STOXX 600 Mantém Trajetória de Recordes Impulsionado por Tecnologia e Saúde

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O principal índice acionário da Europa atingiu um novo recorde nesta sexta-feira, impulsionado pelo desempenho positivo das ações dos setores de tecnologia e saúde. Resultados robustos de grandes empresas, como a Novartis, ajudaram a mitigar preocupações sobre uma recuperação econômica mais lenta na zona do euro.

O índice STOXX 600 registrava alta de 0,37%, alcançando 540,82 pontos, depois de ter fechado na máxima histórica na quinta-feira. O movimento ocorreu após o Banco Central Europeu (BCE) reduzir a taxa de juros e adotar um tom “dovish” em relação às perspectivas futuras de política monetária.

As ações do setor de tecnologia registravam avanço de 1,6%, impulsionadas por um salto de 7,6% na Hexagon, que surpreendeu o mercado ao apresentar um aumento significativo no lucro operacional do quarto trimestre. A fabricante de equipamentos para chips ASML também contribuiu para o desempenho positivo do setor, com alta de 3%, mantendo a tendência favorável após divulgar resultados sólidos na quarta-feira.

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O setor de saúde também apresentou crescimento de 1%, com destaque para a Novo Nordisk, que registrou avanço de 1,4%. A Novartis subiu 3,4% após divulgar um lucro líquido ajustado trimestral acima das expectativas, impulsionado pelas fortes vendas dos medicamentos Entresto e Kesimpta.

O STOXX 600 caminha para sua quarta sessão consecutiva de ganhos recordes e registra a sexta semana seguida de valorização, a mais longa sequência desde março de 2024. O índice também conseguiu superar as perdas de segunda-feira, causadas pelo lançamento do modelo de inteligência artificial de baixo custo da startup chinesa DeepSeek, que gerou incertezas sobre a valorização das ações do setor de IA.

Na quinta-feira, o BCE reduziu as taxas de juros e sinalizou um novo corte em março, refletindo a preocupação com o fraco crescimento econômico, que superou os temores de inflação persistente. Dados divulgados na mesma data apontaram estagnação na economia da zona do euro no último trimestre, reforçando a incerteza sobre a velocidade da recuperação econômica.

Nos principais mercados europeus, os índices operavam em alta:

  • Londres (FTSE 100): +0,26%, a 8.668 pontos.
  • Frankfurt (DAX): +0,15%, a 21.760 pontos.
  • Paris (CAC 40): +0,28%, a 7.963 pontos.
  • Milão (FTSE MIB): +0,25%, a 36.519 pontos.
  • Madri (Ibex 35): +0,06%, a 1.427 pontos.
  • Lisboa (PSI 20): +0,07%, a 6.539 pontos.
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A sequência de recordes do STOXX 600 reflete o otimismo dos investidores, sustentado pelo desempenho positivo dos setores de tecnologia e saúde, mesmo em meio às incertezas sobre o crescimento econômico da região.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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Perspectivas para a Safra de Trigo 2025 em São Paulo: Desafios e Oportunidades no Setor

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A primeira reunião de 2025 da Câmara Setorial do Trigo de São Paulo, promovida pelo Sindicato da Indústria do Trigo no Estado de São Paulo (Sindustrigo), aconteceu na quinta-feira, 13 de março, na Cooperativa Capão Bonito, localizada em Capão Bonito (SP). O evento, realizado de forma híbrida, abordou os desafios enfrentados pelo setor, as perspectivas para as safras de 2024/2025 e 2025/2026, além de analisar o mercado internacional do grão.

Para a safra de trigo de 2025, a previsão é de estabilidade na área cultivada, apesar de alguns indícios de redução em algumas cooperativas devido à migração de produtores para outras culturas, como sorgo e milho, motivada pelos custos de produção. No entanto, o trigo continua sendo uma opção atraente para os agricultores paulistas, impulsionado pela forte demanda das indústrias moageiras e pela rapidez na comercialização do grão. O vice-presidente da Câmara Setorial do Trigo, José Reinaldo Oliveira, afirmou: “Existem várias alternativas de cultivo, mas o trigo segue competitivo, pois a demanda permanece constante e o estoque disponível para os moinhos é baixo.”

Embora fatores climáticos ainda apresentem incertezas, Oliveira demonstrou otimismo quanto à produtividade da próxima safra. “Se as condições climáticas forem favoráveis, com chuvas regulares e temperaturas adequadas, podemos alcançar níveis de produção semelhantes aos de anos anteriores. O trigo continua sendo uma opção viável, oferecendo segurança econômica ao produtor”, afirmou.

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O presidente da Câmara Setorial do Trigo, Nelson Montagna, que participou remotamente, reforçou a importância da expansão da produção estadual. “Há mercado e demanda para o trigo paulista. Precisamos focar na qualidade e no crescimento do setor, que enfrentará altos e baixos, mas a tendência é de progresso”, resumiu Montagna.

Impactos Globais: Guerra e Competitividade no Mercado Internacional

O analista de mercado de trigo da Safras & Mercado, Élcio Bento, abordou o cenário internacional, destacando como os fatores globais influenciam diretamente os preços no Brasil. “O Brasil está atrelado ao mercado argentino, que é influenciado pelas flutuações das bolsas norte-americanas”, comparou Bento. Ele ainda ressaltou que a guerra comercial entre China e Estados Unidos, que em 2018 reduziu drasticamente as exportações de trigo americano para o mercado chinês, pode criar novas oportunidades para o trigo argentino. “Caso os EUA enfrentem restrições, o trigo argentino pode ganhar espaço na China”, explicou Bento.

Outro ponto importante levantado foi o impacto da guerra na Ucrânia, que tem afetado o fluxo de trigo pelo Mar Negro. Bento prevê que, no curto prazo, a normalização desse fluxo poderia aliviar a pressão sobre os preços globais, embora o impacto para a safra de 2025 seja limitado. Ele ainda destacou a crescente competitividade do trigo argentino em relação ao produto americano, apontando que, para atender à demanda paulista, o estado precisará importar o grão.

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Atualizações sobre o Cenário Paulista: Desafios e Inovações no Setor

Raquel Nakazato Pinotti, pesquisadora científica da APTA e assessora de pesquisa da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo (SAA), representou o coordenador das Câmaras Setoriais da SAA, José Carlos de Faria Cardoso Júnior. Ela enfatizou a necessidade de uma proposta tributária que considere as especificidades do trigo paulista, sem depender de mandatos políticos. “É essencial criar uma política tributária que apoie a produção e garanta que o produtor tenha as condições necessárias para avançar”, afirmou.

A reunião também abordou o panorama atual do plantio no estado, com as maiores cooperativas paulistas compartilhando suas projeções de produção de trigo. Além disso, foram apresentados estudos sobre novas cultivares e alternativas para mitigar problemas fitossanitários. A APTA trouxe um estudo sobre o uso do Tereoil, um composto de terebintina para desinfecção de fungos contaminantes. A Biotrigo Genética, por sua vez, apresentou um panorama sobre o desempenho das principais variedades cultivadas em São Paulo.

O setor segue com desafios a serem superados, mas as perspectivas para o trigo paulista permanecem positivas, com foco na qualidade e na sustentabilidade da produção.

Fonte: Portal do Agronegócio

Fonte: Portal do Agronegócio

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