VW Nivus Comfortline: versão mostra que está na medida certa
A onda dos SUVs invadiu de vez o mercado e agora há quem esteja disposto a parecer que está andando em um deles, mas com a sensação de guiar um hatch. O VW Nivus está no meio termo entre um utilitário esportivo, cupê e um dois volumes não apenas na aparência.Depois de ter experimentado o carro na cidade, na estrada e até em trechos de terra, ficou claro que o acerto tanto do conjunto mecânico quanto do estrutural é um dos pontos altos.
Para quem gosta de dirigir, estar ao volante de algo que tem aparência de um SUV, mas anda como um hatch bem acertado é uma grata surpresa. Numa comparação com o Polo, o VW Nivus tem algumas vantagens, como o vão livre do solo (17,6 cm ante 14,9) e o espaço interno, inclusive o porta-malas (415 litros ante 300).
Há também o jeito mais estiloso, que é mantido na versão mais simples Comfortline (a partir de R$ 85.890), equipada com o essencial do conforto custando mais de R$ 12 mil a menos que a topo de linha.
As rodas são de aro 16 com pneus 205/60R e não 17 como na Highline. Os logos são cromados, em vez de ter acabamento escurecido. E não há faróis auxiliares de neblina nas extremidades do para-choque dianteiro entre as diferenças. Mas, para quem não liga para muitos detalhes, o Comfortlime cumpre bem o seu papel de ser uma espécie de SUV descolado.
Atrás, as lanternas fumês são as mesmas da versão mais equipada, assim como o conjunto mecânico. Ao dar a partida, a única diferença é ter que girar a chave no contato em vez de apertar um botão no painel. Além disso, no Comfortline , o ar-condicionado é analógico no lugar do digital e o cluster não pode ser configurado conforme o gosto do freguês, como no Highline .
O novo volante multifuncional também é quase o mesmo do Highline, exceto pelo revestimento de couro. Entre os itens de série do Comfortline há banco traseiro com encosto bipartido, câmera de ré, computador de bordo, luzes diurnas e central multimídia com tela de 6,5 polegadas.
Se quiser a nova VW Play, com tela de 10,1 polegadas, que vem com alguns aplicativos embutidos (entre os quais o Waze), é preciso levar o pacote opcional que sai por R$ 3.520 e e inclui também o controle de velocidade de cruzeiro adaptativo e as hastes atrás do volante para trocas de marcas sequenciais.
Andando no asfalto, o Nivus Comfortline mostra a qualidade de aliar bom desempenho com baixo consumo, além de ser ágil nas manobras. O motor 1.0 turbo, de três cilindros, com câmbio automático sequencial de seis marchas deixou claro que tem fôlego suficiente para ultrapasagens seguras. Seus 128 cv e 20,4 kgfm a meros 2.000 rpm se traduzem em respostas rápidas aos comandos do acelerador. De acordo com a fabricante, para ir de 0 a 100 km/h, o carro precisa de bons 10 segundos.
A direção é precisa em velocidade e leve ao estacionar. E a suspensão trabalha bem tanto para absorver as irregularidades do piso quanto para manter o carro estável nas curvas, inclusive, em estradas de terra. Levantamos poeira em alguns trechos e comprovamos que o Nivus vai bem na terra, contanto que você passe apenas por caminhos de terra batida e com obstáculos fáceis de serem superados, longe de trilhas e lamaçais.
Para quem vai pegar estrada, o tanque de 52 litros pode ficar pequeno, limitando a autonomia. Mesmo assim conforme dados do Inmetro, o Nivus Comfortline pode rodar 489 km com etanol e 686 km com gasolina na estrada, fazendo 9,4 km/l e 13,2 km/l, respectivamente. Na cidade, faz 7,7 km/l com etanol e 10,7 km/l com gasolina.
No interior, há espaço para cinco ocupantes e suas respectivas bagagens. Bom é que quem vai sentado no banco traseiro conta com saídas do ar-condicionado, o que contribui com o conforto, mas a distância entre-eixos é praticamente igual a do Polo ( 2,57 m). Entretanto, o acabamento é de bom gosto, com aplique preto brilhante no painel e tecido de boa qualidade nos bancos.
