Virada Cultural retorna neste final de semana em São Paulo
Após dois anos sem poder ser realizada de forma presencial por causa da pandemia do novo coronavírus, a Virada Cultural retorna ao calendário da cidade de São Paulo no próximo final de semana, dias 28 e 29 de maio. Neste ano, o evento volta a ser descentralizado, repetindo o que ocorreu em 2017, quando os grandes shows do centro da cidade foram transferidos para outras regiões. Segundo a prefeitura, a ideia é dar à periferia o protagonismo dos palcos. O lema do evento será Virada do Pertencimento.
Nesta edição, a Virada ocorre em oito regiões da cidade de São Paulo: Butantã (Zona Oeste), Freguesia do Ó (Zona Norte), Parada Inglesa (Zona Norte), Campo Limpo (Zona Sul), M’Boi Mirim (Zona Sul), São Miguel Paulista (Zona Leste), Itaquera (Zona Leste) e o Vale do Anhangabaú e seu entorno (Centro). Só no Vale do Anhangabaú haverá cinco palcos diferentes para tentar atrair maior diversidade de público.
Os destaques da edição deste ano são os shows de artistas como Ludmilla, Luísa Sonza, Glória Groove, Kevinho, Pitty, Rael, Diogo Nogueira, Sidney Magal, Djonga, Arnaldo Antunes e Barões da Pisadinha, entre outros.
Abertura
O show de abertura será às 17h de sábado, com uma apresentação do Maestro João Carlos Martins com a escola de samba Vai-Vai, no Palco da Freguesia do Ó.
De acordo com a administração municipal, serão mais de 300 apresentações artísticas entre shows musicais, teatros, danças e manifestações populares. A expectativa é que o evento atraia cerca de 2 milhões de pessoas.
“A Virada Cultural, que já é um patrimônio da cidade de São Paulo, tem um significado especial neste ano, pois só está sendo possível porque os paulistanos confiaram em nós, seguiram os protocolos e acreditaram na vacina e isso nos permitiu retomar as atividades com segurança e responsabilidade”, disse o prefeito Ricardo Nunes. “E estou ainda mais feliz porque a Virada estará em todas as regiões da cidade, dará voz aos talentos da periferia e unirá o erudito, o maestro João Carlos Martins, ao popular, que é a Vai-Vai, logo na abertura da grande festa da cultura paulistana”, acrescentou.
A programação da Virada Cultural é gratuita, mas nas unidades do Sesc há necessidade de retirada dos ingressos antecipadamente.
Mais informações sobre o evento podem ser obtidas no site.
Edição: Maria Claudia
GERAL
Governo monta força-tarefa para conter desmatamento no Cerrado
A preocupação com o avanço do desmatamento no Cerrado, na contramão do que acontece na Amazônia, mobilizou a criação de uma força-tarefa do governo federal com sete estados, mais o Distrito Federal, que detêm porções do segundo maior bioma brasileiro, que ocupa 25% do território nacional. A inciativa é parte dos desdobramentos do Plano de Ação Contra o Desmatamento do Cerrado (PPCerrado), que foi retomado no ano passado.
Uma reunião no Palácio do Planalto, coordenada pelo ministro-chefe da Casa Civil, Rui Costa, na tarde desta quarta-feira (27), contou com a participação dos governadores Carlos Brandão (Maranhão), Romeu Zema (Minas Gerais), Ronaldo Caiado (Goiás), Mauro Mendes (Mato Grosso), Eduardo Riedel (Mato Grosso do Sul), Wanderlei Barbosa (Tocantins), da vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão; e do secretário de Meio Ambiente da Bahia, Eduardo Sodré.
Também participaram da agenda os ministros Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro; a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva; a ministra do Planejamento e Orçamento, Simone Tebet; e a ministra da Ciência, Tecnologia e Inovação, Luciana Santos.
“Na Amazônia, o governo federal tem um poder de ação muito maior. No Cerrado, são os estados que têm um poder de ação maior”, afirmou a ministra Marina Silva a jornalistas, após o encontro. “A grande participação de governadores é uma demonstração de que o problema será resolvido, em um pacto que envolve o governo federal, os governos estaduais, envolve o setor produtivo, a sociedade civil e a comunidade científica”, acrescentou.
Além da criação de uma força-tarefa com a participação direta dos próprios governadores, as ações propostas incluem um trabalho de unificação das bases de dados dos estados com o governo federal.
A ideia é retomar a alimentação do Cadastro Ambiental Rural (CAR), que foi enfraquecido no governo anterior, levando os estados a desenvolverem suas próprias plataformas de acompanhamento da situação dos imóveis rurais, segundo o governo federal. Além da unificação e cruzamento de informações, de acordo com a Casa Civil, um grupo de trabalho entre ministros e governadores se reunirá periodicamente para acompanhar os dados e tomar decisões.
Fonte de 40% da água doce do país, o Cerrado teve um aumento de 19% nos alertas de desmatamento no mês passado, na comparação com fevereiro de 2023. O bioma perdeu 3.798 quilômetros quadrados (km²) de vegetação nativa, no acumulado de agosto de 2023 a fevereiro deste ano, de acordo com o monitoramento feito pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). A situação é mais grave e preocupante na região dos estados do Maranhão, de Tocantins, do Piauí e da Bahia – área conhecida pela sigla Matopiba, apontada como a nova fronteira agrícola do país. Quase 75% do desmatamento no Cerrado ocorre nesses quatro estados. Dos 52 municípios responsáveis por metade dos desmatamentos, 50 deles estão no Matopiba.
Durante a reunião, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima fez um alerta sobre os impactos de décadas de degradação do solo com desmatamento, além dos efeitos das mudanças climáticas.
“Estamos observando uma mudança no regime de chuvas, sobretudo naquela região ali do Matopiba, uma diminuição no volume de água dos rios, na vazão dos rios, algo em torno de 19 mil metros cúbicos por segundo (m³/s) e outros problemas que podem criar graves situações em relação aos processos econômicos para a agricultura familiar, para o agronegócio”, destacou Marina Silva. A ministra também falou sobre um processo sem precedentes de desertificação de áreas próximas ao Cerrado.
A pasta do Meio Ambiente informou que o apoio dos estados na força-tarefa pode garantir a liberação de recursos do Fundo Amazônia para financiar ações, considerando que até 20% dos recursos podem ser aplicados em medida de monitoramento e controle em outros biomas.
Fonte: EBC GERAL
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