Setor de serviços recua 0,2% de janeiro para fevereiro, diz IBGE

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O volume de serviços no Brasil caiu 0,2% em fevereiro deste ano na comparação com o mês anterior. O setor já havia tido uma queda de 1,8% em janeiro. Com isso, o segmento acumula perda de 2% nos dois primeiros meses do ano, segundo os dados da Pesquisa Mensal de Serviços (PMS), divulgada hoje (12) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O setor se encontra 5,4% acima do nível de fevereiro de 2020, ou seja, do período pré-pandemia de covid-19, mas 7% abaixo de novembro de 2014, o ponto mais alto da série histórica da pesquisa, iniciada em 2012.

O volume de serviços cresceu 7,4% na comparação com fevereiro de 2021, 8,4% no primeiro bimestre (em comparação com o mesmo período do ano passado) e 13% no acumulado de 12 meses.

Na passagem de janeiro para fevereiro, a queda foi puxada por duas atividades: serviços de informação e comunicação (-1,2%) e outros serviços (-0,9%).

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Por outro lado, três atividades tiveram alta de janeiro para fevereiro: transportes (2,0%), serviços profissionais, administrativos e complementares (1,4%) e os prestados às famílias (0,1%).

O agregado de atividades turísticas, também analisado pela pesquisa, teve um recuo de 1% no período.

Em relação à receita nominal, os serviços tiveram queda de 1,5% na comparação com janeiro, mas cresceram 13,1% em relação a fevereiro do ano passado, 14,1% no primeiro bimestre e 17,2% no acumulado de 12 meses.

Edição: Valéria Aguiar

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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