TJMT Autoriza Arresto de Milho da Ramax, Gerando Prejuízos Financeiros e Operacionais

Em uma decisão que tem gerado grande controvérsia, o Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) autorizou, na última semana, o arresto de grãos de milho armazenados pela Ramax Importação e Exportação de Alimentos Ltda., após reconhecer a tempestividade de um agravo interposto pela Amaggi Exportação e Importação Ltda. A medida, amplamente contestada pela Ramax, contraria a interpretação de que o recurso seria intempestivo, comprometendo operações da empresa e gerando prejuízos financeiros e operacionais significativos.
Impactos para a Alimentação Animal
O milho, que já havia sido integrado ao sistema de alimentação de animais confinados da Ramax, é essencial para a saúde e o bem-estar dos rebanhos. A retirada forçada dos grãos tem implicações diretas no funcionamento da empresa, além de resultar em maus-tratos aos animais, que ficam privados de uma alimentação adequada e regular. “Essa privação pode ter consequências irreversíveis para os rebanhos, violando as normas de bem-estar animal”, alerta Queurlei Ebling, gestora do Confinamento RAMAX-Group.
Controvérsia Sobre a Tempestividade do Recurso
A decisão do TJMT ganhou repercussão principalmente devido à alegação de que o recurso interposto pela Amaggi foi apresentado fora do prazo legal. A Ramax argumenta que a Amaggi teve ciência da decisão liminar antes do início do prazo recursal, o que configuraria um “comparecimento espontâneo”, conforme o Código de Processo Civil (CPC). A empresa considera que o reconhecimento da tempestividade do recurso prejudica a segurança jurídica e o devido processo legal, criando um precedente perigoso. “Essa decisão desafia a legislação processual e prejudica empresas que atuam dentro da legalidade”, destaca Queurlei.
Prejuízos Econômicos e Riscos para a Saúde Animal
Os impactos do arresto vão além das questões jurídicas, atingindo diretamente a operação da Ramax. O milho retido é um insumo fundamental para a alimentação de milhares de animais confinados, o que coloca em risco a saúde e o crescimento dos rebanhos. “Estamos enfrentando uma situação que prejudica nossa empresa economicamente e coloca vidas em risco. Trata-se de maus-tratos aos animais, violando normas de bem-estar animal”, afirma Queurlei Ebling.
Recursos e Perspectivas Futuras
A Ramax já sinalizou que recorrerá da decisão, buscando a anulação do arresto e a reparação dos prejuízos causados pela retirada dos grãos. A empresa acredita que instâncias superiores irão reconhecer o erro jurídico cometido e restaurar a justiça. “Não podemos permitir que interesses políticos ou econômicos se sobreponham à lei e à ética”, conclui a gestora.
A decisão do TJMT, ainda longe de um desfecho definitivo, continua a levantar questões sobre a transparência e a equidade das decisões judiciais em casos de grande relevância econômica. A expectativa é que novas instâncias analisarem a controvérsia com base na legislação vigente, e os danos financeiros e operacionais enfrentados pela Ramax sejam finalmente reparados.
Fonte: Portal do Agronegócio
Fonte: Portal do Agronegócio


Agronegócio
Relatório da ONU revela que escalada de preços não pode ser contida com isenção

Enquanto o governo aposta na isenção de impostos para tentar conter a alta dos preços dos alimentos, um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) aponta que os efeitos dessas medidas são limitados diante da complexa formação dos preços. O estudo revela que os choques nos valores do café cru levam aproximadamente um ano para impactar os consumidores, com efeitos residuais que podem durar pelo menos quatro anos.
A escalada dos preços do café é impulsionada por fatores climáticos adversos que reduzem a oferta e diminuem os estoques globais. Como consequência, o preço do café arábica registrou uma alta de 70% na bolsa ICE no ano passado e já acumula mais de 20% de aumento neste ano. Diante desse cenário, a FAO estima que cerca de 80% desses reajustes serão repassados ao consumidor final ao longo de 11 meses na União Europeia e em até 8 meses nos Estados Unidos. Essas regiões lideram o consumo global da bebida.
Entretanto, o impacto no varejo não se limita apenas ao custo da matéria-prima. Outros fatores, como transporte, torrefação, embalagem, certificação e margens de lucro no comércio, também influenciam os preços pagos pelos consumidores. O relatório da FAO indica que, na União Europeia, um aumento de 1% no preço do café cru se reflete em um reajuste de 0,24% no varejo após 19 meses, com efeitos prolongados por vários anos.
Nos países produtores, os valores pagos aos cafeicultores também subiram, mas em proporções muito inferiores às registradas nos mercados internacionais. Os aumentos foram de 17,8% na Etiópia, 12,3% no Quênia, 13,6% no Brasil e 11,9% na Colômbia. Esses percentuais demonstram que os ganhos obtidos com a valorização do grão não se distribuem de maneira igualitária ao longo da cadeia produtiva.
A análise reforça os argumentos do setor produtivo de que políticas tributárias pontuais não são suficientes para estabilizar os preços dos alimentos. A volatilidade dos preços agrícolas está diretamente ligada a fatores climáticos, logísticos e de mercado, o que exige uma abordagem mais ampla para garantir previsibilidade e sustentabilidade ao setor.
Fonte: Pensar Agro
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