SP passa a vacinar pessoas com comorbidades e deficiências

A partir de hoje (2) as pessoas com idade de 30 a 39 anos que tenham comorbidades e deficiências permanentes já podem tomar a primeira dose da vacina contra a covid-19 em São Paulo. Em todo o estado, pelo menos 1,2 milhão pessoas possuem doenças crônicas e ou deficiências que propiciam o recebimento do Benefício de Prestação Continuada da Assistência Social (BPC).
Para receber a imunização, a pessoa deve ir ao posto de saúde levando comprovante da condição de risco por meio de exames, receitas, relatório ou prescrição médica. Também valem os cadastros existentes em Unidades Básicas de Saúde (UBS). As pessoas com deficiência permanente precisam apresentar o comprovante do recebimento do BPC.
O governo estadual orienta ainda que as pessoas façam o pré-cadastro no site Vacina Já, para diminuir o tempo de espera nas unidades de saúde e, assim, evitar aglomerações.
Fazem parte da lista de comorbidades válidas para vacinação: doenças cardiovasculares, insuficiência cardíaca (IC), cor-pulmonale (alteração no ventrículo direito) e hipertensão pulmonar, cardiopatia hipertensiva, síndromes coronarianas, valvopatias, miocardiopatias e pericardiopatias, doença da aorta, dos grandes vasos e fístulas arteriovenosas, arritmias cardíacas, cardiopatias congênitas no adulto, próteses valvares e dispositivos cardíacos implantados, diabetes mellitus, pneumopatias crônicas graves, hipertensão arterial resistente (HAR), hipertensão arterial – estágio 3, hipertensão arterial – estágios 1 e 2 com lesão e órgão-alvo e/ou comorbidade, doença cerebrovascular, doença renal crônica, imunossuprimidos (transplantados; pessoas vivendo com HIV; doenças reumáticas em uso de corticoides; pessoas com câncer), anemia falciforme e talassemia maior, obesidade mórbida, cirrose hepática.
Edição: Maria Claudia


SAÚDE
“Considero o Conselho a maior barreira para o negacionismo nesse país”, afirma Padilha durante reunião do CNS

Nesta quinta (13), o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, marcou presença na 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília. A agenda recordou os cinco anos da pandemia de Covid-19, além de abordar a participação social na garantia da equidade dos direitos das mulheres e as ações do Programa Brasil Saudável. O atendimento da população em situação de rua na atenção primária também foi uma das pautas.
Esta foi a primeira participação de Padilha em uma reunião do Conselho, desde que reassumiu a pasta na última segunda (10). Durante a plenária, ele falou das suas expectativas para os próximos dois anos e agradeceu o trabalho do CNS na luta pela defesa do Sistema Único de Saúde (SUS).
“Alguns sentimentos me movem ao voltar para o Ministério da Saúde e um deles é consolidar a pasta com gestores municipais e estaduais. Como um espaço de controle social, o Conselho Nacional de Saúde é a maior barreira para o negacionismo nesse país e isso nos impulsiona para ser uma referência mundial”, declarou o ministro.
A presidente do CNS, Fernanda Magano, agradeceu a presença de Padilha na reunião. “É muito importante esse diálogo e os compromissos aqui estabelecidos na defesa do nosso Sistema Único de Saúde. Esperamos que essa reconstrução seja muito proveitosa para as entregas necessárias pela democracia e garantia da vida no nosso país”, declarou.
- 364ª Reunião Ordinária do Conselho Nacional de Saúde (CNS), na sede do Ministério da Saúde, em Brasília (Foto: Taysa Barros/MS)
Para o representante da Confederação Nacional dos Trabalhadores Rurais, Agricultores e Agricultoras Familiares (Contag), José Ramix, é urgente a participação e valorização da diversidade na saúde: “Precisamos estimular estratégias que fortaleçam o controle social e a gestão participativa, além de reconhecer o protagonismo dos territórios e das diversas populações dos municípios brasileiros”, observou.
Durante sua fala, o ministro reforçou o pedido de Ramix e destacou, mais uma vez, a urgência da entrega e a obsessão pela redução no tempo de espera pelos atendimentos especializados. “Só vamos conseguir fazer isso acontecer com uma atenção primária fortalecida, valorizada e equilibrada, além de reorganizar as redes de média e alta complexidade”, pontuou.
Ana Freire
Ministério da Saúde
Fonte: Ministério da Saúde
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