Trabalhador precisa ter cautela com novas regras sobre o FGTS, diz especialista

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O governo federal anunciou na quarta-feira (24), a liberação de saques de contas ativas e inativas do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) e do PIS-Pasep. Os saques começarão a ser feitos em agosto, no caso do PIS-Pasep e em setembro, do FGTS. O auditor e consultor de tributos contábeis, Cassius Pimenta, explicou que as medidas tomadas pelo governo irão movimentar os recursos na economia, o que é um bom sinal, mas é preciso cautela por parte do trabalhador.

As medidas devem injetar R$ 42 bilhões na economia até 2020. Além do saque de até R$ 500 por conta do FGTS, o governo também anunciou uma nova modalidade de saques a partir de 2020, no aniversário de cada trabalhador. Ela permitirá a realização de saques anuais.

“O governo criou a possibilidade da gente fazer o saque do FGTS no mês do aniversário em uma escala de valores. Quem tem o valor menor que é os R$500 reais, atinge uma massa muito grande. Então, a gente vai ter injeções de recursos muito grande na economia sem dúvida nenhuma, assim que tudo começar a se tornar algo prático, vamos ter a injeção de recursos muito forte”, explica.

Para o especialista é uma medida facilitadora para a economia, mas pode não ser tão vantajoso. ” Se é uma vantagem para o trabalhador, é uma vantagem sim, a partir do momento que ele vai ter uma disponibilidade financeira um pouco maior naquele mês do aniversário dele. Agora, por outro lado ele vai perder esse recurso quando no momento de uma eventual demissão, ou alguma coisa nesse sentido que ele fizer o saque, ele não vai ter mais esse recurso”, afirma Pimenta.

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A liberação de saques do FGTS e do PIS/Pasep devem favorecer 96 milhões de trabalhadores. Segundo a equipe econômica do governo, este número é quatro vezes maior do que o registrado há dois anos, quando o governo liberou o saque de contas inativas.

“Quando o funcionário é demitido e caso ele tiver feito os saques, na hora que ele vai fazer o saque da conta do FGTS dele, se já tiver feito o saque periódico, porque o FGTS nada mais é do que uma conta corrente que vai se esvaziando e que tem recurso lá, então se ele for fazer esses saques, dependendo do montante do crédito que ele tiver, ele terá um valor reduzido e eventualmente sendo demitido  e ele pegando esse recurso, o saldo dele será abatido naquele valor que ele já resgatou”, destaca o especialista.

Atualmente, existem cerca de 260 milhões de contas ativas e inativas de FGTS. Desse total, cerca de 211 milhões, em torno de 80%, têm saldo de até no máximo R$ 500.

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Porém, para Pimenta as mudanças de modo geral vai proporcionar uma melhora na economia, mas é bom ter precaução. “Para efeito de economia é uma medida muito boa e saudável, mas ela pode ser a longo prazo ruim para o trabalhador. Porque quando ele é demitido ele faz o uso do FGTS para se manter durante um período. Se chama justamente Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, então o risco que ele tem é uma vez sendo demitido, se ele eventualmente fizer os saques, essa sobre vida até que ele consiga um novo emprego, apesar do seguro desemprego, ter uma sobre vida um pouco menor em relação a disponibilidade financeira de recursos que ele tenha disponível”, reafirma.

O auditor ainda alerta para que o trabalhador tenha cuidado e faça um planejamento financeiro. “O trabalhador ele tem que tomar muito cuidado e preferencialmente que ele consiga fazer um planejamento financeiro para que ele não precise fazer esses saques. O maior cuidado é para o trabalhador, que ele se planeje e tenha consciência de que o saque vai esvaziar a conta dele, não é um bônus, ele está sacando um dinheiro que já é dele e se no futuro precisar já vai ter sacado”, alerta Pimenta.

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ECONOMIA

CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos

Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

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CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos. Fotos: CRV

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.

De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.

Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.

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Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.

A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.

A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.

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