Temendo colapso na saúde, Acre decreta bandeira vermelha

Publicados


Com 98% do total de leitos da rede pública de saúde destinados ao tratamento de pessoas infectadas pelo novo coronavírus ocupados, o governo do Acre decretou estado de emergência em todo o estado. A mudança do nível de emergência, para bandeira vermelha, consta do Decreto nº 7.849, publicado na noite desta segunda-feira (1º), e, inicialmente, deve vigorar até o próximo dia 19.

De acordo com o texto da norma, a decisão segue à recomendação do Comitê de Acompanhamento Especial da covid-19, e se deve ao “repentino agravamento do risco de colapso do sistema de saúde” no estado. Até ontem a tarde, a secretaria estadual de saúde contabilizava 48.820 casos confirmados da doença e 873 mortes em decorrência da ação do novo coronavírus desde o início de março. Além disso, 162 (ou 95%) dos 170 leitos clínicos e 60 (80%) das 75 vagas em Unidade de Terapia Intensiva (UTIs) estavam ocupadas.

Leia Também:  Brasil registra 672 mortes por covid-19 em 24 horas

“Nos últimos dias, o número de pessoas infectadas pelo novo coronavírus aumentou muito”, disse o governador Gladson Cameli em um vídeo divulgado pelas redes sociais. “Todas as medidas que cabiam ao estado foram tomadas, mas chegamos a uma situação ainda mais preocupante. Por isto, o Comitê [de Acompanhamento Especial da] Covid-19, com a minha validação, decidiu que o momento pede mais rigorosa e prudente decisão”, acrescentou Cameli ao detalhar o alcance do decreto estadual.

“Todo o Acre estará em bandeira vermelha até o dia 19 de fevereiro, para não precisarmos viver a medida mais radical, que é o lockdown. Estamos priorizando a vida para que não se instale no Acre o mesmo caos que outros estados do país enfrentam”, comentou o governador ao pedir a “compreensão, colaboração e respeito” da população às medidas.

Restrições

Com a publicação do decreto, voltam a vigorar o que estabelece o Decreto nº 5.496, de 20 de março de 2020. Com isso, ficam proibidos de funcionar os estabelecimentos comerciais não essenciais, como shoppings; cinemas; clubes; academias; feiras bares; centros culturais; clínicas de estética; e igrejas. Restaurantes só podem atender aos consumidores por meio do serviço de delivery. A aglomeração de pessoas em espaços públicos também está restrita.

Leia Também:  Quase 99% dos ultraprocessados têm ingredientes nocivos

Ficam autorizados a funcionar estabelecimentos como mercados; farmácias; clínicas médicas, psicológicas, odontológicas e veterinárias; espaços de fisioterapia; laboratórios; óticas; oficinas mecânicas no geral; bancos; hotéis; funerárias; postos de combustíveis; lojas de materiais de construção; indústria em geral com atendimento ao público mediante agendamento; além empresas de alimentos, medicamentos, águas, gás, produtos de limpeza, higiene e de EPIs.

Um outro decreto estadual, o nº 7.225, também já tinha estabelecido que, durante a Bandeira Vermelha, ficam suspensas as aulas em estabelecimentos públicos e privados. A lista completa com os setores e atividades autorizados a funcionar em cada um dos quatro níveis de risco, bem como os cuidados que devem ser adotados, estão disponíveis na página do governo acriano.

Edição: Valéria Aguiar

Fonte: EBC Saúde

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

SAÚDE

Dia Mundial do Rim: cuidado com a saúde renal deve começar na infância

Somente em 2024, o maior hospital pediátrico do país realizou mais de cinco mil sessões de hemodiálise em crianças e adolescentes.

Publicados

em

Dia Mundial do Rim: cuidado com a saúde renal deve começar na infância. Foto:

A doença renal crônica afeta mais de dez milhões de brasileiros e 850 milhões de pessoas no mundo, além de causar 2,4 milhões de mortes todos os anos, segundo a Sociedade Brasileira de Nefrologia e a Organização Mundial da Saúde (OMS). No Brasil, cerca de 157 mil pessoas dependem de terapia renal substitutiva, conforme dados do Censo Brasileiro de Nefrologia de 2023. Só no Hospital Pequeno Príncipe, que é o maior e mais completo hospital pediátrico do país, foram mais de cinco mil sessões de hemodiálise em crianças e adolescentes em 2024.

