Moagem encerrou em meados de novembro
Usina Uruaçu encerra safra de maior produtividade da sua história

A Usina Uruaçu Açúcar e Álcool, no Norte goiano, encerou no dia 16 de novembro a safra 2020/2021. Em 197 dias de trabalho foram moídas 1.090.132,92 toneladas de cana-de-açúcar. Este resultado representa um aumento de 22% em relação à safra passada, sendo um recorde de moagem da unidade.
A área plantada foi de 11.500 hectares e produziu 65.878.729 litros de etanol. O TCH do canavial foi o maior da história da unidade desde 2013, com 95 toneladas por hectare, na safra anterior foi de 87. A fabricação de açúcar da unidade foi realizada por uma usina parceira.
“Esta safra foi muito positiva e desafiadora. Foi a nossa maior safra, com a maior produtividade e maior produção agrícola”, afirma o gerente geral da Usina Uruaçu, Bartolomeu Ferreira. A unidade também bateu o recorde próprio de maior moagem em um único dia.
A Usina Uruaçu gera emprego e renda na região, diretamente são aproximadamente 810 funcionários, além de mais de 300 indiretos. Para que os profissionais sempre exerçam as suas funções com mais qualidade, a usina desenvolve treinamentos de capacitação, muitos deles foram realizados no período de entressafra.
Fazendo o bem
Além da produção de etanol, a Usina Uruaçu também fabricou álcool líquido 70% para ajudar na higienização dos funcionários e da comunidade em que está inserida. Foram doados mais de onze mil litros para várias entidades, órgãos públicos federais, estaduais e municipais e também para a comunidade.
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ECONOMIA
CRV Industrial aposta na meiose para otimizar o cultivo da cana e reduzir custos
Técnica amplia a produção, melhora a qualidade das mudas e favorece a sustentabilidade no campo

A CRV Industrial, usina bioenergética localizada em Carmo do Rio Verde, está investindo no plantio por Meiose como uma estratégia para otimizar o cultivo da cana-de-açúcar. Esse método permite que parte da área seja plantada inicialmente para gerar mudas destinadas ao restante da lavoura, possibilitando o uso temporário da terra com outras culturas ou o pousio.
De acordo com o superintendente agrícola, Carlos Jordão, a técnica visa otimizar o plantio, reduzir custos e preservar a área de moagem. Como teste inicial, a empresa implantou 100 hectares com Meiose, que se transformarão em 900 hectares para atender à área planejada. Esse sistema também já está sendo utilizado na unidade da empresa em Minas Gerais.
Jordão destaca que as principais vantagens desse método incluem a redução de operações agrícolas, a diminuição de custos, maior flexibilidade na janela de plantio, viabilidade do plantio em períodos chuvosos, interrupção do ciclo de pragas, melhor qualidade das mudas, maior rendimento no corte e preservação da cana destinada à moagem. “Entretanto, desafios como a necessidade de mão de obra especializada e o manejo dos tratos culturais da linha-mãe ainda são pontos de atenção”, ressalta.
Na CRV Industrial, o manejo da Meiose está sendo realizado com MPB (Mudas Pré-Brotadas), o que otimiza o processo e permite melhor aproveitamento da janela de plantio. A maior parte das mudas está sendo utilizada em plantios de um ano e meio, sendo metade mecanizada e metade por Meiose. Esse modelo contribui para a redução da área de mudas cortadas, pois uma única linha pode se desdobrar em oito a dez linhas.
A linha de Meiose exige um investimento maior devido à irrigação, com custo médio de R$ 17 mil por hectare. No entanto, a quebra da Meiose gera economias significativas em transporte e outros custos operacionais. “Quando se divide o custo total, o valor final fica em torno de R$ 11 mil por hectare. A ideia é expandir a técnica para uma área entre 2.500 e 3.000 hectares, economizando hectares de mudas e mantendo um custo competitivo em relação ao plantio mecanizado”, explica Carlos Jordão.
A CRV Industrial aposta nessa estratégia para aumentar a eficiência e a sustentabilidade na produção de cana-de-açúcar. Além da redução de custos, a possibilidade de plantar outras culturas entre as linhas da Meiose permite um melhor aproveitamento da terra e contribui para a melhoria do solo. O projeto reforça o compromisso da empresa com a inovação e a busca por soluções sustentáveis para o setor sucroenergético.
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