Soja recua em Chicago e acompanha queda do trigo, que perde mais de 1%

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A semana inicia com desvalorizações nos contratos futuros da soja na Bolsa de Chicago, refletindo as perdas de mais de 1% no mercado do trigo. Por volta das 7h50 (horário de Brasília), as cotações da oleaginosa registravam quedas entre 5 e 5,25 pontos, com o contrato para maio cotado a US$ 10,52 e o de julho a US$ 10,67 por bushel. O milho, o óleo de soja e o farelo também operavam em baixa.

O movimento do mercado está atrelado não apenas ao desempenho das commodities correlatas, como o trigo, mas também à expectativa pelo Outlook Forum do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), que ocorre nesta semana. O evento trará as primeiras projeções para a safra 2025/26 nos EUA, podendo intensificar a volatilidade nos pregões da Bolsa de Chicago (CBOT).

Incertezas no mercado da soja no Brasil

No Rio Grande do Sul, a comercialização da soja segue incerta, de acordo com a TF Agroeconômica. Os preços variam conforme a localidade: R$ 132,00 por saca em Cruz Alta (pagamento em 31/03), R$ 131,00 em Passo Fundo (pagamento no fim de março), R$ 132,00 em Ijuí (pagamento em 31/03) e R$ 132,00 em Santa Rosa/São Luiz (pagamento previsto para abril). Em Panambi, os valores se mantiveram em R$ 125,00 por saca.

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Em Santa Catarina, as condições climáticas adversas seguem impactando a produtividade. Chuvas irregulares e altas temperaturas em janeiro reduziram a expectativa de colheita de 70 para 50 sacas por hectare. Os trabalhos de colheita devem começar na segunda semana de março, com algumas regiões iniciando de forma pontual. A perspectiva é de uma safra menor do que a anterior. No porto de São Francisco do Sul, os preços oscilam entre R$ 131,17 por tonelada em fevereiro e R$ 141,00/t em junho.

No Paraná, a redução da oferta também afeta os preços. Em Paranaguá, a soja foi negociada a R$ 129,86 por saca. Em Ponta Grossa, o valor ficou em R$ 120,66 por saca CIF. Em Cascavel, os preços também foram de R$ 120,66, mas com baixa liquidez. Em Maringá, a soja foi cotada a R$ 119,92, enquanto em Ponta Grossa, o preço FOB chegou a R$ 120,73, sem grandes volumes negociados. No mercado interno de Ponta Grossa, os valores ficaram em R$ 126,00 por saca.

Condições climáticas impactam estimativas da safra nacional

No Mato Grosso do Sul, a soja precoce sofreu impactos significativos devido ao clima adverso, levando à revisão das projeções para a safra nacional. De acordo com o Rally da Safra, que percorreu o estado na última semana, as perdas foram confirmadas em diversas regiões, o que resultou em uma redução de 1,1 milhão de toneladas na estimativa nacional de produção.

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No estado, os preços do spot da soja ficaram em R$ 114,75 por saca em Dourados, Campo Grande, Maracaju e Sidrolândia. Em Chapadão do Sul, o valor foi um pouco inferior, em R$ 108,86.

Em Mato Grosso, a colheita da safra 2024/25 avançou para 66,16% da área plantada, superando a média histórica de 65,63%, mas ainda abaixo dos 76,44% registrados no ciclo anterior, segundo dados do Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea). O plantio tardio e chuvas intensas atrasaram o início da colheita, mas a redução das precipitações nas últimas semanas permitiu uma aceleração nos trabalhos. Esse atraso também impactou a implantação da segunda safra, afetando cultivos como milho e algodão.

Os preços da soja no estado variam entre R$ 106,00 por saca em Campo Verde, Primavera do Leste e Rondonópolis, enquanto em Sorriso o valor é um pouco superior, chegando a R$ 109,39.

O mercado segue atento ao comportamento das commodities na Bolsa de Chicago e às projeções do USDA, fatores que podem determinar os rumos das cotações nos próximos dias.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Tunísia Planeja Aumentar Produção de Fosfato para 14 Milhões de Toneladas até 2030

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A Tunísia anunciou nesta quarta-feira, 5 de março, a intenção de expandir sua produção de fosfato para 14 milhões de toneladas métricas até 2030, um aumento significativo de cerca de cinco vezes em relação aos níveis atuais. O plano faz parte de uma estratégia mais ampla do governo tunisiano para revitalizar o setor e fortalecer suas finanças públicas, que enfrentam sérias dificuldades.

O país, que já foi um dos principais produtores globais de fosfato, mineral essencial na fabricação de fertilizantes, viu sua participação no mercado cair drasticamente desde a revolução de 2011. Durante esse período, protestos e greves frequentes impactaram negativamente a produção, resultando em bilhões de dólares em perdas econômicas.

Atualmente, a Tunísia produz menos de 3 milhões de toneladas de fosfato anualmente, um número significativamente inferior aos 8,2 milhões de toneladas registradas em 2010. Diante dessa situação, o governo tunisiano busca recuperar sua posição no mercado internacional de fosfato, visando aproveitar o recente aumento nos preços dos fertilizantes.

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Em um comunicado divulgado após uma reunião do gabinete, as autoridades informaram que foi aprovado um programa de desenvolvimento para a produção e o transporte de fosfato, com foco na implementação de ações entre os anos de 2025 e 2030. A nota destaca que “o fosfato é uma riqueza nacional que deve retomar seu lugar de destaque, pois sempre teve um papel fundamental no fortalecimento dos recursos financeiros do país, contribuindo assim para a recuperação econômica.”

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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