Embora seja mais comum em adultos, a doença renal crônica também acomete o público infantojuvenil. Estima-se que sejam 20 casos a cada um milhão de crianças, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatria. Por isso, no Dia Mundial do Rim, lembrado em 13 de março, o Hospital Pequeno Príncipe reforça a importância dos cuidados com a saúde renal desde a infância.

Além da produção de urina, os rins desempenham funções essenciais no organismo, como filtrar impurezas do sangue, controlar a pressão arterial e produzir hormônios. “Muitas pessoas pensam que os rins são responsáveis apenas pela urina, mas eles também são fundamentais para o bom funcionamento do metabolismo, crescimento e desenvolvimento do corpo. Por isso é tão importante que o cuidado com a saúde renal e os bons hábitos iniciem ainda na infância, pois eles interferem na saúde por toda a vida”, enfatiza a nefrologista pediátrica Lucimary Sylvestre, do Hospital Pequeno Príncipe.

Leia Também:  Plataforma pretende reunir pesquisas sobre a Doença de Chagas

A ingestão adequada de líquidos, a alimentação balanceada (evitando processados e excesso de sal) e a prática regular de atividades físicas são fundamentais para manter os rins saudáveis ao longo da vida. Também é importante controlar o peso e a glicose e aferir a pressão arterial regularmente a partir dos 3 anos de idade.

Quando suspeitar de problemas renais?

Existem diferentes doenças renais e que não se limitam apenas aos rins, atingindo todo o trato urinário. Elas se apresentam por malformações congênitas, condições hereditárias ou adquiridas. “Algumas doenças se manifestam com sinais como perda de urina, infecção urinária de repetição, presença de sangue ou proteína na urina, mas outras são silenciosas até que atinjam um estágio mais avançado de alteração na função renal”, explica a nefrologista pediátrica. Além desses sinais, também é importante estar atento para:

  • alteração na pressão arterial;
  • anemia que não melhora com reposição de ferro;
  • alterações ou fraqueza óssea;
  • cansaço excessivo;
  • inchaço nos pés e no rosto;
  • histórico familiar de doenças renais.

Ao observar qualquer sinal ou sintoma, é fundamental passar por avaliação médica. Se não tratada adequadamente, a doença renal crônica pode levar a complicações graves, como insuficiência renal e necessidade de realização de diálise ou até mesmo de transplante de rim. Os problemas renais também podem resultar em edemas, dificuldades respiratórias e problemas cardiovasculares, como hipertensão e aumento do risco de infarto.

Leia Também:  Brasil registra 600.425 mortes por covid-19

Cor da urina como alerta para a saúde

A urina é um indicativo relevante da saúde dos rins, pois a coloração reflete o estado de hidratação e pode sinalizar problemas que exigem atenção médica. “É importante que seja avaliado o aspecto da urina como um todo e sempre buscar para que ela não seja muito escura, concentrada demais e que não tenha alterações do cheiro. Ao observar alguma dessas alterações, é importante buscar por atendimento médico para verificar se existe algum problema renal ou se é algo secundário, causado por desidratação, consumo de alimentos que podem mudar a coloração da urina ou pelo uso de alguma medicação”, realça Lucimary.

Saiba o que cada cor da urina pode indicar

Você tem WhatsApp? Entre em um dos canais de comunicação do JORNAL DO VALE para receber, em primeira mão, nossas principais notícias e reportagens, clique aqui

JORNAL DO VALE – Muito mais que um jornal, desde 1975 – www.jornaldovale.com

Siga nosso Instagram – @jornaldovale_ceres

Envie fotos, vídeos, denúncias e reclamações para a redação do JORNAL DO VALE, através do WhatsApp (62) 98504-9192

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA