novo PAC Saúde busca modernizar essas unidades, promovendo sustentabilidade e integrando tecnologias como teleconsulta.

O Novo PAC Saúde integra um conjunto de ações estratégicas para modernizar e expandir os serviços do SUS, reafirmando o compromisso do governo com a melhoria do atendimento e a promoção da equidade no acesso à saúde no Brasil. 

Canais de apoio aos gestores

Para facilitar a comunicação, o Ministério da Saúde disponibiliza canais exclusivos:

Alexandre Penido
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

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