SP: cobradores e motoristas encerram greve de ônibus

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Os ônibus voltaram a circular na capital paulista no final da tarde, após greve realizada por motoristas e cobradores desde a 0h desta quarta-feira (29), em cumprimento à decisão do Tribunal Regional do Trabalho da Segunda Região de retorno imediato dos trabalhadores ao serviço logo após o julgamento de dissídio realizado na tarde de hoje.

O Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (Sindmotoristas) informou que avalia o movimento grevista como positivo, já que garantiu avanços históricos nas reivindicações da categoria como o pagamento de 100% das horas extras, por exemplo.

Para o sindicato, o entendimento da corte foi um “xeque-mate nos patrões”, ao entender que as horas extras e feriados devem ser pagos com 100% acima do valor da hora normal, conforme a lei 13.103, de 2015. A Justiça definiu ainda reajuste salarial de 12,47%, que já havia sido acordado entre os trabalhadores e as empresas.

“Com a decisão da justiça, os trabalhadores têm o direito de pausa a cada 4 horas trabalhadas. As empresas deverão acatar a decisão e se adequarem a essa realidade, não podendo descontar nas horas extras dos trabalhadores”, observou o presidente em exercício, Valmir Santana da Paz, o Sorriso.

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A entidade avaliou ainda que a greve foi inevitável. “O descaso do SPUrbannuss levou os trabalhadores a fazerem uso da greve, que é a nossa ferramenta de luta. Não tínhamos outro caminho diante de tanto impasse e intransigência”, disse Sorriso.

Além do retorno imediato dos trabalhadores, o tribunal considerou a greve de cobradores e motoristas de ônibus abusiva, autorizou o desconto de um dia referente a paralisação desta quarta e aplicou multa de R$ 100 mil ao sindicato dos trabalhadores pelo descumprimento de liminar da Justiça nas paralisações do último dia 14 e desta quarta-feira (29). O julgamento foi conduzido pelo desembargador Davi Furtado Meirelles, relator do caso e presidente da Seção de

Dissídios coletivos.

A motivação da greve, de acordo com o Sindmotoristas, foi que, embora tenha sido garantido o reajuste sobre os salários e vale-refeição, o setor patronal ignorou os outros itens da pauta de reivindicações da categoria, como a hora de almoço remunerada, participação nos lucros e resultados, adequação de nomenclaturas e plano de carreiras do setor de manutenção.

Durante o julgamento desta quarta, foi aplicada ainda a validade de um ano para as cláusulas sociais e econômicas do acordo coletivo. Segundo o TRT-2, foram indeferidas quaisquer reivindicações que dependiam de negociação prévia, e também não foi concedida estabilidade no emprego aos trabalhadores “em razão da abusividade do movimento”.

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De acordo com o Sindmotoristas, a participação nos lucros e resultados e a adequação de nomenclaturas e plano de carreiras do setor de manutenção deve ser objeto de negociação entre as partes, com prazo de 60 dias para definição, estabelecido pelo tribunal.

SPUrbanuss

O Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SPUrbanuss) disse, em nota, que as empresas operadoras estão mobilizadas para retomar a operação dos ônibus, assim que os motoristas e cobradores retornem ao trabalho.

A entidade patronal destacou como principais pontos decididos no julgamento a abusividade da greve; multa ao Sindmotoristas pelas paralisações em junho; retorno imediato ao trabalho, sob pena de multa diária dobrada; autorização do desconto das horas paradas do dia de hoje; reajuste de 12,47% nos salários e vale-refeição; renovação das cláusulas pré-existentes; e pagamento do adicional de 100% das horas extras, para além das primeiras duas horas.

Edição: Aline Leal

Fonte: EBC Geral

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Ministro diz que governo atendeu reivindicação do MST em Pernambuco

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O ministro do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar, Paulo Teixeira, afirmou nesta segunda-feira (15) que o governo deu andamento às reivindicações do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) em Pernambuco. Na madrugada de ontem (14), integrantes do movimento ocuparam duas áreas da Embrapa em Petrolina, no interior pernambucano.

Uma das áreas ocupadas pelo movimento, de acordo com a Embrapa, faz parte do Campo Experimental de Caatinga e é destinado aos rebanhos de criação extensiva. No entanto, o MST alega que o terreno de 1,5 mil hectares é improdutivo. É a terceira vez que o MST ocupa uma área da Embrapa Seminário, unidade com sede em Petrolina.

“Sobre a Embrapa de Petrolina, nós vamos assinar essa semana uma transferência de recurso para que a empresa possa produzir sementes para agricultores familiares daquela região, que é uma das reivindicações [do MST]. Uma segunda reivindicação é o assentamento no perímetro irrigado. E a terceira reivindicação é sobre a abertura de um escritório do Incra, que fica a 600 quilômetros [de Recife]. Essas três já estão em andamento no âmbito do Incra. Assim, entendemos que atendemos às reinvindicações e o protesto já está atendido”, afirmou Teixeira, durante coletiva de imprensa para detalhar o lançamento do programa Terra da Gente, que pretende retomar a destinação de terras para a reforma agrária.

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As ocupações do MST fazem parte do Abril Vermelho, uma série de ações realizadas neste mês para lembrar o massacre de Eldorado dos Carajás, no Pará, em 1996, quando 21 trabalhadores foram executados por policiais militares durante uma marcha por reforma agrária. A jornada de lutas começou no fim de semana e prossegue até a próxima sexta-feira (19). Segundo o MST, foram realizadas, até o momento, cerca de 30 ações, incluindo 24 ocupações de terras em 11 estados.    

Fonte: EBC GERAL

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