Vale do São Patrício

Usinas investem em qualificação com o Programa Capacitar para comunidade e colaboradores

CRV Industrial de Carmo do Rio Verde, Capinópolis, além de Rubi S.A. contrataram 91 profissionais que participaram dos cursos.

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Usinas investem em qualificação com o Programa Capacitar para comunidade e colaboradores. Fotos:

As usinas sucroenergéticas do Centro-Oeste CRV Industrial, localizadas em Carmo do Rio Verde (GO) e Capinópolis (MG), e a Rubi S.A., em Rubiataba e Uruaçu (GO), uniram esforços para promover o curso de qualificação profissional, destinado aos moradores dos municípios vizinhos. Desde o início do programa Capacitar, 91 profissionais já foram contratados após a conclusão do treinamento.

O Capacitar tem gerado impactos significativos na empregabilidade, com destaque para a contratação de 38 motoristas, 38 operadores de máquinas e 15 auxiliares de mecânica. Ao todo, 171 motoristas, 140 operadores de máquinas e 135 auxiliares de mecânica passaram pelas formações oferecidas pelo programa.

O Capacitar começou na última semana a sua 7ª edição, que conta com aulas teóricas ao vivo, transmitidas virtualmente, e atividades práticas presenciais, conforme o cronograma do curso. Criado em 2021, o programa formou suas primeiras turmas durante a entressafra de 2022. A participação é aberta a pessoas maiores de 18 anos, com Ensino Fundamental completo, desde que atendam aos pré-requisitos específicos de cada curso.

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De acordo com Marcilene Cristina, superintendente de RH da CRV Industrial, todos os cursos são ministrados por profissionais altamente qualificados, garantindo uma formação de excelência e aumentando as chances de empregabilidade dos participantes.

Além de beneficiar a comunidade externa, o Capacitar também oferece uma edição voltada para o público interno, denominada Capacitar Interno. Este programa visa capacitar os colaboradores da empresa para novas funções, com foco especial na formação de operadores de máquinas e motoristas. A iniciativa reforça o compromisso com o desenvolvimento profissional contínuo e amplia a versatilidade e eficiência da equipe.

Atualmente, o programa está capacitando um total de 167 colaboradores, enquanto 181 já foram classificados, somando 348 profissionais envolvidos no processo de qualificação.

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Cultura

Jaraguá: Descoberta arqueológica é legado para história goiana

O trabalho na Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em obras de restauração e requalificação, revela cemitério de mais de 200 anos.

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Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos em Jaraguá. Foto: Secult Goiás

A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, em Jaraguá no Vale do São Patrício, surgido em 1736, foi erguida 40 anos depois, em 1776, pela irmandade de negros de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito. Em seus 248 anos, recebeu obras de manutenção, mas nada tão grande como a que vem sendo executada agora, dentro do projeto Fé, Religiosidade e Devoção, da Secretaria de Estado da Cultura (Secult). O trabalho de restauração e requalificação revelou um grande cemitério com restos mortais possivelmente de africanos escravizados e negros libertos, formado por mais de 200 anos na avaliação de arqueólogos.

A obra, que começou em maio deste ano e está sob a responsabilidade da empresa de engenharia, vencedora do processo licitatório, e tem contribuído para trazer à luz um pouco da história de um dos mais antigos municípios do Estado.

A igreja de arquitetura colonial foi erguida em um terreno em aclive e ao longo dos anos ganhou estruturas urbanísticas a seu redor. Sob o calçamento externo, foram retiradas, em novembro, 35 ossadas humanas, para dar passagem ao canal de drenagem que vai escoar águas pluviais, uma obra necessária para evitar impactos na parte estrutural do templo.

Ossadas humanas encontradas. Foto: Reprodução

A retirada do assoalho de madeira no interior da igreja também mostrou a existência de 56 campas funerárias, todas numeradas. Ali não houve trabalho de escavação arqueológica e tudo será mantido como foi encontrado. “Será preservado como era antes, embora estruturas de concreto estejam sendo instaladas sob o assoalho para garantir maior durabilidade do piso de madeira”, explica Lucas de Araújo, arquiteto da prefeitura, que tem acompanhado de perto a obra.

Assoalho de madeira no interior da igreja também mostrou a existência de 56 campas funerárias. Foto: Reprodução

Uma outra intervenção importante ocorreu na parede frontal, que estava inclinada e precisou ser refeita com o mesmo material vernacular retirado da igreja, trabalho que exigiu o olhar atento do mestre de obras João Filho da Silva.

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A Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos remete ao surgimento de cidade de Jaraguá, que, segundo a historiadora Dulce Madalena Rios Pedroso, “nasceu sob o signo do ouro”. A exploração aurífera começou com negros faiscadores, que eram hábeis em encontrar minas. Naqueles idos, lembra a arqueóloga do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) Margareth de Lourdes Souza, as igrejas eram os locais de sepultamento. “Acredito que seja uma área densamente ocupada e com sepultamentos sobrepostos. Tudo isso tem relevância porque contribui para o conhecimento da história local.” A igreja é tombada pelo Iphan desde 1959 e o órgão tem fiscalizado as intervenções.

O trabalho é minucioso. O telhado foi trocado e as esquadrias de madeira (portas e janelas) substituídas, preservando as características originais. Além de renovar a parte hidráulica e elétrica, no interior serão restaurados os bens artísticos, como o altar-mor, o forro da capela-mor, o altar lateral, o arco cruzeiro, o púlpito e o coro.

O arquiteto Lucas de Araújo ressalta que o templo erguido por negros no período escravocrata é um dos últimos de matriz africana ainda de pé em Goiás, a exemplo da Igreja de Santa Efigênia, em Niquelândia. Além de receber recursos de acessibilidade, banheiros serão construídos na área externa, sem interferir na fachada histórica.

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