Vinte e cinco anos de EpiSUS: Encontro científico internacional abre celebrações

Publicados

Com o tema ‘Epidemiologia de Campo Aplicada ao SUS – 25 anos de História do Programa EpiSUS’, iniciou, na quarta-feira (26), o 16° Encontro Científico Internacional do Programa de Treinamento em Epidemiologia Aplicada aos Serviços do SUS (EpiSUS), promovido pelo Ministério da Saúde, em Brasília.

O evento marca o início das celebrações do jubileu de prata do programa, com reflexões sobre suas conquistas e desafios para o futuro. Durante a programação, que vai até hoje (28), será realizada a 3ª Mostra Latino-americana de Trabalhos de Programas de Treinamento em Epidemiologia de Campo (FETP, sigla em inglês) abrangendo os níveis fundamental, intermediário e avançado, além de apresentações dos trabalhos finais da 19ª Corte do EpiSUS-Avançado.

“Não são 25 dias, são 25 anos e muitas dessas histórias estão aqui presentes”, destacou o diretor do Departamento de Emergências em Saúde Pública (DEMSP), Edenilo Baltazar Barreira Filho, na abertura do encontro . “A ideia é destacar a força do programa na região, apresentando nossos parceiros na América do Sul e explicando como o programa funciona no Brasil, além de ressaltar o legado que ele construiu ao longo desses 25 anos”, explica a ponto focal do EpiSUS, Magda Duarte.

Leia Também:  Fiocruz deve iniciar produção da vacina de Oxford em 20 de janeiro

Ela também detalha que os trabalhos apresentados são frutos de pesquisas realizadas no âmbito do programa. “Os trabalhos tratam de investigações de surtos, análises e avaliações de bancos de dados e também de relatos de experiência de profissionais que adquiriram o conhecimento e aplicaram em suas trajetórias”, descreve Magda.

Um dos diferenciais do encontro é a participação de egressos e alunos dos três níveis do programa que é dividido em fundamental, intermediário e avançado. Fernanda Scher, formanda do EpiSUS Avançado, compartilhou sua experiência. “É um treinamento desafiador, mas extremamente enriquecedor. O programa exige que se enfrente temas novos e complexos. Ao longo dos dois anos, aprendemos a trabalhar em equipe e entregar diversos produtos, o que nos permite entender melhor o SUS e a importância dessas lições para nossa prática profissional”, afirma a aluna.

O diretor do DEMSP enfatizou a relevância do EpiSUS no fortalecimento da resposta a situações graves. Um exemplo foi a Emergência de Saúde Pública de Importância Nacional (ESPIN) em decorrência de desassistência à população Yanomami, onde o programa foi um dos primeiros a atuar de forma emergencial. “O EpiSUS se destacou por ser o primeiro a chegar, realizando diagnósticos epidemiológicos e ações imediatas para enfrentar a crise sanitária que afetava essa população”, lembra Barreira.

Leia Também:  Excesso de trabalho e pandemia podem desencadear Síndrome de Burnout

Investigações epidemiológicas

O EpiSUS aprimora a capacidade técnica profissional para atuar em investigações epidemiológicas, análises de situação de saúde e respostas a eventos e emergências em saúde pública de interesse nacional e internacional, no âmbito dos serviços do SUS.

O Programa é estruturado em três níveis de formação com parâmetros, carga horária e currículo em consonância com a rede global Training Programs in Epidemiology and Public Health Interventions Network (Tephinet).

A Tephinet é uma organização sem fins lucrativos, que fortalece a capacidade da saúde pública internacional oferecendo apoio e manutenção de uma rede de programas de treinamentos baseados na aplicação de estratégias de investigação de campo. Esses programas contribuem para o desenvolvimento de competências em epidemiologia aplicada e práticas em saúde pública em mais de 80 países.

Felipe Moraes
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

COMENTE ABAIXO:
Propaganda

SAÚDE

Encontro promove troca de experiências internacionais no cuidado a pessoas com sífilis

Publicados

em

O Departamento de HIV, Aids, Tuberculose, Hepatites Virais e Infecções Sexualmente Transmissíveis (Dathi) promoveu, na terça-feira (11), o webinário Atuação da Enfermagem na Atenção às Pessoas com Sífilis – Relatos de Experiências. O evento, moderado pelo Ministério da Saúde e pela Organização Pan-Americana de Saúde (Opas), em cooperação internacional com o Ministério de Saúde e Bem-estar Social do Paraguai, reuniu profissionais e gestores de enfermagem do Brasil e do Paraguai, proporcionando um espaço para a troca de experiências sobre as melhores práticas no tratamento da sífilis

Durante o evento, a Coordenação-Geral de Vigilância das Infecções Sexualmente Transmissíveis brasileira destacou a relevância da troca de experiências entre os profissionais de Saúde entre os dois países para a atualização das práticas de prevenção e manejo da doença, principalmente em gestantes e populações mais vulnerabilizadas, destacando a participação ativa dos profissionais de enfermagem e a colaboração internacional para fortalecer o combate à sífilis na América Latina. 

As representantes do Paraguai, enfermeiras Lucia Belém Martinez Alderete e Alan Nícolas Ascona Gonzales, compartilharam experiências no combate à sífilis congênita, com foco em estratégias de monitoramento e gestão. No Brasil, a enfermeira Ivani Gromann apresentou o trabalho realizado na Atenção Primária à Saúde em Cacoal (Rondônia), enquanto o enfermeiro Erasmo Diógenes discutiu as abordagens no atendimento de pessoas em situação de rua em São José do Rio Preto (São Paulo) e Maria Alix (Ceará) sobre o uso racional da penicilina. 

Leia Também:  Fiocruz aponta possível alta de casos de síndrome respiratória aguda

O webinário também destacou os desafios enfrentados pelos profissionais de saúde – especialmente em relação à interpretação de exames e à avaliação de cicatrizes sorológicas, que podem levar à tratamentos inadequados, principalmente em gestantes. 

Outro ponto discutido foi o uso racional da penicilina no tratamento da sífilis, um medicamento regulamentado para prescrição pela enfermagem, mas que ainda enfrenta desafios para garantir que todos os profissionais de saúde estejam qualificados para utilizá-la corretamente. 

Em relação ao atendimento a pessoas em situação de rua, foi apresentado o modelo de cuidado desenvolvido em São José do Rio Preto, enfatizando a distribuição de kits de saúde e a realização de exames no local. 

Swelen Botaro e João Moraes
Ministério da Saúde

Fonte: Ministério da Saúde

COMENTE ABAIXO:
Continue lendo

VALE SÃO PATRÍCIO

PLANTÃO POLICIAL

ACIDENTE

POLÍTICA

MAIS LIDAS DA SEMANA