Conclusão
A versão Comfortline do VW Nivus se mostrou na medida certa, até por poder ter a nova central VW Play como opcional. Bem acertado, estiloso e sem gastar muito combustível, o carro é um dos mais interessantes que temos no mercado hoje em dia, levando em conta a questão da relação entre custo e benefício.
Ficha técnica
VW Nivus
Preço: a partir de R$ 85.890
Motor: 1.0, quatro cilindros, flex, turbo
Potência: 128 cv (E) / 116 cv (G) a 5.500 rpm
Torque: 20,4 kgfm a 2.000 rpm
Transmissão: Automático, seis marchas, tração dianteira
Suspensão: Independente, McPherson (dianteira) / eixo de torção (traseira)
Freios: Discos ventilados (dianteiros) / sólido (traseiros)
Pneus: 205/55 R16
Dimensões: 4,27 m (comprimento) / 1,75 m (largura) / 1,49 m (altura), 2,57 m (entre-eixos)
Tanque: 52 litros
Porta-malas: 415 litros
Consumo gasolina: 7,7 km/l (cidade) / 9,4 km/l (estrada), com etanol e 10,7 cidade e 13,2 km/l na estrada, com gasolina
0 a 100 km/h: 10 segundos
Velocidade máxima: 189 km/h
CARROS E MOTOS
Fomos à Serra Gaúcha conferir um Rally de motonetas clássicas
Neste último fim de semana fui até o Rio Grande do Sul acompanhar a terceira etapa do Campeonato Brasileiro de Rally de Regularidade Histórica , promovido pela Federação Brasileira de Veículos Antigos – FBVA. A etapa chama-se Rally dos Vinhedos e é organizada pelo Veteran Car Club dos Vinhedos , sediado no município de Bento Gonçalves , na Serra Gaúcha.
Só o fato de estar em uma região tão bela, tão bem dotada pela natureza, já vale qualquer dificuldade em chegar, visto que fica no extremo sul do país, região que é bem conhecida pelas baixas temperaturas , especialmente no inverno. Mas é justamente isso que faz do lugar um destino tão desejado.
O Rally dos Vinhedos está comemorando sua décima edição, reunindo 129 veículos antigos e clássicos para um passeio cronometrado pelas estradas da região, passando por municípios como Bento Gonçalves, Garibaldi, Carlos Barbosa, Pinto Bandeira e Santa Tereza. O mais interessante foi a participação de 13 intrépidos pilotos de motonetas clássicas , que enfrentaram a temperatura de quase zero grau no momento da largada.
E mais, diferentemente dos automóveis, que têm um piloto e um navegador, que além de lhe fornecer a velocidade ideal para cada trecho também indica o caminho a ser seguido, no scooter o piloto faz sozinho todos os trabalhos.
Claro, sendo um rally de veículos antigos , essas motonetas, que atualmente são conhecidas por scooters , são de época, de um tempo quando ainda não tinham esse apelido.
Dos 13 participantes, 11 deles pilotavam Vespa nacionais dos anos 80, que eram fabricadas em Manaus, AM, pela Piaggio . Os outros dois pilotavam Lambretta Li 150 , fabricadas nos anos 60. Vespa e Lambretta eram (e são) eternos rivais nesse segmento dos veículos de duas rodas.
Um rally de regularidade , que também pode ser chamado de passeio cronometrado, avalia a capacidade do piloto em manter as médias de velocidade pré-estabelecidas, que figuram na planilha com o roteiro. Quanto mais próximo o tempo de passagem pelos vários pontos de controle distribuídos pelo percurso, menos pontos o participante perde. No final, quem perder menos pontos, de acordo com um regulamento complexo, vence a prova.
Entre as motonetas, o vencedor foi André Sain, de Bento Gonçalves, pilotando (e navegando) a Vespa PX 200 1986 de número 21. André teve 78 pontos perdidos nessa etapa.
Em segundo lugar chegou Daniel Orso, também de Bento Gonçalves, com a Vespa PX 200 Elestart 1987 de número 24, com 84 pontos perdidos. Em terceiro lugar ficou Rodrigo Nenini, de Garibaldi, com a Vespa PX 200 1986 de número 22, com 123 pontos perdidos.
Fonte: Carros
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