Três brasileiros estão entre os ganhadores do Hospitality Challenge

Três brasileiros estão entre os 30 selecionados do Desafio da Hospitalidade (Hospitality Challenge), lançado pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e pela Sommet Education com o objetivo de promover a recuperação do setor de turismo, um dos mais afetados pela pandemia do novo coronavírus em todo o globo. Ao todo, o concurso reuniu 600 participantes.
Os projetos dos brasileiros Karen Caracio, Carolina Peralta e Marcel Marin foram considerados criativos e inovadores para impulsionar o turismo na pandemia. Os três se preparam, no momento, para estudar, com bolsas integrais, em famosas escolas de hospitalidade do Grupo Sommet Education, na Europa.
Paulistana, 29 anos, Karen Caracio venceu com o projeto Digital Butler, ou Mordomo Digital. Com experiência nos hotéis Four Seasons São Paulo, Emiliano e Pullman Hotels & Resorts, ela percebeu que o serviço de hotelaria ia ser prejudicado pela pandemia, bem como a relação dos hóspedes com os funcionários dos estabelecimentos. “Desde a recepção, o contato com o hóspede é a parte mais importante. Você conversar com ele, acompanhá-lo do lobby até o apartamento. Mas, com a pandemia, esse serviço ia ser mais afetado”, disse Karen à Agência Brasil.
Interação
Para que esse contato não fosse perdido e se mantivesse uma forma segura de interação entre o funcionário e o hóspede, Karen Caracio teve a ideia de fazer um mapa interativo para que o mordomo ou mensageiro possa acompanhar o hóspede desde sua entrada no hotel. O funcionamento é simples: a recepção manda um ‘link’ para o hóspede que, através dele, tem acesso ao mapa. Ali, o turista consegue ver o horário de funcionamento da academia, do restaurante, por exemplo. O aplicativo guia o hóspede até seu quarto. O mordomo digital fica disponível para o hóspede durante 24 horas e explica todas as utilidades de um apartamento de luxo, incluindo como subir e descer as cortinas, funcionamento do frigobar, entre outras coisas.
“A ideia do Mordomo Digital é que o serviço não seja afetado pela pandemia e que a interação entre hóspede e funcionártio continue acontecendo de forma segura e com qualidade e que ele não se sinta desamparado durante sua estada”, concluiu.
Karen está se preparando para ingressar, em setembro de 2021, no curso de mestrado em Gestão Internacional de Hotelaria na Les Roches Marbella, na Espanha. Antes, ela deverá fazer um teste de inglês para que os organizadores possam mandar a carta de aceitação, com a qual ela dará entrada no pedido de visto para viajar.
Qualificação e vendas
Depois de identificar a falta de opções de treinamento profissional de alta qualidade para profissionais das áreas de alimentos e bebidas (A&B), a gerente assistente de A&B do hotel Emiliano, no Rio de Janeiro, Carolina Peralta, desenvolveu para o projeto de um curso on-line de qualificação que fosse ao mesmo tempo inovador e acessível para os funcionários das duas áreas.
“Aos poucos, a proposta foi crescendo e tornou-se uma plataforma on-line de aprendizagem de hospitalidade que reúne métodos baseados em modelos de instituições internacionais”, disse Carolina. A gerente assistente optou pelo curso de mestrado em Estratégia de Hotelaria e Transformação Digital na Les Roches Crans-Montana, na Suíça, cujas aulas começam a partir de setembro.
Competitividade
Já Marcel Marin, 40 anos, criou o Digital Concierge. Trata-se de um aplicativo de inclusão administrativa e de vendas, que tem como foco aumentar a competitividade, além de expandir vendas e reduzir custos dos hotéis independentes. Segundo Marin, esse segmento representa cerca de 70% da oferta hoteleira do Brasil.
“A indústria do turismo tem um papel fundamental para o desenvolvimento do Brasil, muito a agregar à economia”, afirmou Marin que tem mais de 20 anos de experiência em hotelaria, com passagens por empresas como Accor Hotels, InterContinental Group e Hotel Unique. Ele decidiu estudar na Ecole Ducasse, em Paris, mas ainda não escolheu o curso.
Concurso
O concurso Hospitality Challenge foi lançado em junho de 2020 pela OMT e pela Sommet Education, visando identificar e incentivar ideias capazes de apoiar a recuperação do turismo. Nessa edição, ele se concentrou em quatro categorias: hotéis e operações relacionadas com hotéis, que englobou 40% dos projetos inscritos; viagens de luxo, bens e serviços (35%); alimentos e bebidas (15%) e smart real estate (modelo relacional impulsionado pela tecnologia, centrado no consumidor e na sustentabilidade, que recebeu mais de 10% dos projetos.
O programa de cursos de especialização Hospitality Onlearning, concebido pelo concurso, inclui dez módulos on-line. Após a conclusão bem-sucedida de cada módulo ou de todo o programa, os usuários recebem um certificado da instituição parceira.
A Sommet Education é líder global em gestão de hospitalidade e artes culinárias e se preocupa em desenvolver lideranças em hospitalidade do futuro. O grupo abrange três instituições acadêmicas de nível mundial: Glion, Les Roches e Ecole Ducasse, com campi na Suíça, Espanha, China, Reino Unido e França, que oferecem graus de bacharelado, mestrado e diplomas por meio da excelência acadêmica. A Sommet Education é a única rede educacional com duas instituições classificadas entre as três melhores do mundo em educação em hospitalidade e reputação do empregador, de acordo com o ‘QS World University’ (classificações universitárias anuais publicadas pela Quacquarelli Symonds, do Reino Unido).
Edição: Lílian Beraldo


BRASIL
Em Goiás, mais de 100 crianças e adolescentes estão à espera de adoção
Conforme o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SN), são apontados 1.058 pretendentes ativos para a adoção em Goiás.

De acordo com os dados do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), 460 crianças foram adotadas em Goiás desde 2019. Atualmente, em Goiás tem 748 crianças e/ou adolescentes acolhidos e 126 à espera de adoção, além de 83 já em processo de integração à família.
Não bastando os dados, o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SN) aponta que no Estado existem 1.058 pretendentes ativos para a adoção, sendo eles 72,8% casados, 2,8% divorciados, 9,5% solteiros e 14,2% em união estável.
Os dados apontam que a maioria dos pretendentes na fila para adotar uma criança não possuem preferência de gênero. Já 28,5% preferem adotar meninas e 7,3% apenas o sexo masculino.
Dados no Brasil
Segundo as informações do CNJ, no Brasil já são 33.683 crianças e adolescentes acolhidos e 4.995 na fila de espera. Além disso, atualmente 6.029 estão em processo de adoção à família.
Ao todo, mais de 26 mil crianças e adolescentes já foram adotados a partir de 2019. Ainda assim, há um total de aproximadamente 35 mil pretendentes ativos à espera de um filho adotivo no País.
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